Ainda devo escrever mais sobre risco reputacional, ou sua ausência -- do qual o caso da GWI é um exemplo gritante. Por enquanto, estou tentando refletir sobre se os mercados devem ter uma dimensão moral. Sugestões de leitura sobre o tema são muito benvindas.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
A memória curta do mercado - reedição
Já escrevi sobre a GWI aqui. Minha opinião não mudou. Ou o gestor é maluco, ou é desonesto. Nenhuma das possibilidades é boa para o investidor. Eis que a gestora volta a ganhar destaque na mídia, aparecendo na capa da revista mensal de investimentos do jornal de finanças mais lido do país. A matéria (disponível para assinantes aqui) começa reconhecendo que "não há mágica no mercado financeiro: altos retornos implicam riscos elevados" e que o gestor da GWI "parece conhecer bem esse jogo". Digressão: eu creio que devemos desconfiar de qualquer um que trata investimentos como jogo. Enfim... em maio, tal gestor mandou uma carta aos cotistas dizendo que, para levar de volta o valor da cota do GWI FIA ao patamar de janeiro de 2007 (partindo de junho de 2009), era necessário um retorno de 1,333%. Porém, se os cotistas aplicassem mais, poderiam recuperar mais rapidamente o valor investido, necessitando de um rendimento de "apenas" 835%.
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