"Let's conclude with a modest proposal for an economic corollary to Godwin's Law. The first person to reference Weimar's hyperinflation in an economic debate automatically loses."
Matthew O'Brien, da The Atlantic, concluindo um bom texto comparando a situação atual dos EUA com alguns episódios de hiperinflação - fenômenos sociais, não exclusivamente econômicos. Creio que o caso do Brasil nos anos 80-90 foge do padrão dos exemplos que ele usou, mas é igualmente distinto de qualquer prognóstico que se possa fazer para os EUA.
Update: O Lucas, nos comentários, bem observou que o Paul Krugman já havia sugerido esse corolário. Ponto a menos no quesito originalidade para o seu O'Brien.
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10 comentários:
Krugman já definiu esse corolário - e já o usou para sacanear o Cochrane.
Boa Lucas, obrigado.
Tudo bem, mas a teoria pé na jaca adotada, ao que parece, por aqui é para, ao menos, desconfiar.
Por exemplo, ouvido hoje na CBN. Infelizmente, não deu para pegar o nome do analista, nem toda a fala, mas foi no programa do Sardenberg.
O analista disse algo como "...o BC se conformaria ou se sentiria até bem, com inflação ali nos 5% e PIB perto de 4%...", para 2012.
Nada de Zimbabwe ou Weimar...
Mas, porém, não dá para colocar a cabeça tranquilamente no travesseiro e sonhar com o moto perpétuo em economia, não é?
O analista, provavelmente, não estaria avalizando, mas fazendo uma crítica a essa postura do BCB.
O curioso desses tempos é que todo mundo acha que o mix de inflação / crescimento é questão de escolha ou vontade - basta fazer acontecer.
Os EUA podem não ter que arcar com reparações de guerra. Porém, há alguns riscos que não existiam na Bolívia (ou Brasil, ou México, ou Argentina). Considerando que o dólar é a moeda internacional e, portanto, possui uma proporção de moeda física em circulação e em mãos de estrangeiros muito maior que as outras moedas, a perda de confiança na capacidade dos EUA de pagar suas dívidas SEM DEPRECIAR MUITO o valor do dólar pode dar início a um ataque especulativo (corrida para se livrar de dólares). Como sabemos, isso costuma acontecer de forma repentina e violenta, quase como numa reação em cadeia... "tudo vai bem enquanto tudo vai bem, até que...". De fato, os EUA sempre terão a opção de emitir mais dólares. Mas até quando os credores tolerarão? Depois que a boiada estoura, fica difícil de segurar. Agora, talvez tenha gente que prefere testar os limites do mercado com déficits de 10% do PIB ao ano...
Reparações de guerra? Pra quem?
Boa pergunta. Reparações de guerra?
De quem para quem? E por quê?
Acho que ele se refere as reparações do pós Primeira Guerra.
Caramba! O cara estava falando do texto indicado no link, que cita explicitamente os casos de reparação de guerra...
Nossa... agora fez sentido :-)
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