O Barclays Capital publicou um estudo muito interessante que tenta estimar, via um modelo de inspiração claramente drunkeynesiana chamado BEER (behavioural equilibrium exchange rate model, que leva em conta movimentos em termos de troca, diferenciais de produtividade, estoque de ativos estrangeiros e consumo do governo), quanto as antigas moedas nacionais européias que foram convertidas para o euro estariam distantes de uma taxa de equilíbrio. O gráfico resume os resultados (caso não tenha familiaridade com as siglas, aqui tem uma tabela que serve como legenda):
De acordo com o BEER, portanto, a dracma grega seria 20% mais desvalorizada, enquanto a markka finlandesa está subvalorizada mais ou menos na mesma proporção. A surpresa é o marco alemão, bem perto do seu valor "justo".
sexta-feira, 22 de julho de 2011
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3 comentários:
Drunk, sendo a maior economia da europa e já que a Inglaterra não adotou o euro, não seria lógico o marco alemão estar com o valor mais, digamos, correto?
Na minha cabeça, como a paridade da moeda única tem que valer também para um monte de outros países mais fracos, eu esperaria que parte disso se refletisse numa moeda mais desvalorizada do que seria um marco alemão "puro" (tanto que as exportações da Alemanha estão muito fortes). Entretanto, esse estudo do Barclays confirma a lógica que você descreveu, o euro seria mais uma combinação de marco alemão - franco francês do que uma moeda fragilizada pelo peso das economias frágeis (e menores). De qualquer maneira, moedas só passam pelo "fair value" por acaso, modelagem de câmbio é das coisas mais inconclusivas que existem em economia.
Tbm acho, zera esse grafico no marco e no Franco e tira tanta casa decimal que essa mania de economista prever 12,43579pi não me engana, isso é só um chute bem balizado, nada muito melhor que um penalti do Elano
luiz
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