Ontem me perguntaram se eu achava que a Grécia ia sair do euro após as eleições, e eu disse que não, mesmo se o resultado apontasse vitória do partido de esquerda radical (Syriza). Um amigo atento lembrou deste post, onde eu disse que a probabilidade disso acontecer tinha aumentado substancialmente. Desde então, soubemos que: 1) a maioria dos gregos prefere continuar no euro; 2) o próprio líder do Syriza escreveu no Financial Times, com todas as letras (chamei de "Carta ao Povo Grego"), que seu partido está comprometido em manter a Grécia na zona do euro (OK, acredita em político, trouxa...); 3) a Espanha conseguiu um bailout em termos mais favoráveis, o que deve levar a um afrouxamento nas condições impostas para Grécia e Irlanda. Sigo achando que a saída da Grécia do euro será uma decisão dos eleitores gregos, que, quando não estiverem mais dispostos a pagar o preço da austeridade, votarão em um candidato cuja principal bandeira será a volta a dracma. Achei que isso podia acontecer já este ano, pelo visto ainda teremos que esperar. Ruim com o euro, pior sem ele, parece ser a mensagem mais clara das urnas gregas.
Uma outra (boa) opinião (opiniões "boas" geralmente são as que concordam com o que pensamos): Satyajit Das no Wall Street Journal.
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Um comentário:
Apesar dos riscos de falar algo sobre a Grécia e um segundo depois ser desmentido ser grande, a Grécia ficará no euro.
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