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A preocupação atual é com o turbilhão de emissões que o governo americano terá que fazer nos próximos anos para cobrir os custos do remendo no sistema financeiro e do "Obamacare", e o aumento nas taxas seria um sinal de que a demanda por essas emissões encontraria um preço de equilíbrio em um nível mais alto, que, por sua vez, poderia comprometer a capacidade de pagamento dos Estados Unidos. Embora um calote seja improvável (já que a dívida é emitida em dólares, e, em último caso, basta uma ordem do banco central para que seja emitida moeda para o pagamento), há o temor de que esse cenário gere inflação, que corroeria parte dos ganhos com os títulos. O outro cenário, de uma "japanização" (juros baixos, sem inflação e com estagnação) parece ainda pior. O fato, como já mencionei aqui, é que o povo americano (e tantos outros que estão na mesma situação) deve se preparar para os anos de sacrifício que serão exigidos para que a dívida seja paga. Deveria ser essa a idéia passada pelos políticos, e não a promessa de um novo Éden de dinheiro fácil e saúde gratuita.
2 comentários:
tinha feito um comentario gigante dizendo basicamente que "se for esperar o melhor momento economico" para uma reforma de importancia social elas nunca são feitas.
E que o Obama tem que fazer ela mesmo, porque depois arca-se com o custo economico. Os bancos fazem isso para ganhar dinheiro, porque o governo não pode fazer isso para o bem da sociedade?
Tinha argumento mais, mas agora cansei... haha
Pô, devia ter colocado o comentário gigante...
Nada contra o Obamacare, nem contra o momento!!! Eu só acho que existe o clima de "almoço grátis", que é só imprimir dinheiro que está tudo resolvido. Talvez pior que isso é saber que a geração que vai "pagar a conta" (ou sofrer com as consequências de não pagar) ainda não tem voz, não vota, não tem representantes em Washington. Nesse sentido, o egoísmo dos "baby boomers" é algo gritante.
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