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terça-feira, 13 de abril de 2010

Lords of Finance - Pulitzer de história

Depois do prêmio do Financial Times de Business Book of the Year, a história dos principais banqueiros centrais do mundo durante a Grande Depressão levou o Pulitzer de melhor livro de história.


Lords of Finance: The Bankers Who Broke the World. Liaquat Ahamed, The Penguin Press. US$ 12,24 na Amazon. Lançado no Brasil como Os Donos do Dinheiro, pela Campus. Extorsivos (como de costume para os lançamentos dessa editora) R$ 109,90 na Cultura - quer mais incentivo para ler em Inglês?

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Leituras da Semana

- Apresentação de Jim Chanos sobre o que ele considera armadilhas de valor (Petrobras entre elas).

- Liaquat Ahamed, de Lords of Finance, sobre a atual geração de banqueiros centrais.

- Os últimos países AAA.

- Jens Nordvig, do Nomura, sobre a volta da dominância de política sobre a economia.

- Anatole Kaletsky sobre as consequências de uma eventual saída da Alemanha do euro.

- Mark Dow sobre metais preciosos.

- Persio Arida fala ao Estado sobre o Plano Real (prestes a completar 18 anos) e o Brasil de hoje.

- Fabuloso artigo de Deirdre McCloskey sobre felicidade, uma crítica aguda e pertinente aos "quantitative hedonists".Quando não se perde na própria erudição, McCloskey tem, de longe, o melhor texto que conheço entre economistas vivos. Vejam esse trecho: "Decades ago, I was in Paris alone and decided to indulge myself with a good meal, which, you know, is rather easy to do in Paris. The dessert was something resembling crème brulée, but much, much better. I thought, “I shall give up my professorships at the University of Iowa in economics and history, retire to this neighborhood on whatever scraps of income I can assemble, and devote every waking moment to eating this dessert.” It seemed like a good idea at the time."

- Qual o candidato à presidência dos EUA mais preparado para lidar com uma invasão alienígena?

- A Manifesto for Economic Sense

- O centro de gravidade da economia global.

- Conheça La Línea de la Concepción, a vizinha espanhola de Gibraltar e interessante (e deprimente) microcosmo da crise na Espanha.

- The Economist comenta a biografia de Ryszard Kapuscinski, agora traduzida para o Inglês.

- John Gray desconstrói Slavoj Žižek (e não sobra muita coisa).Guardian sobre Žižek .

- Um congestionamento de 12 horas em Lagos, Nigéria.

- Uma teoria geral dos tipos de Muppets.

- A resposta de Ronald Reagan a um quarto de adolescente declarado área de desastre (via goombagoomba).

- Algumas concorrentes do concurso anual de fotografia de viagem da National Geographic (a que ilustra este post está entre elas).

- Os 10 mandamentos do bowieismo.

- A Noite Estrelada, de Van Gogh, com dominós.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Lords of Finance - Business Book of the Year

O livro que conta a história da Grande Depressão concentrando-se nos principais banqueiros centrais do mundo ganhou o prêmio do Financial Times (ainda não saiu em Português, mas, acredito, isso deve acontecer em breve). Não li os outros indicados, mas, no absoluto, posso dizer que foi uma boa escolha. Nunca é demais aprender com os erros do passado, e o timing não poderia ser mais apropriado. E uma das mensagens que fica é: banqueiros centrais são seres perigosos. Cuidado com eles.

Update: a Folha de hoje (4/11) diz que a editora Campus Elsevier (que publica os livros mais caros do Brasil) vai lançar a obra em Português em janeiro.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Leituras pré-Dezembro

Hoje é dia da independência de Barbados, terra da Rihanna e do lindo brasão aí do lado (o dístico, por algum motivo, me lembra o poético lema da Gaviões da Fiel: Lealdade, Humildade e Procedimento).

- Novo paper de Martin Feldstein sobre o euro e a Europa, bem conciso e informativo (e livre de equações).

- Um enorme trabalho da Nomura sobre a China.

- John Paulson tenta explicar seu annus horribilis.

- A Rovio, que criou o Angry Birds, recusou uma oferta de US$ 2,25 bi. E diz-se que o Facebook vai fazer uma oferta inicial de ações que precificará a companhia em US$ 100 bi (isso é o DOBRO de uma avaliação feita em Abril, que comentei aqui). O "bolhômetro" parece estar chegando no nível 7.

- Timothy Garton Ash fala sobre a Europa para o Spiegel.

- A nova lista de 100 pensadores globais da Foreign Policy. Contei 20 economistas e afins entre eles, e ainda não consegui concluir se isso é bom ou ruim. Também não sei se é bom ver que o livro mais citado pelos listados é uma história dos banqueiros centrais durante a Grande Depressão (o excelente Lords of Finance).

- Economistas são bons cientistas?

- Noruega, manual do usuário.

- Stanley Kubrick fotografando os tipos de Nova York, nos anos 1940.

- Uma homenagem a Renato Russo, em quadrinhos.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

General Motors, 1908-2009

Pouquíssimas empresas sobrevivem para comemorar um centenário. A General Motors conseguiu tal feito em 2008, mas apenas para capitular em grande estilo no ano seguinte. As ações da GM negociadas em Nova York bateram hoje a mínima em 76 anos de negociação, sendo cotadas abaixo de US$ 1. A expectativa é que a companhia entre em concordata na segunda-feira, marcando, emblematicamente, o fim de uma era (outro símbolo, belíssimo, é o último filme de Clint Eastwood, Gran Torino. Se ainda não viu, trate de correr para o cinema). As montadoras americanas sobreviverão como "companhias-zumbis", apoiadas pelo governo e subsidiadas pelos contribuintes, mas a quebra da GM é o sinal evidente de mais uma indústria que se inviabilizou nos Estados Unidos - se já era difícil competir somente com os japoneses, vai ser impossível ter um setor automobilístico rentável com a entrada no mercado de coreanos, indianos e chineses.

Uma grande questão para os próximos anos (décadas, talvez) é: até quando o contribuinte americano concordará em financiar setores que não são mais competitivos? Já é assim com a agricultura, têxteis, siderurgia... e a lista tende a aumentar. Algumas dessas indústrias podem ser grandes geradoras de emprego, outras contam com lobbies fortíssimos em Washington; qualquer que seja o caso, vão se acumulando motivos para que trabalhadores de ramos realmente produtivos e empreendedores comecem a pensar duas vezes antes de dispor de suas energias: trabalhar para pagar impostos e sustentar o status quo? Pelo tamanho do estoque de riqueza e pelo dinamismo da sociedade, a decadência dos Estados Unidos deve ser lenta e pode ser revertida, mas aparentemente é o caminho escolhido -- Obama pode representar a mudança em alguns aspectos, mas não na economia. Empresas e órgãos do governo que falharam na crise de crédito continuam sendo dirigidas pelas mesmas pessoas e com as mesmas práticas, apenas um pouco disfarçadas. Que pena, Tio Sam.

Da General Motors ficará a história, como narra Liaquat Ahamed no muito bom Lords of Finance, lançado nos EUA no início do ano e ainda sem tradução em Português:

"Sob seu novo comando profissional (a partir de 1920), a General Motors tornou-se a companhia mais bem sucedida do país e a queridinha de Wall Street. Em 1925, estava produzindo mais de 800.000 carros por ano, cerca de 25% das unidades vendidas no país, e gerando mais de US$ 110 milhões em lucros. O preço de suas ações nesses cinco anos quadruplicou, de cerca de US$ 25 para mais de US$ 100."

Pela regra de bolso do próprio autor, as grandes cifras da época devem ser multiplicadas por 200 para se obter o equivalente em dólares atuais. Assim, o lucro da GM nos anos de 1920 equivale a US$ 22 bilhões atuais. Com uma relação preço / lucro relativamente conservadora, de 10 vezes, a empresa valeria hoje US$ 220 bilhões. Seria a segunda maior companhia do mundo, só atrás da ExxonMobil.

Sic transita gloria mundi.