Brazil had the benefit of selling into a strongly recovering world economy and rising commodity prices. Uncompetitive Greece, with low productivity and high unit costs, disastrously locked into the euro, is trying to sell into a stuttering global recovery.
Além disso, Lula assumiu a presidência, em 2003, com os juros básicos a 25% e o câmbio a R$ 3,54 / US$ (flutuante, ao contrário da Grécia) -- daí era mais fácil melhorar (repita o mantra: Lula sortudo). Cabe também lembrar que a meta fiscal só foi atingida porque o PIB e, por consequência, a arrecadação de impostos, entraram numa fase de crescimento forte. Não foi feito nenhum grande esforço para conter despesas, que é o caminho que a Grécia tem tentado seguir.
Se há algum exemplo histórico para o qual a Grécia deveria olhar (e, por consequência, tentar sair correndo do euro) é o dos anos 1930, quando os países que abandonaram o regime de câmbio fixo primeiro sofreram menos com a recessão (sobre o assunto, há uma resenha na The Economist desta semana de um trabalho novo de Barry Eichengreen e Peter Temin).
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