terça-feira, 5 de julho de 2011

Último carregamento da Amazon

As aquisições mais recentes para a minha anti-biblioteca são:


- O The March of Folly é um livro do qual meu chefe vive falando, de uma historiadora autodidata (brrr) e best seller (brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr) que, aparentemente, foi muito lida até sua morte, em 1989. A Wikipedia define o livro como uma "meditação sobre a recorrência histórica de governos perseguindo políticas claramente contrárias a seus interesses".

- The Most Important Thing é o primeiro livro do Howard Marks, um dos grandes gestores de fundos americanos, que tem por hábito escrever longas cartas para seus cotistas (de vez em quando eu coloco aqui). As indicações na contracapa são de Joel Greenblatt, Jeremy Grantham, Seth Klarman, John Bogle e Warren Buffett, então pelo menos moral na comunidade o cara tem.

- Gödel, Escher, Bach é de 1979, e já tem um certo status de clássico. Parece meio maluco e muito lateral, mas, até onde entendi, usa exemplos do trabalho do Kurt Gödel, do M.C. Escher e do J.S. Bach para falar de inteligência, simetria e outros conceitos. Deve dar trabalho, tem quase 800 páginas.

- A Farewell to Alms é um livro de história econômica do mundo do qual o Tyler Cowen falou muito bem. Eu andava querendo ler um livro desse tipo; tentei o A Concise Economic History of the World, mas achei pouco fluente.

- The Tao of Travel é a última obra do Paul Theroux, recolhendo impressões dele e de outras figuras literárias sobre o ato de viajar. A edição é lindona, com uma capa de couro falso imitando um Moleskine.

- The Fart Party é, provavelmente, o tratado mais relevante sobre filosofia e a condição humana escrito neste século, e coloca Julia Wertz no mesmo nível de outros grandes pensadores da história. Comprei seu mais recente trabalho, Drinking at the Movies, na minha última visita a uma loja da Barnes & Noble, e não pude deixar de procurar o resto da obra.

- Expected Returns foi muito bem indicado pelo cara da coluna de finanças da The Economist (Buttonwood) e por outro amigo. Não deve interessar a ninguém cujo ganha-pão seja algo mais nobre do que ficar tentando, como diria o Sherman McCoy, catar as migalhas que o mercado deixa cair.

P.S. Por aqui, comprei a história da inflação brasileira que a Miriam Leitão escreveu (A Saga Brasileira). Confesso o meu preconceito inicial, mas gente relativamente insuspeita falou bem, veremos.

7 comentários:

Anônimo disse...

Farewll é muito bom, mas não é um livro muito completo. É mais uma visão espcífica, uma interpretação sobre dois pontos esencialmente: transição de economia malthusiana para revolução industrial (interpretação bem diferente e interessante) e a manutenção de discrepâncias nas rendas dos países (tema que sai como consequencia do primeiro argumento, e dai menos trabalhado). É bem legal, leitura agradável.

Drunkeynesian disse...

Obrigado, anom... espero conseguir ler até o final do ano.

Leeward disse...

Gödel, Escher, Bach é um senhor livro! Minha chefe já me falou dele e penso que uma das grandes contribuições do livro é no âmbito da investigação de diferentes lógicas. O pouco que conheço me diz que Godel foi um dos raros matemáticos que foi capaz de traduzir em modelos matemáticos alguns pilares da Transdisciplinaridade, como, por exemplo Níveis de Realidade. Com certeza é um livro que ainda vou ler!

ps. parabéns pelo blog!

Anônimo disse...

All can be

Drunkeynesian disse...

Leeward, obrigado pela visita e pelo comentário, apareça sempre. Eu fiquei querendo conhecer mais do Gödel depois der ler o "Logicomix", que é a história do Bertrand Russell tentando achar os princípios da matemática e quase enlouquecendo.

Frank disse...

sobre história econômica, q tb me interessa, o Angus Maddison tem alguma coisa em:

www.ggdc.net/MADDISON/oriindex.htm

Maddison produziu (ou tentou) muita estimativa de GDP dos mais importantes clusters de civilizações do passado, busca faze comparações, e tenta explicar o burst da Europa Ocidental e precisar o seu ponto de infexão de subida e descolamento do resto do mundo.

Drunkeynesian disse...

Valeu, Frank... O Maddison é dos favoritos da casa, realmente é difícil falar de história econômica sem recorrer ao enorme trabalho dele.