sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Mantega, acreditando em almoço grátis desde (pelo menos) 1994

Um amigo mandou essa coluna do nobre ministro, deleitem-se (clique para aumentar).


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Fatos e experimentos econômicos no Brasil

Em um de seus últimos ensaios para a New York Review of Books, em 1996, Isaiah Berlin escreveu (tradução livre minha):
“Se os fatos – isto é, o comportamento de seres humanos vivos – são recalcitrantes a tal experimento, o experimentador irrita-se e tenta alterar os fatos para que se encaixem na teoria, o que, na prática, significa um tipo de vivissecção de sociedades até que elas se tornem o que a teoria originalmente declarou que o experimento deveria ter causado que elas fossem.”

O Brasil sempre foi um território fértil para experimentos econômicos – seja pelas circunstâncias herdadas, que, de fato, muitas vezes pediam experimentalismo e ousadia para serem dobradas ou por um tipo peculiar de excepcionalismo, que insiste em pregar que, dentro de nossas fronteiras, práticas testadas e estudadas funcionam de forma diferente, muitas vezes opostas ao que dizem a teoria consagrada e o senso comum.

O resto do texto está no Estadão.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Argentina, a megera domada?

Na peça de Shakespeare, Catarina, a megera do título, é “domada” com uma série de privações impostas por seu marido, Petrúquio. Na semana passada, o ministro da economia da Argentina, Axel Kicilof, anunciou uma nova metodologia de cálculo para a inflação no país, marcando uma “mudança qualitativa com relação ao passado” (palavras dele). Ainda é altamente especulativo pensar que a Argentina foi domada pelas privações impostas pelos mercados internacionais. Porém, a medida, em meio a negociações (que precisam de um aval do FMI) de uma dívida de US$ 6,5 bilhões com o Clube de Paris, pode indicar que o país quer levantar uma bandeira branca para tais mercados.

O resto do texto está no Estadão.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

De Roberto Campos para Paul Samuelson

Em dezembro de 1973, governo Médici, depois de cinco anos de AI-5, seu Roberto Campos, nosso mais ilustre liberal, enviou uma carta a Paul Samuelson "esclarecendo" alguns comentários da nova edição do seu clássico livro-texto, Economics. O documento está no site que acompanha o relançamento da série de livros de Elio Gaspari sobre a ditadura. Campos diz que o regime no Brasil é "autoritário", mas não ditatorial:

"Its most appropriate description would be a regime of 'consented authoritarianism'"

E completa:

"Solid operational democracies like the US can afford to ignore the difference between opposition and subversion."

Sendo esse um dos ícones da defesa das liberdades individuais, não é de se estranhar que o liberalismo tenha tanta dificuldade em se firmar por aqui...



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O interminável reinado do CDI

Deve haver poucos lugares onde a máxima “dinheiro é rei” vale tanto quanto no Brasil. Em tempos de crise, diz a sabedoria dos mercados, ter dinheiro em caixa, mesmo sem receber juros, é imperativo para o bom desempenho de qualquer carteira de investimentos. Primeiro, porque em tempos difíceis não perder é a maneira mais fácil de bater a concorrência. Segundo, porque a flexibilidade decorrente permite aproveitar as boas oportunidades que uma liquidação generalizada proporciona. Por aqui, entretanto, mesmo nos períodos de bonança não é fácil bater o rendimento do dinheiro emprestado por um dia, com garantias, para bancos (ou para o banco central).

O resto do texto está no Estadão.