Dito isso, veja as ações que mais subiram no índice neste segundo semestre (clique para aumentar):
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Nada de Vale, nada de Petrobras. Os destaques são: três construtoras (cujo negócio, por natureza, é alavancado e de fluxo de caixa negativo), uma mineradora de uma holding que vive de vender promessas e esperanças, uma usina de açúcar e álcool (várias estiveram a beira da falência no final do ano passado), uma companhia aérea (negócio que, nas palavras de sir Richard Branson, se destaca por transformar bilionários em milionários), duas varejistas (margens baixas e muita concorrência), uma indústria química (dependente do preço do petróleo) e uma companhia de papel e celulose. Note que as ações ordinárias da Petrobras estão entre as piores performances nesse período (as preferenciais acumulam alta de cerca de 6%) -- ou seja, quase nada da alta de 21% no Ibovespa desde 30 de junho teve contribuição da empresa com maior peso.
Meu ponto principal é que, para o mundo real confirmar a linda história de sucesso que o Ibovespa está contando, tudo tem que correr bem, sem saltos, sem sustos e com todos querendo comprar o que o Brasil produz / vende. Talvez isso aconteça; mas, no mundo das probabilidades, creio que as chances são bem menores do que a convicção com a qual o mercado tem operado.
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