quarta-feira, 17 de abril de 2013

Brasil x México, de novo

Isso é do Financial Times de hoje:


E esse é a razão (em moeda local e sem correção, e, sim, sei que talvez não seja o melhor jeito de comparar) entre o Ibovespa e o principal índice de ações do México (IPC) - estamos em níveis de 1994:




Uma das minhas "previsões" do início do ano é que o desempenho da bolsa brasileira seria melhor do que o da mexicana. Por enquanto estou muito errado (mais de 10% errado), mas tanto o sentimento desse valor relativo quanto os preços são extremos (e por isso sigo acreditando na previsão). Nem o Brasil era tão bom, nem o México é tão bom, nem o Brasil é tão ruim, etc, etc, etc...

8 comentários:

Anônimo disse...

que belo L&S continental que alguem fez hein ??

Anônimo disse...

Gestores de ações locais têm vindo under desde o início do ano por acharem que os ativos no Brasil ainda estão caros, mas a foto do ibov passa uma imagem errada de bolsa barata. Ambv, Brml e outros caindo 15% podem ter feito preço mesmo.
Juros real de equilíbrio indefinido, governo testando os limites, volatilidade cambial - os gringos estão preocupados com muita razão.
Maradona

Anônimo disse...

Um pouco contraditória a sua opinião, tendo em vista que você parece entender que as commodities possam cair muito.

No mais, forte intervenção do governo nas elétricas e bancos, construtoras cheias de estoques e um modelo de consumo meio vencido.

Mas o Brasil poderia passar o México na medida em que se entenda que o México seja uma grande especulação, tal qual nós éramos dois anos atrás.

Abraços

Drunkeynesian disse...

Tem razão, provavelmente o fator commodities é dominante (ainda que esteja, ao menos que parcialmente no preço). De qualquer jeito, a divergência é enorme...

Anônimo disse...

O início do ano marcou uma divergência: enquanto alguns analistas de estratégia apostam numa boa perfomance do Ibov, muitos gestores diziam que o pricing estava caro e que o valuation não melhoraria diante do cenário em que estamos (intervenções, incertezas e baixo crescimento!). Até o momento, o segundo time vem ganhando, especialmente quando comparamos o nosso ambiente com desempenho de outras bolsas mundo a fora. Isso, porém, não me deixa comprado em México: acho que, como vocês disseram, eles podem estar vivendo uma boa fase muito mais em função de questões especulativas do que propriamente de fundamentos. No geral, portanto, não estou nem lá nem cá: o Brasil não é tão ruim quanto estão dizendo e tampouco o México é tão bom quanto falam. A médio-longo prazo, vislumbro, caso voltemos ao bom caminho da política econômica (o que não necessariamente significa tirar o PT, mas, sim, excluir certos personagens), um potencial interessante em nossas empresas e na dinâmica da nossa economia. No limite, a verdade é só uma: ter bons rendimentos como em outrora não está nada fácil!

JGould disse...

O México está sendo puxado, além da esperança de avanços institucionais, pela "suposta" recuperação americana, onde o "shale gas" está propiciando operações de "reshoring"(os custos na terra do Dragão estão subindo), sendo assim, o palácio do planalto deve ter uma sala especial para despachos(macumba mesma!), porque, caso a China desacelere, vão pagar um preço alto, como já está pagando por causa da muy amiga, Sra."K"

Anônimo disse...

Comparando ou não, o fato é que os lucros das empresas estão diminuindo ou estagnados e as perspectivas não são nada animadoras. E os problemas são bem brasileiros: falta de infra-estrutura, excesso de regulação, política econômica errática e um Estado disfuncional e caro.

JGould disse...

Eh DK, vc pode não estar acertando com o BRL/MXN mas, na AAPL...será que o ex-marido de rainha de bateria comprou ela e eu não sei?