quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Última piada (involuntária) do ano
Há quem acredite em Papai Noel; há quem acredite em previsões com precisão decimal. Ho, ho, ho!
Acabou 2009...
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
How the mighty have fallen
Via William Easterly.
Top 25 Companies 1999-2009 (WSJ Chart)
Grécia nas mãos da Moody's (ou: a volta da dracma)
Quando a Grécia adotou o euro, muitos protestaram pelo desaparecimento da dracma, até então a moeda mais antiga em circulação no mundo. Nesse sentido, a Grécia pode esperar para breve uma boa notícia: creio que o país não se aguentará não podendo desvalorizar a moeda para aliviar o peso da dívida, e a dracma terá sua volta, infelizmente nada triunfal.
Foreign Currency Long Term Debt Ratings (Sovereign)
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Frase da década - Donald Rumsfeld
Frase do dia - Que pena, COP15
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Os mercados em 2010
Year Ahead: Can You Handle the Truth?
Festival de extrapolação aplicada ao mercado (edição EUA)
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Ben Bernanke, pessoa do ano pela Time
Frase do dia - Jim Rogers
"It should be written down as an axiom that you always invest against the central banks."
Hoje, na Bloomberg:
Gold Buying by Central Banks May Send Signal to Sell
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Rubem Braga e o comércio internacional
Gráfico do dia - tempo para chegar no trabalho
Frase do dia - Eduardo Giannetti
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Paul Samuelson, 1915-2009
Quanto ao primeiro, Samuelson foi um dos pioneiros na idéia de aplicar métodos de ciências exatas (termodinâmica, no caso) à Economia e tentar propor modelos e teoremas gerais para explicar e entender a realidade. Esse hoje é o mainstream, e a força dessa visão é tão grande que mesmo teorias que já se provaram equivocadas (mas que conseguem ser elegantemente demonstradas por equações) custam a ser abandonadas. Daí, creio, vem a impressão da Economia ser mais "científica" que as outras ciências sociais, e em nome disso muitas idéias boas que não podem ser escritas com letras gregas e derivadas parciais são abandonadas ou ridicularizadas.
O segundo é uma consequência do anterior: Samuelson foi o autor do primeiro livro-texto amplamente difundido para o ensino de Economia na graduação (Economics: An Introductory Analysis, de 1948 - hoje está na 19ª edição e já vendeu 4 milhões de cópias, em 40 idiomas). Daí vem a impressão que todo o conhecimento acumulado desde os fisiocratas pode ser condensado em um livro, com o auxílio de ferramentas matemáticas. O aluno, portanto, estaria dispensado de procurar conhecer e interpretar a obra de outras épocas, já que os modelos e equilíbrios gerais não precisam ser interpretados, já contêm o "conhecimento acumulado" na forma de leis gerais e teoremas. Hoje em dia, num curso de graduação em Economia, passa-se mais tempo tentando decifrar equações e analisando dados na frente do computador do que lendo, criticando e tirando conclusões próprias.
Creio que boa parte da revitalização da Economia deveria partir de uma correção nesses dois aspectos, que criaram algumas gerações de economistas arrogantes, ultraconfiantes e (pior) influentes, com uma aura de respeitabilidade e "eu-sei-o-que-estou-fazendo". Nesse sentido, é preciso um novo Samuelson, uma figura influente a ponto de ditar os rumos do quê será estudado, e como, nas próximas décadas. Já se observou que indivíduos e agregados econômicos não se comportam como partículas cujas características podem ser previstas com baixo grau de erro; a Economia precisa de novas e mais realistas inspirações.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Alguém me explica...
BNDES aprova crédito de US$ 640 mi a Aerolíneas Argentinas
Divisão do trabalho
(impresso em Hong Kong / dobrado na China)
"The greatest improvement in the productive powers of labour, and the greatest part of skill, dexterity, and judgment with which it is any where directed, or applied, seem to have been the effects of the division of labour."
Adam Smith, capítulo I de An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations (1776)
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Top 10 músicas dos anos 00 (Som da Sexta especial)
Os saudosistas reclamam e alegam uma suposta "banalização"; eu acho que isso faz parte da tendência humana de dar um peso desproporcional para o passado. A vida para quem gosta de música nunca foi tão divertida: com alguns cliques, você pode baixar o hit da semana, a nova melhor banda de todos os tempos, o disco clássico, o cover inusitado (Travis cantando Britney Spears? Lily Allen cantando Pretenders? Pode procurar que tem) ou a gravação que um dia foi rara. As escolhas nunca foram tão abundantes e acessíveis (liberdade de escolhas é sinônimo de desenvolvimento, diria o professor Amartya Sen). Difícil é saber escolher com o quê gastar o tempo.
Aqui me concentrei somente no rock / pop em Inglês, não conseguiria colocar no mesmo saco o jazz e a música brasileira que tanto admiro (talvez faça listas separadas para essas categorias). Em termos de qualidade, acho que a década não destoou muito das anteriores: algumas grandes bandas que conseguiram criar uma obra, muitos one hit wonders, alguns bons álbuns. Aí vai minha lista das melhores canções, em ordem alfabética para não ter o trabalho de ordenar preferências tão subjetivas.
Belle & Sebastian - If You Find Yourself Caught In Love (Dear Catastrophe Waitress, 2003)
A grande década do Belle & Sebastian foi a anterior, mas nos anos 00 eles lançaram Dear Catastrophe Waitress, um bom disco e bem melhor humorado do que os anteriores. Esta é uma canção pseudo-gospel, muito irônica e divertida.
Damien Rice - The Blower's Daughter (O, 2002)
Para sobreviver a uma quantidade gigantesca de execuções (puxada pelo sucesso do filme Closer), e, sobretudo, a uma versão em Português absolutamente pavorosa, a música tem que ser muito boa.
Duffy - Warwick Avenue (Rockferry, 2008)
Amy Winehouse e Lily Allen que me desculpem, mas Duffy é a grande cantora da década. O álbum Rockferry é impecável, o clima anos 1960 das canções é delicioso, e ouvir a voz meio Blossom Dearie, meio Aretha Franklin de Duffy me faz pensar no quanto foi tonto o cara que a dispensou e mereceu as canções amarguradas desse disco.
Fiona Apple - Extraordinary Machine (Extraordinary Machine, 2005)
Fiona Apple é outra cantora extraordinária, que já havia sido revelada na década anterior. Extraordinary Machine combina o vozeirão de Apple com piano e cordas; a combinação merece o lugar nesta lista.
Gnarls Barkley - Crazy (St. Elsewhere, 2006)
Nada no disco St. Elsewhere chega perto do soul moderno de Crazy. Mais uma para a lista de grandes canções com esse título (fazendo companhia a Seal, Patsy Cline e Aerosmith). E que outra banda já teve oportunidade de tocar com o Chewbacca como baterista (veja no vídeo)?
Norah Jones - The Story (My Blueberry Nights - Songs From the Motion Picture, 2008)
Essa é a tal música ultra-sexy que me ajudou a gostar tanto de Um Beijo Roubado (Norah Jones escreveu a música para o próprio papel -- quantas outras cantoras podem fazer isso?). Resista, se puder.
Paul McCartney - This Never Happened Before (Chaos and Creation in the Backyard, 2005)
Deveria ser covardia deixar Paul McCartney participar desse tipo de lista... Esta canção poderia muito bem estar entre as baladas de Revolver (Here, There and Everywhere e For No One).
Radiohead - House of Cards (In Rainbows, 2007)
Radiohead é a maior banda em atividade. Quem os viu no Brasil este ano comprovou que eles têm repertório para um show espetacular de duas horas, e ainda não perderam nada da relevância que atingiram com OK Computer (de 1997). E quando a maior banda em atividade coloca para download grátis o seu útimo disco, o sinal de que algo mudou na indústria musical é inequívoco.
Ray LaMontagne - You Are the Best Thing (Gossip in the Grain, 2008)
Poderia ser um soul dos anos 1960 cantado por um negro de Detroit. É um soul dos anos 2000 cantado por um branquelo do Maine.
Rufus Wainwright - One Man Guy (Poses, 2001)
Nick Hornby, além de livros divertidíssimos, oferece a seus leitores dicas musicais como esta (que faz parte do 31 Songs). Obrigado, Nick.
Esta versão não é das melhores, mas foi o que achei no YouTube.
P.S. A lista do Ronalt está aqui.
P.P.S. A The Economist publicou há umas duas semanas um texto bem interessante sobre o que tem acontecido com o entretenimento.
Exuberância irracional, ontem e hoje
Marolinha revisited - PIB do 3º trimestre
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Engordando o BNDES
Governo libera R$ 80 bi extras para BNDES emprestar
O Tesouro segue financiando a dieta hipercalórica do BNDES. Aguardamos a contrapartida em desenvolvimento econômico e social.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
COP15, a festa dos burocratas
Não quero entrar no mérito da causa -- não entendo absolutamente nada de clima, e, até onde sei, há bons argumentos para os dois lados. Ademais, enquanto a tecnologia não andar, me parece uma questão de solução impossível -- o bem estar de grande parte da humanidade atualmente depende de consumo de energia. Na margem, quem vai consumir mais energia são as pessoas que estão saindo da pobreza, e não há nenhuma motivação de curto ou longo prazo que justifique privá-las de uma oportunidade de vida mais confortável. Fica, portanto, a opção para quem pode "reduzir suas emissões", o que só virá via incentivos que, provavelmente, não são viáveis em um mundo já tão endividado (apedrejamentos nos comentários, por favor). O caso aqui é o desperdício de recursos em nome da "causa", do qual o Brasil, claro, é o exemplo mais gritante.
Burocratas e políticos estão sempre atrás de uma "causa", que justifique seus empregos e seus salários. Para isso, apoiam-se em especialistas e colocam-se como donos da verdade, sem deixar margem para dúvidas ou questionamentos. Há pouco tempo vimos o caso da Gripe H1N1: o desconhecimento geral virou pânico e justificou o desperdício de bilhões de dinheiro de contribuintes, para depois concluir-se que o perigo não era tão grande, assim. Como disse acima, não entendo absolutamente nada de clima. Mas sei que é uma questão extremamente complexa, com muitas variáveis não controláveis. Complexa demais para que, em tão pouco tempo, já tenha-se chegado a conclusões incontestáveis e que justifiquem tanto empenho. Quanto à colaboração entre países, devemos lembrar que os EUA seguem produzindo açúcar de beterraba, apesar de todas as rodadas de negociação de comércio internacional. Copenhague será um fiasco, podem anotar.
P.S. Ainda no campo das boas intenções:
Prostitutas dinamarquesas oferecem sexo grátis durante COP15
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Dado inútil do dia - Ibovespa vs S&P 500
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Os livros do ano, pela The Economist
Pão de Açúcar compra Casas Bahia
"Foi em 36 vezes sem juros e sem entrada!!! E o melhor: a primeira parcela só em fevereiro!!! Isso mesmo!!! Só em fevereiro!!! Mas é só até sábado, hein!!! Tá esperando o quê?!? Vai lá!!! Vai lá!!! "
Via Kibe Loco.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Festival de extrapolação aplicada ao mercado (5)
O oba-oba do PIB 2010
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Os 100 pensadores globais de 2009
Top 10 filmes dos anos 00
Top 10 (feito a muito custo, que pode mudar a qualquer minuto, e a ordem entre o Top 3 e dele para baixo é quase aleatória):
1. Match Point (Woody Allen, 2005)
Woody Allen dirigiu exatamente dez longas durante a década (teria tido uma regularidade ainda mais impressionante se não tivesse passado em branco por 2004 e compensado lançando dois títulos em 2005). Uma sequência fraca (para padrões Woody Allen, claro) nos primeiros cinco anos foi interrompida por este filme, o melhor dos anos 00 e um dos melhores da carreira de Allen. Match Point volta aos temas de culpa e moralidade do genial Crimes e Pecados (1989), constrói uma versão século XXI para a obra prima de Dostoiévski Crime e Castigo e introduz a visão do diretor, cínica e realista, sobre o papel da sorte na vida. Nas mãos de alguém menos hábil, tal combinação poderia resultar em um filme árido e sonolento; nas mãos do mestre, virou uma história de suspense, temperada com bom humor e Scarlett Johansson.
Eu imagino qual teria sido o impacto desse filme em mim se eu tivesse a mesma idade dos protagonistas – algo como vinte e poucos anos em 1995, quando foi lançado o primeiro filme (Antes do Amanhecer) e mais perto dos 30 em 2004. De qualquer maneira, como só fui ver os dois em uma idade intermediária, me identifiquei com as duas situações. O passado, romântico e bastante ingênuo; e o futuro breve, mais difícil, mas não menos fascinante. Talvez por este filme ter tido participação dos dois atores principais (Ethan Hawke e Julie Delpy) no roteiro, ele às vezes parece um documentário, mas não deixa de alimentar um pouco do ideal romântico de Antes do Amanhecer.
Ah, e a cena final, com Julie Delpy imitando os trejeitos de Nina Simone no palco, contem toda a sensualidade que todas as cenas que a Megan Fox já gravou com roupas mínimas nunca terão.
Denys Arcand traz de volta os mesmos personagens de O Declínio do Império Americano (1986): intelectuais da parte francófona do Canadá, inteligentes, céticos, beberrões, sarcásticos e meio tarados. As Invasões Bárbaras é sobre a despedida de um deles, Rémy, da vida, e traz uma reflexão honesta e realista sobre família, amigos e a morte.
Fui assistir a esse filme esperando absolutamente nada, já que tinha achado muito chato o único filme (In the Mood for Love, não lembro como ficou o título em Português) que havia visto do diretor. Dada a posição dele na lista, não preciso falar quão boa foi a surpresa ao terminar a sessão. As histórias dos personagens de Norah Jones (grata surpresa como atriz), Jude Law, David Strathairn, Rachel Weisz (não dá para entender como ela ganhou o Oscar por O Jardineiro Fiel e não por este papel) e Natalie Portman são envolventes e profunamente humanas. E a música (The Story) composta por Norah Jones para a trilha é das coisas mais sensuais que já foram gravadas. Aliás, a trilha toda (Cat Power, Cassandra Wilson, Otis Redding, Ruth Brown) é tão boa quanto o filme.
Cidade de Deus deve ser quase uma unanimidade nessas listas de Top 10 da década. Há muito tempo um filme brasileiro não era tão reconhecido, e hoje é uma influência visível para histórias filmadas sobre países subdesenvolvidos (vide Quem Quer Ser um Milionário?, talvez o filme mais superestimado da década).
6. Antiherói Americano (American Splendor, Shary Springer Berman / Robert Pulcini, 2003)
Antiherói Americano mistura cinema, quadrinhos e documentário para contar a história de Harvey Pekar, um americano ranzinza, funcionário público e viciado em jazz. Esse vício levou-o a conhecer o grande desenhista Robert Crumb, e a amizade dos dois transformou-se numa parceria onde Pekar contava seus “causos” e pensamentos e Crumb transformava-os em histórias em quadrinhos. Brilhante interpretação de Paul Giamatti, e uma cena comovente usando a interpretação de John Coltrane para My Favorite Things como trilha sonora.
“Tarantino é doente”, foi o consenso que eu e os amigos cinéfilos conseguimos chegar após ver Bastardos Inglórios. Felizmente sua doença é canalizada para filmes brilhantes e delirantes como este, o melhor desde Pulp Fiction. E se há alguma justiça no Oscar, Christoph Waltz sai da premiação do ano que vem com uma estatueta pelo papel do coronel poliglota Hans Landa.
A idéia do conto de F.S. Fitzgerald é tão boa que é de se estranhar que tenha levado tanto tempo para ser adaptada para o cinema. Felizmente a espera foi recompensada, e ganhamos um ótimo filme de um dos diretores mais interessantes da atualidade. Infelizmente, o filme teve que concorrer com a febre Quem Quer Ser um Milionário?, e não levou nada no Oscar. Acho as cenas em que Brad Pitt e Tilda Swinton contracenam, no segmento em que Button está em Murmansk, uma aula sobre como mulheres gostam, sobretudo, de serem ouvidas.
9. Os Sonhadores (The Dreamers, Bernardo Bertolucci, 2003)
Valeria só pelas cenas com a Eva Green, mas, como mulher pelada não é o critério da lista, esse filme é um dos motivos que me fazem ter vontade de ter vivido os anos 1960. Ou melhor, ser um estudante americano morando em Paris em 1968 e tendo um caso com a Eva Green.
10. Closer - Perto Demais (Closer, Mike Nichols, 2004)
Closer é o contraponto à esperança de Antes do Amanhecer, e condensa, embora de forma menos bem humorada, o pensamento de Woody Allen sobre relacionamentos no final de Annie Hall: "I thought of that old joke, y'know, the, this... this guy goes to a psychiatrist and says, "Doc, uh, my brother's crazy; he thinks he's a chicken." And, uh, the doctor says, "Well, why don't you turn him in?" The guy says, "I would, but I need the eggs." Well, I guess that's pretty much now how I feel about relationships; y'know, they're totally irrational, and crazy, and absurd, and... but, uh, I guess we keep goin' through it because, uh, most of us... need the eggs”
- Up - Altas Aventuras (Up, Peter Docter / Bob Peterson, 2009)
- Gran Torino (Clint Eastwood, 2008)
- Tropa de Elite (José Padilha, 2007)
- Superbad (Greg Mottola, 2007)
- Juno (Jason Reitman, 2007)
- Na Natureza Selvagem (Into the Wild, Sean Penn, 2007)
- WALL-E (Andrew Stanto, 2008)
- Sobre Meninos e Lobos (Mystic River, Clint Eastwood, 2003)
- Amantes (Two Lovers, James Gray, 2008)
- Kill Bill (Quentin Tarantino, 2003/2004)
Filmes que entraram na primeira lista que fiz para filtrar os escolhidos acima:
- Réquiem Para um Sonho (Requiem for a Dream, Darren Aronofsky, 2000)
- Oldboy (Chan-wook Park, 2003)
- Senhor das Armas (Lord of War, Andrew Niccol, 2005)
- Soldado Anônimo (Jarhead, Sam Mendes, 2005)
- Syriana (Stephen Gaghan, 2005)
- Os Inflitrados (The Departed, Martin Scorsese, 2006)
- Babel (Alejandro González Iñárritu, 2006)
- Borat (Larry Charles, 2006)
- Shrek (Andrew Adamson / Vicky Jenson, 2001)
- Vicky Cristina Barcelona (Woody Allen, 2008)
- O Pianista (The Pianist, Roman Polanski, 2002)
- Quase Famosos (Almost Famous, Cameron Crowe, 2000)
- Alta Fidelidade (High Fidelity, Stephen Frears, 2000)
- Volver (Pedro Almodóvar, 2006)
- Fale Com Ela (Hable Con Ella, Pedro Almodóvar, 2002)
- Sideways (Alexander Payne, 2004)
- A Lula e a Baleia (The Squid and the Whale, Noah Baumbach, 2005)
- Desejo e Reparação (Se, jie, Ang Lee, 2007)
- Do Outro Lado (Auf der Anderen Seite, Fatih Akin, 2007)
- Batman Begins e Batman: O Cavaleiro das Trevas (Batman Begins / The Dark Knight, Christopher Nolan, 2005 / 2008)
- Quando Meus Pais Saíram de Férias (Cao Hamburger, 2006)
- A Viagem de Chihiro (Sem to Chihiro no kamikakushi, Hayao Miyazaki, 2001)
- Um Táxi para a Escuridão (Taxi to the Dark Side, Alex Gibney, 2007)
- Cidade dos Sonhos (Mulholland Dr., David Lynch, 2001)
- Foi Apenas um Sonho (Revolutionary Road, Sam Mendes, 2008)
- Mais Estranho que a Ficção (Stranger Than Fiction, Marc Forster, 2006)
- C.R.A.Z.Y. – Loucos de Amor (C.R.A.Z.Y., Jean-Marc Vallée, 2005)
Filmes que iam entrar na lista, mas depois fui ver que são de 1999:
- Magnolia (Paul Thomas Anderson)
- O Clube da Luta (Fight Club, David Fincher)
- Beleza Americana (American Beauty, Sam Mendes)
Dados do dia - Bancos Europeus
Paris-based BNP Paribas, the world’s biggest bank by assets, increased its balance sheet by 59 percent to 2.29 trillion euros ($3.5 trillion) since the beginning of 2007, an amount equal to 117 percent of France’s gross domestic product.
Assets at London-based Barclays jumped 55 percent to 1.55 trillion pounds ($2.6 trillion), or 108 percent of U.K. GDP.
Santander’s rose 30 percent to 1.08 trillion euros, about the size of Spain’s GDP.
Alguém falou em too big to fail?
Dezembro, o mês do off-topic
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
2009 foi o ano de...
Notícia do dia - Bolhas e Fé
*PLOSSER SAYS HE `NOT A BIG BELIEVER' IN ASSET PRICE BUBBLES
Um urso em hibernação
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Ainda Dubai
domingo, 29 de novembro de 2009
Reflexão sobre a pausa para reflexão
Há a política. Há interesses que passam longe da racionalidade como a imaginamos (mas que devem fazer perfeito sentido para quem os defende). Há, como o próprio autor do artigo abaixo disse, "a complexidade da condição humana". E vai haver, no ano que vem, uma disputa pelo poder no "país do futuro", na possível-futura quinta maior economia do mundo.
Há um presidente que conta com uma aprovação assombrosa, mais ainda considerando que ele comanda uma democracia livre. Por trás desse presidente, há uma história de sucesso, fruto ou não do acaso, mas que faz com que ele paire acima do bem e do mal. Há uma possível sucessora. Há uma oposição acanhada, que ainda não decidiu o que quer (ou pelo menos isso aparenta). Há jornalistas, com diferentes graus de isenção, e seus veículos. No meio de tudo isso, vai haver muita sujeira, muito ruído, e pouca informação. De forma que vou me abster, daqui para a frente, de comentar política -- simplesmente não conheço, ou não entendo o bastante. Sou tonto. Deixo-me levar pelos meus vieses e não enxergo o que talvez seja óbvio. Estou engatinhando no entendimento de política e mídia -- tão ou mais opacas que mercado financeiro e economia, mas, pelo menos, esses eu estudo e vivencio há algum tempo.
Antes disso, tenho a obrigação de dar o outro lado da história. Um estimado amigo para quem mandei o texto abaixo disse que a opinião dele sobre a história está mais ou menos nesse texto do Luiz Carlos Azenha -- fica aí o contraponto, um dos possíveis. Tantos outros estão na mídia, é só procurar. Não conheço bem o trabalho do Luiz Carlos Azenha, nem suas orientações políticas, nem seus interesses. Como não conhecia esses aspectos do César Benjamin, que me impressionou pela biografia e pela história contada.
"Tive na vida várias fases de tentar explicar tudo, mesmo sem compreender. Quando compreendia, não tinha palavras para explicar." O Tostão escreveu isso em sua coluna de hoje. Há sabios e há tontos. Estou caminhado entre eles, sem ter idéia de quem estou mais perto.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Pausa para reflexão
Artigo de César Benjamin na Folha de S. Paulo - 27/11/2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Não quer pagar estacionamento?
Por que os shoppings de São Paulo têm de investir milhões em andares e andares de estacionamento, para depois não poderem cobrar pela facilidade? Qual a dificuldade dos legisladores em entender que uma vaga de estacionamento é um espaço privado, e que o preço cobrado nada mais é que um aluguel? Por que os clientes dos shoppings entendem isso e lotam tais vagas, e os deputados estaduais tentam violar a lei de oferta e demanda e a propriedade privada?
Se há algum alívio é que o executivo tenta vetar tal aberração. Que o judiciário compartilhe do mesmo pensamento.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
A festa das isenções continua
O Gian escreveu no comentário do post de ontem que concorda com o Friedman. Eu adoraria concordar também, sobretudo com a noção de que os governos, no geral, gastam muito e mal. O problema é que, no caso do Brasil hoje, as isenções de impostos muito provavelmente não serão acompanhadas por um corte correspondente nos gastos. E a operação acaba sendo uma transferência: de toda a base de contribuintes para quem compra móveis / carros / material de construção / etc. e seus respectivos produtores. Não vejo como isso pode ser bom (numa visão um pouco mais que imediatista) ou prioritário para um país que se financia a mais de 6% de juro real e só este ano conseguiu prover saneamento básico para metade dos domicílios.