quarta-feira, 1 de julho de 2009
FMI, quem quiser, compre
O FMI aprovou hoje sua primeira emissão de bônus para os seus países membros e respectivos, o que está sendo visto por alguns como um grande passo para os países detentores de grandes volumes de reservas em moeda estrangeira se livrarem de parte dos seus títulos do tesouro americano. Estou bastante curioso para saber como será feito o gerenciamento de ativos e passivos do FMI, já que o dinheiro "bom" obtido com as emissões provavelmente será aplicado em programas de ajuda a países que não estão em boa situação de solvência. De qualquer forma, o volume das emissões do FMI e os seus prazos de vencimento (máximo de cinco anos) provavelmente não substituirão uma parcela relevante da dívida norte-americana no mercado, o que ainda deixa em aberto o problema da diversificação. Não vejo como a hegemonia do dólar estar ameaçada enquanto não houver um substituto na mesma escala; o barulho de agora soa mais como campanha política para que os EUA façam algo para garantirem a força dos seus ativos no futuro, não colocando em questão o valor das reservas acumuladas ao longo de anos por países como China, Japão e o nosso Brasil brasileiro.
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