Estou há um tempo para escrever um texto maior sobre isso (tentarei fazê-lo no final de semana), mas, como aperitivo, devo dizer que o governo está matando cachorro a grito para não perder a receita-molezinha da CPMF. Ontem, o presidente em exercício (enquanto Lula flana pela África) disse: "É claro que todas as pessoas são contra essa CPMF, mas todos compreendem que é preciso que se cuide do Orçamento da União para evitar qualquer problema ligado a retorno da inflação. Porque desequilíbrio orçamentário significa abrir espaço para a inflação voltar. E nós não queremos isso".
Para ficar no monetarismo mais rasteiro, de estudante de economia de primeiro semestre, inflação é sinônimo de moeda em excesso. Ou seja, um problema orçamentário só se traduz em inflação se o governo optar por resolvê-lo do jeito mais primitivo possível: imprimindo dinheiro. O Brasil cansou de fazer isso, há alguns anos. Ouvir de um membro da alta cúpula do governo que existe a possibilidade de isso voltar a ocorrer, por mais que eu saiba que seja uma ameaça vazia e grosseira, me dá vontade de bater a cabeça na quina da mesa.
Para quem assina a Folha: Inflação vai voltar sem o tributo, diz Alencar
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
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