segunda-feira, 26 de março de 2012

Commodities agrícolas

Há umas duas semanas fiz um post mostrando como vários preços de mercado voltaram aos níveis onde estavam em 2007. Tinha esquecido desse índice de commodities agrícolas (DBA), que considero especialmente relevante para o Brasil. Seu nível hoje é cerca de 20% menor do que era há um ano, o que, creio, ajudou a conter pressões inflacionárias em países onde alimentação tem peso relevante nos índices de preços. Curioso também ver como a última rodada de afrouxamento de política monetária teve efeito quase nulo nesses preços, o que parece indicação de que o ciclo de aumento de oferta (em função dos preços altos recentes) é o fator dominante na formação de preços.


Os principais componentes do DBA (e seus pesos aproximados) são: soja (15%), açúcar (13%), boi gordo (13%), milho (12%), cacau (10%), café (9%) e carne suína (8%).

2 comentários:

Anônimo disse...

Parece-me que petróleo e minério mostram-se mais inelásticos no médio prazo.

Esse post parece dar a entender que a oferta de alimentos estaria reagindo aos maiores preços.

É isso mesmo?

Qual o papel da África no longo prazo. Ou seria ela desnecessária para sanar a demanda asiática de minérios e alimentos?

Um Abraço,

Rafael

Drunkeynesian disse...

É isso, Rafael... em teoria é mais fácil plantar mais área de soja do que extrair mais minério ou petróleo.

Não sou especialista em agrícolas, só sei do que leio em meios não especializados. Há algum tempo saiu uma matéria interessante na The Economist, dizendo que a África tem um potencial enorme para a agricultura, tomando como exemplo o que a Embrapa fez por aqui em Maranhão / Piauí / Tocantins. Provavelmente o pessoal de frontier markets já está de olho nisso.