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Desde 2019 só produzo um post anual por aqui. Desde 2019 provavelmente prometo pra alguém que vou voltar com o blog (ou, mais recentemente, transformá-lo num Substack), sem, evidentemente, fazer isso acontecer. Sobra este minúsculo dever cívico de fazer os cinco leitores gastarem um pouco mais em livros novos e ajudarem a sofrida economia criativa desta estranha "era da informação". Aí vão os eleitos de 2025:
Ficção:
'The Man Who Saw Everything', Deborah Levy. Entre Abbey Road e a Alemanha Oriental, uma história de amores frustrados e das voltas que a vida dá. A Todavia lançou uma tradução em Português.
'A Hipótese Humana', Alberto Mussa. Companhia perfeita para uma viagem ao Rio
'Mayombe', Pepetela. Consegue ser uma obra de propaganda política que não irrita o leitor, relato interessantíssimo de uma época em que era razoável sonhar que a revolução levaria a algo melhor no futuro.
'Slow Man', J.M. Coetzee. Um Coetzee 'menor', mas ainda excelente.
'A Mais Recôndita Memória dos Homens', Mohamed Mbougar Sarr. Um herdeiro espiritual de Borges e García Márquez que aterrisou no Senegal.
'Tasmânia', Paolo Giordano. Tasmânia, Kruger, Paris e a improbabilidade de realmente conseguir fugir neste mundo hiperconectado.
'Nostalgias Canibais', Odorico Leal. Deve ter sido o livro que mais recomendei e dei de presente este ano,
'Boulder', Eva Baltasar. Um relacionamento pouco usual que desmorona de forma bastante usual. Baltasar traz muito de sua poesia para a prosa.
Economia, mercados & afins
'More Than a Shirt: How Football Shirts Explain Global Politics, Money and Power', Joey D'Urso. Resenha no Linkedin.
'Our Dollar, Your Problem: An Insider's View of Seven Turbulent Decades of Global Finance, and the Road Ahead', Kenneth Rogoff. Também comentei no Linkedin.
'The Essential Hirschman', Albert O. Hirschman. Aqui a relevância de Hirschman para os tempos atuais.
'Americana: A 400-Year History of American Capitalism', Bhu Srinivasan. Uma história do capitalismo americano contada pelas inovações tecnológicas.
Outros de não-ficção:
'Um milhão de ruas: Crônicas 2010-2025', Fabrício Corsaletti. Não sei se tem a mesma graça para os que não são paulistanos e não enxergam a graça de passar a tarde bebendo em um bar ou em um churrasco, mas pra mim funcionou.
'The Gastronomical Me', M.F.K. Fisher. As memórias dos anos de formação (na Europa à beira da II Guerra) de uma das pessoas que melhor escreveram sobre comida.
'The Return', Hisham Mattar. As tragédias da Líbia de Gaddafi e depois, compartilhada por muitos exilados mundo afora.
'The Revenge of Geography: What the Map Tells Us About Coming Conflicts and the Battle Against Fate', Robert D. Kaplan. Achei que seria um livro mais leve, na linha do 'Prisoners of Geography', mas traz, além da geografia, um panorama dos grandes autores que influenciaram o estudo da geopolítica.
'As Mentiras da Nonna', Alberto Grandi. Além de provocar os italianos com algumas verdades incômodas, mostra também o lado de uma indústria extremamente bem sucedida globalmente, criada em relativamente pouco tempo no pós-II Guerra.
'Uncharted Territory', Chris Dalla Riva. Um nerd de dados e música ouvindo todos os #1 da Billboard, meu tipo de livro.
Quadrinhos:
'Asterix Omnibus', Goscinny & Uderzo. Finalmente a Record resolveu reeditar os Asterix em capa dura.
'Uma Estrela Tranquila', Pietro Scarnera. Um fã de Primo Levi, tentando traçar sua vida em Turim depois do horror do campo de concentração.
'Lena Finkle's Magic Barel: A Graphic Novel', Anya Ulinich. Um romance de formação, mas em quadrinhos e com uma protagonista partindo dos 30 e muitos.
Tudo que li está no Goodreads.















Um comentário:
Uma das suas cinco leitoras aqui agradece a lista!
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