sexta-feira, 20 de abril de 2012

Leituras da Semana

- Frase da semana (do falecido Nobel e conterrâneo do Ryszard Kapuscinski, Simon Kuznets, muito apropriadamente resgatada pelo Rodrigo Medeiros e ainda válida): "there are four sorts of countries: underdeveloped, developed, Japan and Argentina."

- Conheça Axel Kicillof, o ilustre desconhecido "peronista-keynesiano-kirchnerista" (tenha medo, muito medo) por trás da nacionalização da YPF - EstadoVanity Fair espanhola.

- Dez nacionalizações históricas. A América Latina é bastante boa no esporte.

- A Apogeo apresenta Irving Kahn, a lenda viva do mercado que já operava antes do Crash de 1929.

- Quem tiver US$ 70 sobrando e trabalha com gestão de dinheiro deveria considerar seriamente comprar a última edição do Grant's Interest Rate Observer, que tem as notas da conferência da semana passada, com muita gente boa (Hugh Hendry, Meredith Whitney, Stanley Druckenmiller, Jim Chanos...).

- O que aconteceria se o Fed oferecesse para todos os cidadãos americanos uma linha de crédito de US$ 10 milhões a juros zero? Ótima provocação de Sheila Bair.

- Quatro tendências dos bancos centrais dos nossos dias.

- Porque a correção dos preços de ativos na Espanha não terminou.

- Porque o Facebook tem medo da internet.

- Porque estudar história econômica, por Robert Skidelsky.

- Entrevista curtinha de Paul Krugman para o Valor.

- Daron Acemoglu sobre as possibilidades econômicas de nossos netos (aparentemente o pessoal do MIT está atualizando o texto do Keynes, de 1930). Eu tenho certeza que os dias do Acemoglu tem umas 8 horas a mais do que os dos mortais.

- O melhor da conferência anual do Institute for New Economic Thinking, patrocinado por George Soros.

- Um interessante guia turístico para o desenvolvimento econômico.

- Uma tentativa de reunir a "sabedoria econômica" em 10 pilares.

- As influências intelectuais de Niall Ferguson.

- Uma longa apresentação de Nassim Taleb em Princeton, com conteúdo bem similar ao que ele mostrou por aqui há umas três semanas.

- As 100 pessoas mais influentes de todos os tempos, texto meio sério, meio piada que acompanhou a lista deste ano da Time.

- Choconomics!

- Como recorrer de uma multa de trânsito, cientificamente.

- Lars von Trier dirigindo a história do Pato Donald.

4 comentários:

Anônimo disse...

Achei superficial, ascético e estreito o texto do Acemoglu. Interessante por traçar um panorama, mas cheio de erros e omissões que complicam bastante.

A começar pela visão ingenua e anedótica do "Iiluminismo", como se nazismo e comunismo não fossem filhos tão legítimos dele quanto o liberalismo.


Ainda bem que tem o texto do Keynes do lado, que obra prima.

Hoje, tecnicamente falando, o problema econômico da humanidade já poderia estar resolvido. Dá pra alimentar bem e sem risco, dar condições mínimas de moradia, higiene e saúde pra toda população mundial, e sem grande esforço produtivo. Assim, a imensa maioria da população mundial já poderia estar passando a maior parte do seu tempo sem se preocupar com o "problema econômico". Porque fomos incapazes de criar uma sociedade assim até agora?

Drunkeynesian disse...

Você está em boa companhia: o Bertrand Russell concordava com essa visão (e já faz mais de 40 anos que ele morreu). A pergunta segue igualmente pertinente - e o desafio agora maior, já que, por muito tempo, boa parte do mundo não vai poder contar com crescimento como indutor de desenvolvimento e diminuição de desigualdade.

Drunkeynesian disse...

Ah, claro, também gosto muito do texto do Keynes - a última frase é o moto deste blog desde sua "inauguração".

Moska disse...

O Krugman falou falou e não disse nada nessa entrevista... Falou do óbvio e quando perguntado sobre questões mais "cabeludas" desviou...