quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Uma virada liberal de Dilma?

Se tomarmos pelo valor de face o que tem sido noticiado, estamos vendo ou em breve veremos no Brasil: diversos leilões de concessões no setor de transportes, bancos públicos reduzindo o crescimento do crédito, Banco Central levando os juros básicos de volta a dois dígitos, um novo reajuste nos preços de combustíveis e o braço de participações do BNDES vendendo ações no mercado. Todas essas decisões têm (pelo menos) dois fatores em comum: vão na direção de maior peso nas sinalizações vindas de um mercado livre e têm o aval da economista mais influente do país, que também acumula o cargo de Presidente da República.

O resto do texto está no Estadão.

15 comentários:

Diego disse...

A respeito das concessões, é sério que você considera trocar um monopólio público por um monopólio privado uma medida liberalizante? A única diferença é qualidade do serviço deixar de ser atroz para ser apenas horrível.
Quanto as outras medidas, desfazer políticas que já nasceram fracassadas está longe de merecer algum mérito.

Drunkeynesian disse...

São mais liberais na margem - assim como o mérito é marginal. Não estou dizendo que ela virou a Thatcher.

Anônimo disse...

Reverter medidas ruins é sempre bom. Aprender com erros é o que se espera dos líderes. Só não sei se é um esgotamento (leilões sem interessados, dívida pública ameaçando o rating, petro sem dinheiro, juros aceitando o novo cenário câmbio-tapering) ou se é somente uma recuo estratégico visando reduzir volatilidade pré-eleição, para voltar a testar os limites em 2015.
Dantas

Anônimo disse...

A revisão de dívida dos estados, que gera um espaço para gastar especialmente grande em São Paulo, não ajuda muito no seu wishful thinking. Dívida para o governo é para ser tomada até o talo! A nossa sorte é que o ambiente ficou mais adverso e provavelmente não iremos andar em direção ao abismo, como fizemos todas as vezes que ambiente externo complacente deu chance. Erga as mãos para o céu pelo tapering, pela estabilização das commodities pelo desconforto dos analistas.
Mas também mantenho algum otimismo tático.
Maradona

Anônimo disse...

Depois das interferências em diversos setores da economia é dífícil acreditar que o capital estrangeiro terá interesse nas concessões. Basta perceber o desinteresse das grandes empresas estrangeiras no campo de libra. Vai sobrar os fundos de pensão.

Anônimo disse...

Acabei de ler e recomendo o blog do Mansueto sobre o refinanciamento de Estados e Municípios.
Maradona

Anônimo disse...

A questão é se a gente leva a sério ou não esses "boatos"-"promessas". E como isso seria feito. Tão confiável quanto os superávits da contabilidade criativa?

Baldessari disse...

Estou boiando. O.o

Mas valeu a visita ao blog, já q sou seguidor no twitter. :)

Anônimo disse...

Quanta melhora de notícia à medida em que se aproxima a eleição.
Que economista influente esta...

Anônimo disse...

Que linda palavra no vocabulário petista: concessões...
Aliás o molusco não sabe falar português, mas como sabe criar neologismos: contabilidade criativa, cláusulas suspensivas e por aí vai...
No meu tempo essas palavras significavam outras coisas...

Akaki Akakievitch disse...

Luciano, Constantino ""O Libertário"" expôs algumas dessas urgências em 2010, respaldado na escola austríaca:

http://vimeo.com/12670484

O que pensam os keynesianos?

Akaki Akakievitch disse...



"As grandes questões ideológicas e planos no campo da economia devem ficar em suspenso até lá, com a interessante evidência de que, quando as coisas apertaram, tendemos menos a governo e mais a mercado."

Está chegando ano de eleição? Populism here I go!!

Cadê os keynesianos??

Anônimo disse...

É sinal que diferente do que se fala privatizar da voto, caso contrário ela não faria. O governo Dilma é voltado para um projeto de poder, aí tudo vale, vamos privatizar, aumentar municipios (+ 380) etc.

Diferente do que se acha, é um governo muito coerente, o que vale é o marketing vide que no discurso sobre espionagem o governo ressuscitou o tema direitos humanos em política externa, coisa que atém ontem dizia que coisa de ongeiro, e assim caminha a mediocridade que estamos presos.

Abraços,

Marcelo

Anônimo disse...

Um partido político tem dois objetivos: 1) chegar ao poder. 2) uma vez chegando, manter-se lá. Governo é pragmatismo, como disse Maquiavel há 500 anos. Então, se é interessante agradar aos 1%, agrade. Se é interessante agradar aos 99%, agrade. Mas é sempre bom ter em mente o conselho que Julio Cesar recebeu do tio. Fique sempre ao lado do povo, porque o poder vem de lá.

Anônimo disse...

Difícil de entender o Inglês mais ótimo achado