quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Leituras pré-Dezembro

Hoje é dia da independência de Barbados, terra da Rihanna e do lindo brasão aí do lado (o dístico, por algum motivo, me lembra o poético lema da Gaviões da Fiel: Lealdade, Humildade e Procedimento).

- Novo paper de Martin Feldstein sobre o euro e a Europa, bem conciso e informativo (e livre de equações).

- Um enorme trabalho da Nomura sobre a China.

- John Paulson tenta explicar seu annus horribilis.

- A Rovio, que criou o Angry Birds, recusou uma oferta de US$ 2,25 bi. E diz-se que o Facebook vai fazer uma oferta inicial de ações que precificará a companhia em US$ 100 bi (isso é o DOBRO de uma avaliação feita em Abril, que comentei aqui). O "bolhômetro" parece estar chegando no nível 7.

- Timothy Garton Ash fala sobre a Europa para o Spiegel.

- A nova lista de 100 pensadores globais da Foreign Policy. Contei 20 economistas e afins entre eles, e ainda não consegui concluir se isso é bom ou ruim. Também não sei se é bom ver que o livro mais citado pelos listados é uma história dos banqueiros centrais durante a Grande Depressão (o excelente Lords of Finance).

- Economistas são bons cientistas?

- Noruega, manual do usuário.

- Stanley Kubrick fotografando os tipos de Nova York, nos anos 1940.

- Uma homenagem a Renato Russo, em quadrinhos.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Perfil da Dilma na New Yorker

Saiu na edição desta semana. Aproveitem enquanto o Scribd não tira do ar (no site da revista só tem um resumo aberto). Se clicar em "Fullscreen" dá pra ler na tela; também dá para baixar a versão em pdf.

As 10 Regras de Investimento de Bob Farrell

Robert Farrell, hoje um senhor de 79 anos, foi uma lenda de Wall Street, um dos pouquíssimos analistas do sell side lidos e respeitados pela turma das mesas de operações. Em 1992, se aposentou depois de uma carreira de 25 anos na Merrill Lynch (onde foi mentor, entre outros, de David Rosenberg) e atualmente vive na Flórida, de onde, dizem, segue produzindo uma newsletter para uma lista de contatos bastante exclusiva.

Em 2008 o Marketwatch compilou dez regras que resumem suas conclusões de anos de observação dos mercados. O Barry Ritholtz, do The Big Picture, fez essa versão comentada, que, acho, é a mais difundida hoje em dia (costumo citar algumas delas com frequência). Creio que não há uma versão em Português, então resolvi fazer esse serviço. Para muitos vai soar como mais uma das pajelanças que o pessoal do mercado usa para justificar seus atos quase aleatórios; para quem (como eu) acha que mercados são construções sociais que possuem heurísticas (à la Kahneman e Tversky), nuts & bolts (à la Jon Elster) e fractalidades (à la Mandelbrot), as regras são de grande sabedoria e uma ótima ferramenta para evitar as armadilhas da euforia e depressão. Aí vão, de qualquer maneira:

1. Mercados tendem a voltar à média ao longo do tempo
Quando ações vão muito longe em uma direção, voltam. Euforia e pessimismo podem confundir a cabeça das pessoas. É fácil ser pego no calor do momento e perder a perspectiva.
2. Excessos em uma direção levarão a excessos opostos na outra direção
Pense na base de referência do mercado como se estivesse presa a um elástico. Qualquer ação muito grande em uma direção trará você não apenas de volta à referência, mas levará a um exagero na direção oposta.
3. Não existem novas eras - excessos nunca são permanentes
Qualquer que seja o último setor "quente", acaba esquentando demais, retorna à média e exagera a correção. Veja quão longe foram mercados emergentes e BRICs nos útlimos seis anos (nota: isso foi escrito em agosto de 2008), apenas para serem cortados pela metade.
Na medida que a febre vai sendo construída, um coro de "esta vez é diferente" será ouvido, mesmo que essas palavras exatas não sejam usadas. E é claro que ela - a Natureza Humana - nunca é diferente.
4. Mercados com quedas ou altas exponenciais costumam ir mais longe do que você imagina, mas eles não são corrigidos com movimentos de lado.
Não importa quão "quente" seja um setor, não espere que uma planície corrija os excessos. Lucros são realizados com vendas, e isso invariavelmente leva a uma correção significativa.
5. O público compra mais no topo e menos no fundo
Esse é o motivo pelo qual investidores com mentalidade contrária podem fazer um bom dinheiro se seguirem os indicadores de sentimento e tiverem um bom timing
6. Medo e cobiça são mais fortes que firmeza de longo prazo
Investidores podem ser seus piores inimigos, particularmente quando a emoção toma conta. Ganhos "nos fazem exuberantes; incrementam o bem estar e promovem otimismo," diz o professor de finanças da Universidade de Santa Clara Meir Statman. Seus estudos de comportamento do investidor mostram que "perdas trazem tristeza, desgosto, medo, arrependimento. O medo aumenta a percepção de risco e alguns reagem se afastando de ações".
7. Mercados são mais fortes quando abrangentes e mais fracos quando limitados a poucas blue chips
Daí amplitude e volume serem tão importantes. Pense nesses indicadores como força em números. Momentum amplo é difícil de ser contido, Farrell observa. Fique atento quando o momentum se limita a um pequeno número de ações.
8. Mercados em queda têm três estágios - queda violenta, recuperação reflexiva e continuidade da tendência fundamental de queda
Eu sugeriria que (em Agosto de 2008) estamos na terceira recuperação reflexiva - os cortes de juros de Janeiro, as mínimas da Bear Stearns em Março, e, agora, os resgates de Fannie Mae e Freddie Mac.
Mesmo com esses ralis esporádicos, ainda veremos a longa etapa de continuidade baseada em fundamentos da queda do mercado.
9. Quando todos os experts e previsões concordam - algo diferente vai acontecer
Como Stovall, o estrategista de investimentos da S&P, coloca: "Se todo mundo está otimista, quem sobrou para comprar? Se todo mundo está pessimista, quem sobrou para vender?"
Ir contra a manada, como Farrell repetidamente sugere, pode ser muito lucrativo, especialmente para compradores pacientes que fazem caixa em mercados eufóricos e reinvestem quando o sentimento é mais obscuro.
10. Mercados em tendência de alta são mais divertidos que mercados em tendência de queda
Especialmente se você tem um mandato para ficar todo tempo investido. Aqueles com planos mais flexíveis podem eventualmente sorrir nas duas situações.

Mais sobre Bob Farrell no Hall of Fame da Institutional Investor.


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Foto do ano

Deve ser essa, mesmo.

Cadê o Papademos pra eu poder apontar pra ele?



Som da Sexta Duplo - Robert Johnson e Pablo Casals

Na última quarta-feira, uma dia muito especial para a música fez 75 anos. Da NPR:

Nov. 23, 1936, was a good day for recorded music. Two men, an ocean apart, each stepped up to a microphone and began to play. One was a cello prodigy who had performed for the queen of Spain; the other was a guitar player in the juke joints of the Mississippi Delta. But on that day, Pablo Casals and Robert Johnson each made recordings that would change music history.

Robert Johnson, provavelmente o cantor e guitarrista de blues mais influente da história:




Pablo Casals, que redescobriu as fabulosas suítes para violoncelo de J.S. Bach.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Brasil, pioneiro em metas para o PIB nominal?

Que Santos Dumont inventou o avião é
discutível, mas o escorredor de arroz
é coisa nossa.
O título, claro, é uma provocação - a adoção de metas para o PIB nominal é discutida para países em situação quase oposta a nossa, crescimento pífio e risco de deflação. Ainda assim, pensemos um pouco:

a) O Banco Central do Brasil tem uma meta oficial de inflação, e, até que se prove o contrário, trabalha para respeitá-la (com todo o benefício da generosa banda de dois pontos percentuais: a inflação anual pode ser entre 2,5% e 6,5% e está "na meta").

b) A equipe econômica do governo adora falar em objetivos para crescimento. Começou com quase 6% ao ano (ver aqui). Ultimamente, tem se ouvido que 4% é "piso" para crescimento em 2012, e Fazenda e BC dia sim, dia também, dizem que têm cartas na manga na forma de novas medidas (ou na reversão de medidas contracionistas) para estimular a economia.

Juntando a + b... Não espero que ninguém de Brasília vá a público dizer que, sim, o Brasil tem uma meta implícita de crescimento de PIB nominal, e nem sei se alguém da Fazenda ou do BC está tão comprado com o que está sendo discutido na fronteira do mundo desenvolvido. Porém, oficializadas ou não, o efeito prático dessas posturas é importante:

- PIB nominal crescendo a 10% ao ano é espetacular para o perfil da dívida. A arrecadação sobe, os quocientes do tipo dívida / PIB derretem. Soma-se a isso um cenário de queda secular dos juros e alguma disciplina fiscal, e teremos, em não muito tempo, alguns dos melhores indicadores de sustentabilidade de dívida do mundo (OK, o mundo não anda exatamente bem nesse quesito, mas mesmo em absoluto o feito do Brasil terá sido bastante impresionante);

- Na linha de que é possível ser malabarista chinês e equilibrar todos os pratinhos ao mesmo tempo, acho crescente o risco do Brasil criar um ambiente propício para bolhas, com juros mais baixos e estímulos para vários setores da economia. Ainda estamos longe disso, mas é algo para se observar ao longo dos próximos meses / anos.

- Para quem acha que juros são fator de grande influência na inflação, num mundo onde o crescimento é mais difícil e o governo vai fazer de tudo para compensar com estímulo monetário / fiscal, aumenta o risco dos preços saírem do controle - mais ainda considerando o ponto de partida de hoje, com o mercado de trabalho apertado e câmbio valorizado.

- Partindo para o lado mais iconoclasta e abstrato: o nível de ilusão de controle no comando da economia brasileira, depois de anos de relativo sucesso, é enorme. Estamos na fase de achar que só o Brasil pode segurar o Brasil, e isso é parte da receita para grandes burradas de política econômica, na eventualidade das coisas não saírem muito exatamente como se previa e alguém resolver dobrar a aposta porque "a gente é bom pra caralho".

Frases do Dia - Há cento e poucos anos...

The average citizen wakes in the morning at the sound of an American alarm clock; rises from his New England sheets, and shaves with  his New York soap, and Yankee safety razor. He pulls on a pair of Boston boots over his socks from West Carolina, fastens his Connecticut braces, slips his Waterbury watch into his pocket and sits down to breakfast... Rising from his breakfast table the citizen rushes out, catches an electric tram mande in New York, to Shepherds Bush, where he gets into a Yankee elevator, which takes him on to the American-fitted railway to the city. At his office of course everything is American. He sits on a Nebraska swivel chair, before a Michigan roll-top desk, writes his letter on a Syracuse typewriter, signing them with a New York fountain pen, and drying them with a blotting sheet from New England. The letter copies are put away in flies manufactured in Grand Rapids.

Um jornal londrino de 1902, reclamando da invasão de produtos americanos no Reino Unido (citado pela Sylvia Nasar no Grand Pursuit, que estou lendo). Trocando New York, New England e Boston por Shanghai, Shenzen e Guangzhou, quase dá pra imaginar o mesmo texto publicado num New York Post atual.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Gráfico do Dia - Japão x EUA e Europa

De uma matéria na última The Economist que sugere que talvez o Japão não tenha sido, na última década, o completo fracasso econômico do qual às vezes se fala (pelo menos com relação ao resto do mundo desenvolvido).


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Leituras pré-Dia do Peru

- Um exercício de futurologia de Niall Ferguson sobre a Europa. Provavelmente vai errar tudo, mas a narrativa é interessante e provocativa.

- Uma carta aberta para Jens Weidmann, presidente do Bundesbank.

- Muitos gráficos interessantes sobre a "Grande Desalavancagem".

- Os hedge funds estão ficando nus.

- Malcolm Gladwell aceita uma oferta do lado negro da força (dica do Bruno Borges).

- Mais uma adição para a lista de zumbis econômicos de John Quiggin: austeridade.

- Cinco livros para provar que a economia pode ser divertida.

- Burocratas e políticos, respectivamente, decidiram que água não hidrata e que pizza é um vegetal. What a wonderful world!

- O NY Times sobre a morte da película de celulóide.

- Quem nunca fez um dinheirinho atuando em filme pornô quando jovem e quebrado? Frank Sinatra fez.

- Forte candidata à frase do ano: "The excessive amount of semen stain on the floor cost thousands of pounds to be removed professionally and must be reflected in tuition fee rises for next year."

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Os micos do ano da Bovespa

Via Brazilian Bubble.


Frases do dia - Don't Mess With the U.S.

The US can force monetization at the ECB. If the Colonel deems sado-fiscalism as a global systemic threat (which it is), the Fed could act. The Fed has an account at the ECB in Euros. When the pesky Europeans borrow dollars from us on currency swaps to fund their insolvent banks we get this lovely account. And right now the Euros just sit there! If things get messy we just jack the "unlimited" lines up, back up the forklift, and buy Euro area bonds. Lots of them. Say a trillion or two across all non-German markets. The Fed already owns nearly 100b in German and French bonds. And if anyone tries to default down the road, well we have a few hundred billion in European gold to confiscate in the basement of the NY Fed. And if that's not enough we just institute "annual fees" for NATO membership or start confiscating European assets in the US. If the shenanigans in Europe are going to mess up a US recovery, or even a presidential election, then there should be a serious US response. We did not spend all that money on the Marshall plan just to have Europe blow up the world again!

Roteiro de ficção de David Zervos, do banco americano Jefferies, um pouco descontente com o que chama de "sadofiscalismo" e falta de ação dos europeus (os grifos no trecho são meus). O texto completo está aqui.

Tentando entender a crise na Europa (parte 4 e última)

Continuação da terceira parte.

9. Em resumo, as possibilidades de manutenção da União Européia implicam em maior integração do continente – seja com uma união fiscal ou com a adoção de uma política monetária que leve mais em conta o interesse das economias mais frágeis. Caso persista a ideia de “disciplinar” os países com situação fiscal pior, provavelmente esses optarão, no futuro (quando a austeridade e os anos de estagnação mobilizarem o eleitorado a votar em um candidato que defenda uma ruptura), por voltar às suas moedas nacionais, seguindo um script de desvalorização, crises cambiais e inflação bastante conhecido aqui ao sul do Equador.

Hoje acredito que a monetização é o cenário mais provável simplesmente por ser o que impõe menos custos no presente, e parece evidente que algo precisa ser feito - sem intervenção, provavelmente os mercados manterão os juros de vários países em níveis nos quais o financiamento da dívida torna-se impossível em pouco tempo. A partir daí, ou voltamos à crença no poder regenerativo do capitalismo (expressa no trecho do Kaletsky que coloquei no item 2) ou concluímos que o futuro é necessariamente pior do que o passado. Eu prefiro me refugiar na incapacidade humana de prever, sem deixar de concordar com o que o Tony Judt defendeu em seu penúltimo livro: há muito que conservar da Europa pós-II Guerra, e não parece sábio optar por uma alternativa cujas conseqüências são difíceis de serem previstas, mas dificilmente serão positivas e, no limite, arriscam um cenário algo parecido com o que levou a tanta destruição na primeira metade do século passado. Os alemães, que parecem gostar tanto de lembrar da República de Weimar, podiam lembrar também de um dos fatores que levou àquela situação: países com aura de autoridade moral tentando impor custos exagerados aos derrotados. Boas decisões de política econômica em tempos de crise tem mais a ver com adaptar as ações às circunstâncias do que seguir estritamente uma doutrina, creio ser essa a lição mais importante do passado.

10. A quantidade de material que está sendo produzida sobre a crise européia é imensa, em todas as qualidades e credos possíveis. Aqui os que acho mais interessantes (ou os que melhor alimentam meu confirmation bias):

- Uma longa apresentação do Deutsche Bank;

- Os aprendizados da crise, por Tyler Cowen (partes 1 e 2).

- Os textos de Gavyn Davies para o Financial Times.

- A página especial do Spiegel sobre a crise sempre tem artigos interessantes.

- A reportagem especial da The Economist.

- Uma perspectiva simplificada de teoria dos jogos, da Nomura.

- Uma visão de mercado do outro estrategista da Nomura, Bob "The Bear" Janjuah:

With the late October 'deal' now in tatters, and with subsequent developments in Italy, in Greece, and in the market pricing of French risk, the future for the eurozone now seems to be all about the ECB and outright monetisation. It seems amazing that the same folks who insisted that Greece would not default, that the eurozone was solvent and was just going through a CDS-trader-driven liquidity squeeze, that kicking the can down the road was a viable plan, and who trumpeted the late-October deal, now think ECB monetisation is the solution. I would urge extreme caution, again. In my view, the eurozone can either go down the path of full political and fiscal integration, which clearly means a smaller neue-eurozone and default by the nations that don't fit in with this hard-money Germanic ideal or it can take the soft-money Latin/UK/US-style soft-money route, where the ECB agrees to unlimited monetisation. It is clearly a case of 'either, or', but not both. These are two divergent policy paths. 
Germany appears to be adamant that full political and fiscal integration over the next decade (nothing substantive will happen over the short term, in my view) is the only option, and ECB monetisation is no longer possible. I really think it is that clear and simple. And if I am wrong, and the ECB does a U-turn and agrees to unlimited monetisation, I will simply wait for the inevitable knee-jerk rally to fade before reloading my short risk positions. Even if Germany and the ECB somehow agree to unlimited monetisation I believe it will do nothing to fix the insolvency and lack of growth in the eurozone. It will just result in a major destruction of the ECB's balance sheet which will force an ECB recap. At that point, I think Germany and its northern partners would walk away. Markets always want short, sharp, simple solutions. This is why the begging bowl is out for ECB unlimited monetisation. But, as in the immortal words of Messrs Jagger and Richards, "you can't always get want you want‟. 
I firmly believe that any conditional or finite monetisation would actually be the worst idea (most of the downside, very little of the upside, of infinite monetisation), but probably the most likely 'compromise' if Germany were ever to 'give' on this issue.

O que mais for surgindo eu compartilho aqui ou no Twitter.

11. Uma pergunta que eu não soube nem por onde começar a responder: por que ainda não ocorreu uma grande corrida bancária em alguns países da Europa? Qual incentivo tem o depositante de um banco grego (ou português, ou mesmo espanhol) para não tirar o dinheiro de lá e colocar num banco alemão ou holandês? O home bias é assim tão forte, ou tem algum outro possível fator sociocultural?

12. É isso. Agradeço muito pelo tempo de quem chegou até aqui e os comentários e sugestões de leituras nos posts anteriores. Aprendi muito pensando e escrevendo esses textos, espero que tenham servido para pelo menos despertar mais questionamentos.