quinta-feira, 27 de maio de 2010

Vídeo do dia - "I would recommend you panic"

Discussão de Hugh Hendry, um dos heróis deste escriba, com a editora do Financial Times Gillian Tett e o acadêmico de Columbia Jeffrey Sachs.

2 comentários:

Rodrigo, o Soneca, Pontes disse...

Não tenho gabarito pra entrar no debate economico per si. Mas sobre o argumento "um professor e um politico, vão continuar com seus trabalhos se o que disseram estiver errado. Mas eu, vou à falencia. Em quem você apostaria?".
Bom, nunca concordei completamente com esse negócio que "executivos com incentivos pensam melhor que burocratas entediados", é, para mim, mais um embate ficticio de estereotipos do que algo empírico.
Mas dê uma olhada nesse vídeo: http://www.ted.com/talks/lang/eng/dan_pink_on_motivation.html
Bem interessante ele mostrando que, para tarefas que envolvam inovação e criatividade, incentivos economicos (como o medo de ir a falencia), não só não adiantam, como são prejudiciais!

Não entro no mérito da discussão, pode ser até que ele esteja certo, mas porque ele pode ter uma percepção e inteligencia economica melhor que os outros, e não porque ele está arriscando o dele nisso.

Drunkeynesian disse...

"é, para mim, mais um embate ficticio de estereotipos do que algo empírico."

O Hugh Hendry é um provocador, claro. E imagino que ele concordaria que algumas atividades são melhor realizadas quando não há incentivo econômico -- acho que física e matemática são exemplos, o processo de descoberta é lento e tempestivo, e é difícil imaginar que as pessoas ajam pelos incentivos clássicos.

Por outro lado, entre burocratas e executivos, eu tendo a concordar com ele. O Jon Elster, que é um sociólogo norueguês muito fera, diz que o melhor jeito de você checar se as motivações das pessoas condizem com o que elas professam é verificar se há dinheiro delas envolvido (do they put their money where their mouth is?). Nesse sentido e para assuntos desse tipo (não há respostas 100% corretas e há muitas motivações ocultas e vieses políticos), eu prefiro confiar na opinião e na integridade de um especulador do que em um acadêmico, por mais herético que isso soe.