Na segunda-feira fará 50 anos que João Gilberto, Stan Getz, Tom Jobim, Sebastião Neto e Milton Banana entraram num estúdio em Nova York para gravar Getz/Gilberto, o símbolo maior da invasão da bossa nova nos EUA. Dizem (não lembro onde li) que Gilberto não se entendia com Getz no estúdio e, como não falava inglês, ficava passando recados via Tom Jobim ("fala pra esse gringo filho da puta..."). O resultado final não entrega nada disso, e fica parecendo que o violão, a voz, o piano e a bateria suave nasceram para se encontrar com o sax tenor ora calmo, ora explosivo de Getz (para alguns, não por acaso, já que a turma bossa nova era bem versada no jazz). Uma obra prima, seguramente na lista dos 10 discos que mais gosto de escutar repetidamente.
sexta-feira, 15 de março de 2013
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4 comentários:
O sax é alto demais na mixagem. Um dos motivos pelos quais o João Gilberto ficava tão puto
Grande disco, vastamente tocado em trilhas sonoras de filmes (por exemplo, na festa de Gordon Gecko em Wall Street. E por falar em Getz, devemos a ele, por vias tortas, a atual ressaca global. Explico: na decada de 40 ou 50, Alan Greenspan era um jovem aprendiz de sax (na Julliard?) e colega de Getz. Mas diante do talento imensamente maior do colega, Greenspan resolveu enfiar o sax na saco e partir para uma carreira como consultor economico (e frequentar circulos Ojetivista). E o resto, como dizem, eh historia!
bom fds,
Jorge Larangeira
Eu sou fã de sax, gosto da mixagem (mas é alto, mesmo). :) Acho que o Zuza Homem de Mello odeia o disco em parte por causa disso, também.
Li essa passagem na biografia do Greenspan, era em Julliard, mesmo. Tem até uma foto de uma big band com os dois.
O melhor é João Gilberto em Retrato em Branco e Preto fazendo a linha melódica virar um brinquedinho elástico, acelerando e desacelerando
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