Legal esse flagra das notas da Dilma na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (está na capa do Valor de hoje): "Afirme o controle da inflação como 1 valor em si." É isso aí (e que não seja só retórica - clique para aumentar).
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
As mentiras que os homens contam: a cartilha de 10 anos do PT no poder
Fui conferir a tal cartilha que o PT encomendou para comemorar seus 10 anos na presidência. É claro que não se pode esperar desse tipo de publicação um tom neutro ou simpático à oposição, mas ela tem tantas omissões que resolvi documentá-las, para marcar a diferença entre alguns fatos e as versões que o partido resolve contar. A cartilha trata quase o tempo todo de desempenho econômico, de forma que posso falar de seu conteúdo com alguma propriedade e sem recorrer às minhas precárias habilidades de análise política.
O texto completo está no Amálgama.
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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Leituras das últimas semanas
Geografia é destino? |
- Uma explicação alternativa para a desaceleração do Brasil: um "sudden stop" auto-imposto.
- Dois bons textos do Mansueto Almeida sobre o "milagre" dos bancos públicos: aqui e aqui.
- Breve história dos controles de preços.
- James Montier, da GMO, sobre hiperinflações.
- Teoria dos jogos aplicada na sala de aula.
- Edmund Phelps sobre expectativas racionais.
- A relação entre o formato dos países e sua economia.
- As leis fundamentais da estupidez humana, pelo historiador econômico italiano Carlo M. Cipolla (dica Leo Monasterio)
- Os livros que influenciaram John Van Reenen, da LSE.
- Dilbert na aula de macroeconomia.
- Uma carta de Karl Marx para Abraham Lincoln.
- Estatística na União Soviética.
- Um mapa do domínio mundial da Anheuser-Busch InBev e SABMiller.
- Explorando uma base de dados de 10.000 atores pornô.
- Ótima lista (em construção) dos melhores filmes sobre política (dica Maurício Santoro).
- Velocidade Máxima na vida real.
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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
PIB per capita x crescimento
Também roubado da Economist, ótimos gráficos para esfregar na cara do seu amigo semi-letrado em economia que diz que "as economias da Europa são um lixo, crescem menos até que o Brasil". Por outro lado, essa evidência enfraquece a ideia da "middle income trap": tiveram crescimento mais acelerado os países que partiram de um nível médio de PIB per capita.
Valor Agregado
Leio na Economist que a Suíça exportou, no ano passado, US$23,3 bilhões em relógios (mais de 30 milhões de unidades ao preço médio de incríveis US$685). No mesmo período, o Brasil exportou 327 milhões de toneladas de minério de ferro, recebendo por isso US$31 bilhões. Mas beleza, bom mesmo é gastar dinheiro público para incentivar campeões nacionais produtores de commodities.
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
O sofrimento dos comprados em ações no Brasil
Hoje o Ibovespa completa o sétimo pregão consecutivo de quedas (a sequência seria ainda maior não fosse uma pequena alta no último dia 8). Tais sequências são raras: fiz um levantamento e achei, desde 1994, apenas outras nove ocasiões (sendo que três delas fazem parte de um longo período de liquidação de posições causado pela crise da dívida na Rússia). Alguns resultados estão na tabela abaixo.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Os cinco bancos mais antigos do mundo
1. Banca Monte dei Paschi di Siena (1472)
2. Bernberg Bank (1590)
3. C. Hoare & Co Private Bank (1672)
4. The Bank of Scotland now HBOS (1695)
5. Bank of New York now BNY Mellon (1784)
Deste artigo de Brett King para o money&markets da Amazon.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Frases do Dia - o TARP de Tibério
The decree requiring land purchases and sales... had the opposite effect since when the capitalists received payments they hoarded it, to by land at their convenience. These extensive transactions reduced prices. But large-scale debtors found it difficult to sell; so many of them were ejected from their properties, and lost not only their estates but their rank and reputation. Then Tiberius came to the rescue. He distributed a hundred million sesterces among especially established banks, for interest-free three-year state loans, against the security of double the value in landed property. Credit was thus restored; and gradually private lenders reappeared.
Dos Anais de Públio Tácito, do ano 33, citado por Branko Milanovic em The Haves and Have-Nots. Naquele ano, o imperador Tibério liberou cerca de 0,5% do PIB do Império Romano (US$75 bilhões em dinheiro americano de hoje) para resolver uma crise de liquidez bancária.
Gráfico do Dia - Petrobras não é a única retardatária
O mau humor dos mercados com o Brasil não é concentrado na Petrobras. O gráfico abaixo mostra o preço, em dólares e com base 100 no início de julho do ano passado, das ações da Vale (linha laranja) com suas principais competidoras (Rio Tinto, amarela e BHP, rosa) e o índice de ações de mineradoras da bolsa de Londres.
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Alan Blinder
Alan Blinder foi vice-presidente do Fed entre 1994 e 1996. A curta permanência é atribuída a uma tentativa de debater ideias e premissas em uma instituição que, na época, orbitava em torno da aura de "maestro" de Alan Greenspan (não sei dizer se Bernanke é mais ou menos autoritário). Como citado pela Wikipedia, de um artigo do Huffington Post:
Um ano após sua saída, Blinder foi convidado a proferir as célebres Lionel Robbins Memorial Lectures da London School of Economics. A transcrição das aulas virou um livrinho clássico, Central Banking in Theory and Practice, lançado no início de 1999.
Hoje o Valor publicou uma longa entrevista com Blinder, que está lançando um novo livro que aumenta a já enorme biblioteca de obras sobre a crise recente. Da resenha de Roger Lowenstein para a New Republic:
Pois bem, eis que, no finalzinho do livro mais recente de Nassim Taleb, Antifragile, encontro a seguinte história:
Não descobri se houve uma réplica de Blinder, mas, se a história é verdadeira, "horror at the country's financial mess" só pode ser uma forma aguda de dissonância cognitiva - ou pura canalhice.
[Economist] Rob Johnson, who watched the Blinder ordeal, says Blinder made the mistake of behaving as if the Fed was a place where competing ideas and assumptions were debated. "Sociologically, what was happening was the Fed staff was really afraid of Blinder. At some level, as an applied empirical economist, Alan Blinder is really brilliant," says Johnson. In closed-door meetings, Blinder did what so few do: he challenged assumptions. "The Fed staff would come out and their ritual is: Greenspan has kind of told them what to conclude and they produce studies in which they conclude this. And Blinder treated it more like an open academic debate when he first got there and he'd come out and say, 'Well, that's not true. If you change this assumption and change this assumption and use this kind of assumption you get a completely different result.' And it just created a stir inside--it was sort of like the whole pipeline of Greenspan-arriving-at-decisions was disrupted." This put him in conflict with Greenspan and his staff. "A lot of senior staff... were pissed off about Blinder--how should we say?--not playing by the customs that they were accustomed to," Johnson says.
Um ano após sua saída, Blinder foi convidado a proferir as célebres Lionel Robbins Memorial Lectures da London School of Economics. A transcrição das aulas virou um livrinho clássico, Central Banking in Theory and Practice, lançado no início de 1999.
Hoje o Valor publicou uma longa entrevista com Blinder, que está lançando um novo livro que aumenta a já enorme biblioteca de obras sobre a crise recente. Da resenha de Roger Lowenstein para a New Republic:
Say this for Alan S. Blinder: the man has not been jaded. His new book on the Wall Street meltdown, After the Music Stopped: The Financial Crisis, the Response, and the Work Ahead, is animated by a lay person’s sense of wonder and—at times—horror at the country’s financial mess.
Pois bem, eis que, no finalzinho do livro mais recente de Nassim Taleb, Antifragile, encontro a seguinte história:
At Davos, during a private coffee conversation that I thought aimed at saving the world from, among other things, moral hazard and agency problems, I was interrupted by Alan Blinder, a former vice chairman of the Federal Reserve Bank of the United States, who tried to sell me a peculiar investment product that aims at legally hoodwinking taxpayers. It allowed the hight net worth investor to get around the regulations limiting deposit insurance (at the time, $100,000) and benefit from coverage for near-unlimited amounts. The investor would deposit funds in any amount and Prof. Blinder's company would break it up into smaller accounts and invest in banks, thus escaping the limit; it would look like a single account but would be insured in full. In other words, it would allow the super-rich to scam taxpayers by getting free goverment-sponsored insurance. Yes, scam taxpayers. Legally. With the help of former civil servants who have an insider edge.
I blurted out: "Isn't this unethical?" I was then told in response "It is perfectly legal," adding the even more incriminating "we have plenty of former regulators on the staff," (a) implying that what was legal was ethical and (b) asserting that former regulators have an edge over citizens.
(...)
Now stage two - things get worse. Blinder and the dean of Columbia University Business School wrote an op-ed opposing the government's raising the insurance limit on individuals. The article argued that the public should not have the unlimited insurance that Blinder's clients benefit from.
Não descobri se houve uma réplica de Blinder, mas, se a história é verdadeira, "horror at the country's financial mess" só pode ser uma forma aguda de dissonância cognitiva - ou pura canalhice.
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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
O melhor do Carnaval 2013
Enquanto o nível de álcool no sangue vai baixando e a inspiração não aparece, resolvi descaradamente copiar um post do Leo Monasterio:
Filmes
- The Bothersome Man - Norueguês, de 2006, começa com um jeitão Paris, Texas (só que filmado na Islândia) e mostra uma distopia onde todos parecem felizes, mas não há espaço para sentimentos. Isso é mostrado ao longo do filme com tanta sutileza (ou sou tapado, mesmo) que demorei bastante para perceber o que havia de errado na cidade fictícia, e depois fiquei bastante tempo pensando.
- O Lado Bom da Vida - Seria fraquinho se tivesse ido ver com poucas expectativas, mas é quase um insulto depois de saber que está concorrendo a 8 Oscars, entre eles todas as principais categorias. Valeu para ver a versão mulherão da Jennifer Lawrence.
- O Mestre - O visual às vezes lembra as obras de Terrence Malick, a trilha, de novo do Radiohead Jonny Greenwood, é original e perturbadora, e o filme é difícil e recompensador. A ótima Dana Stevens precisou de duas revisões para escrever uma crítica.
- 2 Coelhos - Bom filme brasileiro do ano passado, com enredo malucão e contado de forma não-linear, relevando aos poucos novas informações e twists, com pouco descanso para o espectador. Não seria surpresa se alguém resolvesse comprar e refilmar em Hollywood.
- Beaufort - Concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2008, perdendo para o ótimo Os Falsários. Narra os últimos dias da ocupação de Israel em um castelo cruzado no Líbano, em 2000. Muito tenso e realista, supostamente baseado na experiência do diretor como oficial do exército.
Livros
Os livros perderam feio no feriado para a cerveja, os filmes e a quinta temporada de The Wire... Avancei muito pouco no Dom Quixote (previsão de término: dezembro) e no Antifragile (muito menos "devorável" que os outros livros do Taleb).
Filmes
- The Bothersome Man - Norueguês, de 2006, começa com um jeitão Paris, Texas (só que filmado na Islândia) e mostra uma distopia onde todos parecem felizes, mas não há espaço para sentimentos. Isso é mostrado ao longo do filme com tanta sutileza (ou sou tapado, mesmo) que demorei bastante para perceber o que havia de errado na cidade fictícia, e depois fiquei bastante tempo pensando.
- O Lado Bom da Vida - Seria fraquinho se tivesse ido ver com poucas expectativas, mas é quase um insulto depois de saber que está concorrendo a 8 Oscars, entre eles todas as principais categorias. Valeu para ver a versão mulherão da Jennifer Lawrence.
- O Mestre - O visual às vezes lembra as obras de Terrence Malick, a trilha, de novo do Radiohead Jonny Greenwood, é original e perturbadora, e o filme é difícil e recompensador. A ótima Dana Stevens precisou de duas revisões para escrever uma crítica.
- 2 Coelhos - Bom filme brasileiro do ano passado, com enredo malucão e contado de forma não-linear, relevando aos poucos novas informações e twists, com pouco descanso para o espectador. Não seria surpresa se alguém resolvesse comprar e refilmar em Hollywood.
- Beaufort - Concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2008, perdendo para o ótimo Os Falsários. Narra os últimos dias da ocupação de Israel em um castelo cruzado no Líbano, em 2000. Muito tenso e realista, supostamente baseado na experiência do diretor como oficial do exército.
Livros
Os livros perderam feio no feriado para a cerveja, os filmes e a quinta temporada de The Wire... Avancei muito pouco no Dom Quixote (previsão de término: dezembro) e no Antifragile (muito menos "devorável" que os outros livros do Taleb).
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Som (carnavalesco) da Sexta - Velhas Virgens
Carnaval é esculhambação, né (não bastasse o resto da letra, rima "enxofre" com "doce")?
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Leituras da Semana
- Michael Lewis resenha Why I Left Goldman Sachs.
- A aposentadoria de Jim O'Neill, o criador do acrônimo BRICs.
- Vários economistas respondem se acham que uma melhor política monetária teria salvado o Japão da deflação.
- Raghuram Rajan ganhou o Deutsche Bank Prize in Financial Economics.
- Os quartos de hotel mais caros do mundo. Moscou, Lagos e Nova York fazem o pódio.
- Tyler Cowen encontra Bill Gates.
- Caso decida entrar para o tráfico de drogas no Rio, saiba que sua probabilidade de morte em dois anos é 20%.
- As 10 fotografias brasileiras mais famosas de todos os tempos.
- Os músicos mais ricos de todos os tempos.
- A aposentadoria de Jim O'Neill, o criador do acrônimo BRICs.
- Vários economistas respondem se acham que uma melhor política monetária teria salvado o Japão da deflação.
- Raghuram Rajan ganhou o Deutsche Bank Prize in Financial Economics.
- Os quartos de hotel mais caros do mundo. Moscou, Lagos e Nova York fazem o pódio.
- Tyler Cowen encontra Bill Gates.
- Caso decida entrar para o tráfico de drogas no Rio, saiba que sua probabilidade de morte em dois anos é 20%.
- As 10 fotografias brasileiras mais famosas de todos os tempos.
- Os músicos mais ricos de todos os tempos.
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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Gráfico do Dia - 13,92 desvios-padrão
Ontem foi um dia problemático para quem opera o valor relativo entre as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras com alguma suposição de normalidade...
Frases do Dia - Decisões
... he also gave me some of the best advice I've ever received. Trying to decide whether to major in psychology or art history, I had gone to his office to see what he thought. He squinted and lowered his head. "Is this a hard choice for you?" he demanded. Yes! I cried. "Oh," he said, springing back cheerfully. "In that case, it doesn't matter. If it's a hard decision, then there's always lots to be said on both sides, so either choice is likely to be good on its way. Hard choices are always unimportant."
Adam Gopnik falando sobre Albert Bregman, professor emérito de psicologia na McGill University, em uma boa matéria sobre música tridimensional (?!?) e o que nos faz gostar dessa arte.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Dylan Grice
Dylan Grice deixou o time de estrategistas do Societe Generale no final do ano passado (seguindo os passos de outro grande profisisonal que passou por lá, James Montier, foi trabalhar com gestão de fundos). O banco fez a gentileza de compilar o melhor de seus textos entre 2009 e 2012, recomendo fortemente a leitura.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Som da Sexta - Eric Kloss
Um dos grandes músicos cegos do jazz reconstruindo uma canção do Donovan (detalhe: ele tinha 20 anos na gravação e gravou o primeiro álbum para a Prestige aos 16).
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