quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Paradigmas quebrados
E o Banco Central do Brasil promoveu um cavalo de pau nos juros, mais radical do que o mercado esperava (depois do já radical ajuste de expectativas ocorrido durante agosto). Esqueçamos a história de banco central independente, de metas de inflação, de função de reação, de conservadorismo... Acabamos de nos juntar ao "pós-modernismo" em política monetária, e, ao que parece, a história de dona Dilma levar os juros reais a 2% no final do mandato começa a ser tentada. Os do mercado financeiro podem apertar os cintos, será uma longa e estranha jornada. No mundo real, por enquanto, nada de novo, mas se de fato estivermos assistindo ao início de uma mudança brutal no patamar dos juros, muita coisa nos preços absolutos e relativos de ativos vai mudar. Mais sobre o tema, ad nauseam, nos próximos dias, meses, anos...
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5 comentários:
e amanha, qual seu palpite para parte mais longa da curva? Por um lado, tende a cair pelo fato da taxa longa "ser" a composição das intermediarias; por outro, há uma clara deterioração das expectativas inflacionárias. Não sei não.
No meu ponto de vista a curva doméstica só caiu tanto em agosto por causa dos treasuries, e não está espelhando as reais condições domésticas.
O que vc acha ?
Tenho boa convicção de que a inclinação sobe forte, mas com essa porrada no juro curto é difícil o movimento das taxas não ser pra baixo. Estou em casa e sem as planilhas pra simular os cenários, mas um chute seria os curtos caindo 50 bp e os longos 20 bp ou 30 bp. Os breakevens de inflação deveriam subir, também.
Mal humorado! Hehe
Voce já defendeu reduções mais drásticas na cara e na coragem (ou, indiretamente, na canetada) como o de ontem, nao??
Foi mal.
Só li agora um dos textos abaixo, onde voce já fala disso...
A canetada que eu mais defendia era de desindexação, achei que viria antes de mexerem nos juros... agora, é o que está aí...
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