segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Gráfico do dia - Brasil e China, 2002-2011

Pode escolher entre vantagens comparativas ou desindustrialização; por enquanto, não há como negar que a vida do brasileiro médio melhorou desde então.



Mais na última The Economist.

4 comentários:

Anônimo disse...

Mas a FIESP reclama que é uma beleza...

Frank disse...

além do crescimento brutal, a composição do mix não deve ter-se alterado muito.

parece q a participação relativa de "cooked" na exportação era maior em 2002....mas já era minoritária.

essa provavelmente será a fotogafria da Balanço Comercial 2002/2011 com China de um MONTE de outros países.

iconoclastas disse...

DK,

outro dia se falou aqui do pessoal que vem perdendo a capacidade de manter o padrão. o Marcelo Neri tem um ponto.

"CC: Os que ficaram para trás são da chamada classe média tradicional?
MN: Acho que sim, essa é uma boa classificação. Quem era classe média tradicional, perdeu. Acho que o Brasil dos últimos anos é o seguinte: boas e más notícias. A boa é que a desigualdade caiu. A má notícia é que a classe média tradicional não entrou na festa. O espetáculo do crescimento é só a preços populares, é um pouco isso. Não tenho essa visão de muita gente que diz que o Brasil entrou no século XXI. A gente está saindo do século XIX, é uma abolição da escravatura retardada. Está saindo de um país muito desigual muito rápido, mas recuperando um atraso grande.

CC: O que explica isso?

MN: Foi uma queda do retorno da educação. Por que a renda cresce na base da pirâmide? Pense no filho do peão. O pai dele era analfabeto ou analfabeto funcional. Ele foi lá, estudou, chegou ao ensino médio e não quer ser peão como o pai. Aí a demanda por pessoas pouco educadas aumentou muito. Tem mais gente com ensino médio, chegando ao ensino superior, com qualidade questionável da educação, é verdade, mas tem mais concorrência. Quem tem um diploma deixou de ser tão valorizado. E quem não tem diploma passou a ser valorizado porque são poucos, e tem muito trabalho braçal. Então tem o fator educação e o fator programas sociais. É o dinheiro para as pessoas lá na base, o Bolsa Família."

Drunkeynesian disse...

Muito bom o ponto dele (e ele é um cara que olha muito dado, aí fica difícil discordar). Curioso o mesmo fenômeno (classe média tradicional se dando mal) ter acontecido tanto aqui quanto nos EUA, por motivos totalmente diferentes.

Não sei bem o que isso implica pro futuro. É fácil se apegar à teoria do Aristóteles que diz que a classe média é o pilar fundamental da sociedade e achar que esse fenômeno é ruim no longo prazo; vamos ver o que acontece na prática.