Sim, começou aquela série de posts olhando em retrospectiva para o meu próprio umbigo:
- Janeiro começou com as tradicionais previsões para o ano (confiro na primeira semana do ano que vem, já podem ir rindo da vergonha de algumas barbaridades). Listei 10 coisas que não entendia (e sigo não entendendo) na política econômica do governo. Começou o baile que levei do Ibovespa no ano, assim como ficou claro que é difícil operar ações no Planeta Bizaro.
- Em Fevereiro, Adam Gopnik compartilhou um belíssimo insight sobre decisões que deve me acompanhar por bastante tempo. O sofrimento com o Ibovespa continuou e o PT lançou uma cartilha picareta sobre seus 10 anos no poder.
- David Bowie lançou um disco novo em Março, o primeiro em dez anos. Hugo Chávez morreu, lançando uma série de discussões sobre como a economia venezuelana andou nos anos em que ele esteve no poder. Consuelo Dieguez publicou, na piauí, uma ótima matéria sobre o etanol no Brasil. O monumental Getz/Gilberto completou 50 anos, assim como o primeiro single dos Beatles. Num final de semana, o Chipre resolveu dar um sustinho nos mercados, que passou incrivelmente rápido (o proverbial "muro de preocupações" ia sendo escalado com relativa facilidade).
- Fiz um estudozinho sobre capital e alavancagem de bancos em Abril, que depois foi aproveitado em uma discussão bacana da Bertelsmann Foundation. Começou (e terminou) a histeria com o preço do tomate. O BNDES completou 60 anos, maior do que nunca. Morreram Margaret Thatcher e o gigante Paulo Vanzolini, a academia pegou fogo com os erros de cálculo de Reinhart e Rogoff e o Banco Central passou a publicar uma série de preços de imóveis que vai ser muito útil no futuro (além de ter começado a subir a Selic).
- Dilma ganhou um presentão em Maio. Descobri o verdadeiro DNA de Janet Yellen, que já despontava como favorita para suceder Bernanke no Fed. Um astronauta fez o mundo se emocionar com uma música velha e o BC acelerou a alta de juros.
- Em Junho o Ibovespa já havia caído mais de 20% no acumlado do ano e as moedas de emergentes tomavam uma surra do poderoso dólar americano. Escrevi um dos textos que mais gostei na história deste blog; os protestos começaram a correr soltos pelo Brasil. Pol Antràs, de Harvard, montou uma lista bacana com seus 50 papers favoritos. Morreu Marc Rich, o cara que inventou o mercado internacional de petróleo.
- Julho começou sem o Google Reader e com o Império X entrando em coma terminal. A Jornada Mundial da Juventude aconteceu no Rio. Saiu o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil.
- Em Agosto mudei para os EUA, minha vida terminou de virar pelo avesso e o blog passou a ficar meio abandonado. O dólar fez a máxima no ano contra o real, devidamente sinalizada pela mídia.
- Em Setembro estreou a versão deste blog debaixo do portal do Estadão. Saez e Piketty atualizaram um trabalho importantíssimo sobre distribuição de renda nos EUA. Começou a aparecer a baixaria da NSA.
- Em Outubro a The Economist botou na capa o foguete Brasil perdendo o rumo, para o bem do nosso complexo de vira-lata. Fama, Shiller e Hansen dividiram o Nobel, a arqueologia da internet achou essa aula de economia política pelo finado dr. Enéas e Eike Batista quebrou de vez.
- Novembro viu a tentativa de registro do primeiro ataque especulativo fiscal da história. Na que deve ter sido a notícia mais importante do ano, a China anunciou que vai flexibilizar a política de filho único. Janet Yellen foi confirmada como próxima presidenta do Fed e a Selic retornou aos dois dígitos.
- O mundo perdeu um gigante em Dezembro. O Galo passou vergonha em Marrocos, o SPTV anuncia o que vai abrir e o que vai fechar no Natal e, bom, todo mundo deve estar festejando o fim de mais um ano e ninguém vai ler isso aqui (mais ainda devo minhas listas de filmes, livros, etc).
Feliz Natal, queridos leitores, continua sendo um prazer contar com vossa companhia virtual para cornetar sobre esse mundo esquisito ao nosso redor.
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
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2 comentários:
É isso ai Drunk.. Keep up the good work!
Good job!
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