terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Leituras da Semana

- Overdose de Guido Mantega na Época desta semana: capa, perfil (meio chapa-branca, achei) e entrevista. Não acrescentou muito ao que já se sabia dele.

- Uma defesa dos hedge funds, por Sebastian Mallaby. Seu livro sobre a história desse tipo de investimento (More Money Than God) é altamente recomendável.

- A entrevista de Persio Arida na Folha de ontem.

- Novas fronteiras do keynesianismo: bancos espanhóis tentam superar a crise imobiliária construindo mais.

- Dani Rodrik sobre o paradoxo de um mundo globalizado e a ausência de liderança supranacional.

- Ótimas entrevista e recomendação de livros de Peter Boettke, da George Mason University, sobre economia austríaca.

- Uma boa pergunta sem resposta (ainda que com cheiro de non sequitur): Why expect S&P, Moody’s, or Fitch to know it's junk when expert musicians can't tell a Stradivarius from a fiddle?

- A pergunta de 2012 do Edge: qual é sua explicação profunda, elegante ou bonita preferida? 192 grandes cabeças respondem. De economia & finanças, aparecem Richard Thaler, Eric Weinstein e Emanuel Derman.

- Previsões da Reuters para o ano. Use com moderação.

- O Fed da gélida Minneapolis entrevistou Esther Duflo. Trecho: "economics as a field generally is not very sympathetic to applied theory at the moment. I think theoretical work needs to be considered “hard core” to be interesting. That’s not specific to development economics; it’s a general issue in economics as a field."


- Economia como arte marcial.


- Quase um século antes da imagem da "lula-vampiro" (para falar da Goldman Sachs), o embrião do Fed era visto como um polvo-demônio.

- Muito interessante matéria na Newsweek sobre Obama e o valor de sua discrição.


- Mandelbrot aplicado ao Lego.


- 50 cartazes de propaganda soviética, com legendas traduzidas para o Português.

- Virando páginas do jornal com classe.

- Um comercial do Campari... dirigido por Federico Fellini.

- Fatos aleatórios do dia: "a survey by two economists, Roland Fryer and Steven Levitt, found that nearly 30% of black girls in California in the 1990s received a first name that they shared with no other baby born in the state in the same year. Back in 1954 a baby (later to become secretary of state) gained the one-off name Condoleezza because it sounded like a musical instruction to play “with sweetness”."

9 comentários:

CB disse...

Devo discordar um pouco da "Economia como Artes Marciais". Conheço alguns "faixa amarela" que mereciam a "faixa preta" e muitooosss "faixa preta" que mereciam ter parado na branca. Na verdade tem muita gente com muita opinião em economia. Tá ficando difícil separar o que é relevante.

Cartazes da União Soviética sensacionais! Me senti lendo "1984".

Anônimo disse...

Gostei dessa: "O Partido e Lenin são irmãos gêmeos - quem é mais valioso para a história-mãe? Nós falamos Lenin, - subentendemos o Partido,
Nós falamos o Partido, subentendemos Lenin." Alguma semelhança com o Lula e o PT?

Anônimo disse...

por enquanto só li o Arida. Mais alguém achou a reporter "ligeiramente" enviesada? Algumas vezes a entrevista fica mais interessante assim, mas acho que esse não foi o caso.

e o privataria tucana, tem algum comentário drunkeynesian? nao li, só ouvi comentários exacervbados.

Drunkeynesian disse...

Qual viés você encontrou na repórter?

Quanto ao "privataria tucana", precisaria ler pra ter alguma opinião que agregasse algo... A que tenho por enquanto, meio leviana, é que é mais sensacionalismo do que investigação / denúncia sérios.

Drunkeynesian disse...

Ainda sobre o "Privataria Tucana", um comentário ponderado de quem leu:

http://andrebarcinski.folha.blog.uol.com.br/arch2011-12-18_2011-12-24.html#2011_12-19_08_57_11-147808734-0

Anônimo disse...

Se homens do mercado financeiro levam a sério o "privataria tucana" é mais uma evidência de que o chamado "free market" é uma mera abstração teórica. Sugiro um pouco de Faoro, mais precisamente "Os Donos do Poder", para começarem a entender um pouco mais do jogo político no Brasil.

Drunkeynesian disse...

Não que eu leve a sério o livro (como disse, nem passei o olho pra ter alguma opinião), mas o que tem a ver isso com free market?

Anônimo disse...

Considerando o jogo político, o livro saiu agora para mudar o foco da mídia sobre os "malfeitos" de ministros do governo Dilma e para atingir o principal candidato de oposição em São Paulo. Isto é, o livro não se propõe a esclarecer a opinião pública sobre o necessário processo de Reforma do Estado brasileiro da era FHC (a privatização foi um dos avanços do período), mas simplesmente confundir a opinião pública. Quanto ao "free market", entendo que é uma bela construção teórica, porém os mercados (financeiro, bancário, telefonia, etc.) não funcionam dessa maneira pelas razões conhecidas (assimetria de informação, legislação, etc.). Falar em "privataria" é um engodo e acreditar em "free market" é, digamos, uma crença que não condiz com a realidade.

Drunkeynesian disse...

Anon, você leu o livro ou a opinião é do tipo "não li, não gostei"?

Até concordo que "free market" é uma abstração teórica mais do que realidade, só não acho que isso tenha algo a ver com alguém levando a sério o livro ou não.