A viabilidade da exploração de alguns novos poços da Petrobras depende inteiramente do preço do petróleo - sem entrar em detalhes técnicos (até porque eu não os conheço), furar um poço na areia custa muito menos do que desenvolver uma tecnologia capaz de trazer o óleo da famigerada "camada pré-sal". Por mais que o preço do barril de petróleo que viabiliza essa exploração seja consideravelmente mais baixo do que o praticado atualmente, a única resposta de alguma honestidade intelectual para a pergunta "quanto vai estar o petróleo daqui a cinco anos?" é um sonoro "não faço a menor idéia". Ao invés disso, o mercado parecia precificar que o preço do óleo só possuia uma direção possível - para cima, e com força. Com esse preço invertendo a tendência, pelo menos no curto prazo, essa certeza está abalada - não vai demorar muito para surgirem novos profetas dizendo que o petróleo terminará a decada a US$ 50.
Identificar esses extremos de euforia e depressão é uma difícil arte, pela qual os gestores de recursos, em tese, são (bem) pagos. De graça, posso dar o meu palpite aleatório: a Petrobras agora reflete um momento de depressão.
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