segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Frase(s) do dia - Delfim Netto

"Se fizermos uma análise geológica de Brasília, fatiagráfica, notaremos camadas que se superpõem. E qual é a regra do jogo? É a nova camada respeitar cuidadosamente os benefícios recebidos pela que está sendo substituída."




Professor Antonio Delfim Netto, numa boa entrevista na Folha de hoje.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Qual será a maior economia do mundo em 100 anos?

Se a resposta que veio imediatamente é “China”, pense de novo e leia o texto de Scott Sumner.

Gráfico do dia - Trufas

Da Bloomberg, que informa que os preços das trufas brancas em Asti, noroeste da Itália, caíram de €500 por 100 gramas em dezembro de 2007 para atuais €300. Aproveitem a pechincha.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Frase do dia - Max Planck

"A new scientific truth does not triumph by convincing its opponents and making them see the light, but rather because its opponents eventually die, and a new generation grows up that is familiar with it."


Max Planck, Nobel de Física de 1918, citado por Alan Kirman em um texto interessante sobre a teoria econômica pós-crise.

Banco Central do Uzbequistão, Brasília

Elio Gaspari, com a sobriedade e inteligência habituais, fala sobre o "caso Mario Torós".

Construindo pirâmides no século XXI

Funciona assim: o governo emite dívida para dar dinheiro aos bancos. Os bancos recebem esse dinheiro, usam parte para comprar a mesma dívida que o governo emitiu e lucram, recebendo, nos dois casos, dinheiro do contribuinte. Os mesmos bancos, agora que já garantiram os bônus dos executivos no ano, resolvem ser filantropos e emprestar parte do dinheiro para apoiar pequenos negócios. Os pequenos negócios, tocados por alguns contribuintes, prosperam, com dinheiro, em última instância, também de contribuintes.

Em finanças, o que parece complicado e bom demais para ser verdade geralmente prova-se um Ponzi, uma pirâmide. Estamos diante da maior da história? Tire suas próprias conclusões, e o tempo se encarregará de provar.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Os mais corruptos do mundo

Somália, Afeganistão e Myanmar são os lanternas da lista do Índice de Corrupção Percebida, pulicada hoje pela Transparência Internacional. O Brasil? Pelo lado bom, está na metade de cima da lista e subiu da 80ª para a 75ª posição. Pelo lado ruim, segue atrás de Gana, Cuba, Namíbia...

O ouro de Maurício

Abra o Google Maps e tente achar as ilhas Maurício. Dica 1: aumente o zoom. Dica 2: vá para a costa oriental da África, no Oceano Índico, a leste de Madagascar. Ali estão: 1,3 milhão de habitantes, área quatro vezes menor que a região metropolitana de São Paulo. A notícia do dia é que tal país adquiriu, do FMI, duas toneladas de ouro, a preços de mercado. Motivos possíveis: diversificar reservas para fugir do dólar e surfar a tendência de alta do ouro. Os últimos convidados para a festa estão chegando, logo mais, ela acaba.

Via Zero Hedge.

(Mais) um "companheiro" no Banco Central

É claro que Mario Torós não sobreviveria à matéria do Valor de sexta-feira. Ontem ele anunciou sua saída da diretoria de política monetária do Banco Central, por motivos pessoais. Foi reposto por Aldo Luiz Mendes, funcionário de carreira do Banco do Brasil e que presidia a Companhia de Seguros Aliança do Brasil, cargo para o qual foi transferido pelo nosso estimado Ministro da Fazenda. E aqui temos o nosso banco central "independente".

Mais no Estado.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Gráfico do Dia - Harvard Endowment

Da última carta mensal da Eclectica Asset Management, a composição da carteira de investimentos do fundo que administra o dinheiro da maior universidade do mundo. Uma carteira que deveria ser conservadora (afinal, dela depende a existência da universidade) com apenas 8% em renda fixa. Algo deve estar errado com o mundo -- ou com o meu modo de enxergá-lo.

A íntegra da carta vale por um MBA em finanças, e, por isso, não é exatamente uma leitura fluente e acessível. Para os interessados, está aqui.

Krugman e os desequilíbrios

O Nobel de economia escreve hoje no New York Times sobre os profundos desequilíbrios que o câmbio fixo da China causa no resto do mundo.

Ilustração da última The Economist.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Som da Sexta - Ney Matogrosso

Fiquei a semana inteira com essa música na cabeça, um samba clássico de Herivelto Martins e Marino Pinto. Está no novo disco de Ney Matogrosso, cuja voz deve ter encontrado a fonte da juventude -- segue impecável, aos 68 anos. Esta versão é do show Pescador de Pérolas, de 1987, onde ele canta acompanhado do monstro do violão Raphael Rabello.

Frase do dia - Derivativos

"Paciência, o câmbio é flutuante, vocês fizeram isso, se virem."

Mario Torós, diretor de política monetária do Banco Central, em resposta ao diretor de uma empresa que reclamava da desvalorização do real, durante a crise do final do ano passado.

Hoje o caderno de final de semana do Valor traz uma reportagem grande sobre os bastidores da crise -- incrível como, um ano depois, começam a aparecer os "heróis", com diferentes graus de merecimento e veracidade. Neste caso, o Banco Central do Brasil sai como salvador do país, presciente e sempre oportuno...