Para os que se interessam sobre o tema, Paul Krugman publicou
um longo artigo na revista do New York Times deste final de semana (as charges que o acompanham são excelentes). É uma interessante revisão de como evoluiu (ou não) o pensamento econômico desde Adam Smith. Para Krugman, a profissão de economista foi desmoralizada porque o
mainstream confundiu a beleza e a elegância de modelos matemáticos com a verdade, e os próximos esforços acadêmicos na macroeconomia terão de levar em conta a realidade dos mercados financeiros, esses desconhecidos. Esse caminho, na opinião dele, pode passar pela finança comportamental (
behavioral finance) e, como tem sido praxe, por uma reabilitação do velho Keynes.
O ótimo Ultimi Barbarorum
observa que o último a esboçar uma boa teoria que tentasse abranger finanças e macroeconomia foi o próprio Keynes -- que, após uma vida dedicada a isso, concluiu que mercados financeiros são movidos por "espíritos animais". Uma grande expressão, mas de pouco uso para prever e prevenir crises.
Tentando achar uma luz em um cenário desanimador, acredito que o fato de o atual prêmio Nobel de economia chamar tanto a atenção para a necessidade de se vincular a teoria econômica ao mundo real (já escrevi sobre esse tema
aqui) é um passo na direção correta.
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