... tantos automóveis foram vendidos. É o que diz a ANFAVEA, em dado publicado há pouco: em junho foram vendidos no Brasil mais de 300 mil veículos (entre autos de passeio, comerciais leves, ônibus, caminhões e máquinas agrícolas), maior número da série mensal desde 1957. O governo certamente fará propaganda do dado, não sem alguma razão: a queda do IPI para o setor foi uma medida fiscal anticíclica muito bem sucedida.
Para mim, o mais interessante desse dado é a amostra de como o consumidor brasileiro reage a esse tipo de estímulo: sempre há quem diga (geralmente para justificar os juros altos e as distorções no mercado de crédito) que o consumidor brasileiro tem uma enorme demanda reprimida por bens de consumo. Um dos lados disso é que os produtores e vendedores acabam tendo grande poder de preço, e por isso a inflação é bastante rígida (e os juros devem ser relativamente altos). Outro é observarmos como o Brasil, mesmo no meio de uma crise mundial de grandes proporções, consegue chegar a essa marca, o que pode ser tanto ainda um reflexo atrasado dos anos de prosperidade anteriores quanto um sinal de que, devidamente estimulado, o dinamismo do mercado interno será um grande pilar de prosperidade no futuro. Otimista que sou, aposto na segunda hipótese. Vai, Brasil!
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário