segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Música para os nossos tempos

Capa do novo álbum do Elvis Costello:


Se a música pop de fato é um termômetro importante do humor social, o pessimismo nos EUA ainda está em alta -- conta contra o fato de Elvis Costello ser um artista de outras épocas; quando os Black Eyed Peas ou a Ke$ha lançarem algo nessa linha, algo muito interessante vai estar ocorrendo.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Political Compass

Estava devendo isso para os leitores.


Mais sobre o teste aqui.

Frase do dia - uma cutucada no liberalismo econômico

"The freest, most incentive-driven market economies in the world are not the United States or Hong Kong or even tax havens such as the Cayman Islands but failed states and gangster societies such as Somalia, Congo, and Afghanistan."

O editor do Times londrino Anatole Kaletsky, levantando um ponto elaborado pelo economista britânico John Kay, em seu novo livro Capitalism 4.0, que comecei a ler hoje (parece muito interessante, quando terminar, coloco uma resenha aqui).

Na foto, um lindo e liberal campo de papoulas no Afeganistão.

Gráfico do dia - IDH da América Latina

Uma pequena mácula para a turma do "nunca antes na história deste país".

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Som da Sexta - Harry Nilsson

A música dos créditos finais de Cães de Aluguel, do Tarantino.

World Rally Day

Isso está ficando ridículo...

Bernanke explica a decisão de ontem no Fed

Num editorial do Washington Post de hoje. Destaco o seguinte parágrafo:

This approach eased financial conditions in the past and, so far, looks to be effective again. Stock prices rose and long-term interest rates fell when investors began to anticipate the most recent action. Easier financial conditions will promote economic growth. For example, lower mortgage rates will make housing more affordable and allow more homeowners to refinance. Lower corporate bond rates will encourage investment. And higher stock prices will boost consumer wealth and help increase confidence, which can also spur spending. Increased spending will lead to higher incomes and profits that, in a virtuous circle, will further support economic expansion.

Tradução: queremos mais uma bolha. Bolhas são boas para a economia.

A pergunta incômoda, sabendo que toda bolha estoura, é o que fazer quando isso acontecer, os juros estiverem a zero e o efeito marginal de bilhões de liquidez na economia for quase nulo. Não consigo deixar de pensar que os EUA estão seguindo, passo a passo, o mapa desenhado pelo Japão nas últimas décadas.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Frase do dia - uma homenagem ao Fed

"It is tempting, if the only tool you have is a hammer, to treat everything as if it were a nail."

Quer investir no Iraque? Seus problemas acabaram!

Uma companhia de Illinois lançou um fundo para investir no Iraque, que deve estar na chamada "fase de máxima convexidade". Considerando as alternativas do mercado, não vai demorar para alguém aparecer dizendo que o risco do investimento é "moderado".

Um filme sobre mercado financeiro que eu quero ver...

... nem que seja "só" pela Eva Green:

Al Pacino has set financial thriller "Arbitrage" as his next film. He'll star opposite Eva Green and Susan Sarandon.

"Arbitrage" stars Pacino as a hedge fund magnate who is in over his head and desperate to complete the sale of his trading empire to a major bank before his fraud is revealed. But an unexpected, bloody error forces him to turn to the most unlikely corner for help.

Mais em Variety.

P.S. Ainda não vi Wall Street 2.

A (talvez) última entrevista de Mandelbrot

A revista da Markit publicou o que deve ser uma das últimas entrevistas de Benoît Mandelbrot.



Update (4/nov): a coletânea do Edge em homenagem a Mandelbrot.

Para quem tem alguma dúvida do que o Fed vai fazer hoje...

Ontem a taxa efetiva dos Fed Funds fechou em 0,00% pela primeira vez na história. Os helicópteros estão chegando, os helicópteros.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Uma pequena reflexão pseudoliberal pós-eleições

Nós (paulistanos, ditos democratas, supostamente bem educados -- deve valer também para outros grupos) precisamos parar de achar que existe um Brasil dinâmico, criativo, potência de commodities e tudo mais e um Brasil "que não sabe votar". Temos que reconhecer que não somos maioria e que, nem de longe, somos os que mais dependem do que acontece na política para colocar comida na mesa. Criticar, sim, mas sem deixar de reconhecer que, distorções à parte (sobretudo no legislativo, onde sei que meu voto vale menos do que o de outras regiões) o resultado das eleições é o retrato do país inteiro, com tudo o que ele tem de bom e ruim, certo e errado.


Amanhã quarta-feira voltamos à programação normal de economia, finanças e nonsense.