Na semana passada, seu Meirelles andou falando que o BC já sabia do problema do Banco Panamericano desde julho (ver no Estado), e que tal informação pesou nas decisões de política monetária desde aquela época. O curioso foi ninguém ter estranhado essa informação vinda do presidente de uma entidade que vive dizendo ter compromisso com a transparência, e que, após manter os juros básicos inalterados em setembro (contra o que boa parte do mercado esperava), citou como justificativa "a redução de riscos para o cenário inflacionário".
A impressão que ficou para quem esteve nas reuniões com Meirelles na semana passada (boa parte dos economistas de bancos, corretoras e fundos de investimento de São Paulo; há um vídeo no site do BC que para mim não funcionou, talvez o leitor tenha melhor sorte.) é que, caso não houvesse a história do Panamericano, os juros não teriam parado de subir. Se isso é verdade, o Copom não só omitiu a informação que tinha de que havia um banco com problemas como mentiu na justificativa para sua decisão de juros. A transparência, no caso, é de acordo com a conveniência. E ainda há quem leia as atas do Copom e use a informação que está lá como guia para tomada de decisões no mercado...
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
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