quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Gráfico do dia - Mulheres no congresso

Da reportagem especial da última The Economist; há um tempo, indiquei uma matéria que destacava a alta (para padrões internacionais) proporção de mulheres entre executivos de companhias no Brasil. Infelizmente isso ainda não se repetiu na política.


12 comentários:

Danilo Balu disse...

Sendo que por lei cada partido tem que colocar 30% de mulheres (pelo menos) como candidatas pro legislativo. É um lelê pra atingirem a meta. 2 hipóteses simplistas e por isso mesmo sob forte risco de ser equivocada:
- a brasileira não tem interesse pela política por isso não se candidata;
- o brasileiro (homem e mulher) tem certa rejeição por mulher política.

Drunkeynesian disse...

Não sabia dessa lei.

Uma terceira hipótese é uma certa discriminação da mulher que faz com que ela nem chegue a se candidatar. Se a política refletir a população, a lei seria inócua, já que ~ 50% dos candidatos seriam mulheres.

Danilo Balu disse...

Tenho que discordar... cada profissão tem proporção distintas entre homens mulheres... temos extremos como Engenheria, Nutrição, Fono...
A Lei ajuda a garantir um mínimo de representatividade de acordo com o gênero.
Sua hipótese faz sentido, mas temos que considerar a falta de interesse delas.

Drunkeynesian disse...

Talvez você tenha razão. Pensemos que as sociedades que têm menos barreira por sexo (as 3 primeiras do gráfico) ficam com perto de 40% (e não sei dizer se alguma delas tem ação afirmativa).

Danilo Balu disse...

Há o pto de que homem quer poder mto mais que as mulheres. Política é poder, é natural que haja mais homens querendo ser políticos. Fora isso, há mais rejeição às mulheres políticas. É um ciclo...

M. disse...

Ouvi uma frase que dizia ''o europeu vem pro Brasil e fica espantado pelo povo não ter nenhuma ideologia política''.
O interesse por política no Brasil é baixo, tanto por homens como mulheres,mas muito menos por mulheres.
Estudo numa escola de negócios e no intervalo vc fica assustado com o tanto de mulher(paraíso?), mas é só eu entrar na sala(curso economia) para desaparecer todas, estão todas no curso de adm; no intervalo sempre temos discussões políticas e nunca tem mulher envolvida, esse baixo interesse pode ser explicado pela baixa educação, mas como explica na minha faculdade elas terem boa educação e nenhum interesse pelo rumo do país?
Já temos mais doutoras que doutores, mas quando vc vê as áreas ficam sobretudo em linguística e ciências sociais(que no Brasil é medíocre), não que essas áreas não sejam importantes, mas seria melhor mais economistas e engenheiros e afins.
Não estou desprezando o potencial delas, mas é intrigante ver que os grupos onde se tem intenso uso intelectual o número de mulheres é baixo, vide as academias de ciências,o próprio Freud dizia que elas se desenvolvem menos que os homens, ou artigos científicos mostrando diferença entre cérebro masculino e feminino, como um que diz que em momentos de ''choque'' a mulher trava, enquanto o homem decide se ataca ou foge.

Danilo Balu disse...

Excelente! Acho que discordo MTO mais do que concordo, até porque dá pra escrever um livro, mas acredito MTO na falta de interesse da brasileira aliado a uma rejeição intrínseca.

Drunkeynesian disse...

A civilização ainda precisa superar a fase do politicamente correto pra poder falar a sério sobre diferença entre gêneros. Ainda hoje, qualquer discussão sobre isso (mesmo as baseadas em evidências científicas) tende a descambar pra acusações de preconceito (vide o que aconteceu com o Larry Summers quando era reitor de Harvard) e desigualdade de oportunidades.

Danilo Balu disse...

Estou lendo o Delusions of Gender (http://www.amazon.com/Delusions-Gender-Society-Neurosexism-Difference/dp/0393340244/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1322760799&sr=1-1) e a autora bate MTO na tecla de que as diferenças são MTO culturais... e há mta gente boa que defenda a tal declaração do reitor.

DV disse...

Cultural ou fisiologica, no importa. Não serão políticas afirmativas que irão mudar a "guerra dos sexos". Não é só a era do políticamente correto, é tb a era da 'igualitariedade' a qualquer custo

M. disse...

Também tem o psicanalista Alfred Adler que bate muito bem nesta questão da cultura, que a mulher desde criança já ''aprende'' que ela é inferior, ela cresce com aquilo na cabeça e acaba inclusive tendo aversão a outras mulheres.
Tem uma pesquisa feita em universidades de medicina, que contastau que as mulheres tem a média de notas mais alta mas na hora de escolher a especialização os homens ficam com áreas mais prestigiadas como neurocirurgia, acho que é nessa parte que entra a questão cultural, elas teriam mais 'competência' para neurocirurgia enquanto os homens se veem melhores do que realmente são.
Acredito que em muitas coisas as mulheres são melhores que os homens,parece que elas são mais diligentes; mas quando falamos em atividades extremas, com intensivo uso intelectual e físico, os homens serão sempre melhores.

M. disse...

No quesito poder, mulher quer tanto poder quanto os homens, mas culturamente o homem busca poder direto enquanto a mulher busca poder indireto.Isso é por uma questão de incentivo, um homem feio fica bonito numa mercedes, já uma mulher feia, aos olhos do homem, continua feia numa mercedes; então se o homem quer poder ele tem que buscar com as próprias mão, já a mulher apenas com seus 'atributos naturais' consegue uma ascensão social.