Também semana passada, a Economist publicou uma matéria sobre o mesmo assunto, avaliando o desempenho das projeções feitas pelo FMI. Os resultados também não são muito animadores, como se pode ver no gráfico:
Se projeções e previsões, no geral, erram tão feio, por que ainda há um mercado para elas? Para Tim Harford, projeções são como Pringles: "nobody thinks that there’s any great virtue in them but, offered with the fleeting pleasure of consuming them, we find it hard to resist." Por que? As teorias de Harford:
Possibility one is that the moment we hear a forecast, we imagine it happening. It then becomes a believable outcome and one that is easy to call to mind in the future. The scenario that we imagine looms large in our minds; other scenarios, equally plausible, fade to the background. As a result, we can be sceptical of forecasts in general yet still hooked by a particular one.
(...)
Possibility two is that forecasts offer us a lazy way to understand a complex world. The background to the conflict in Syria is complicated. So is Chinese politics. So, too, is the evolution of the Japanese economy. Trying to understand what is going on in any of these places requires an investment of time and attention that most of us are not willing to make. Wise heads at this newspaper could explain the intricacies to you or to me for hours yet barely have begun to do the topic justice.
Sobre o assunto, ainda quero ler o Superforecasting, sobre o Good Judgment Project.
7 comentários:
Olá, suas colunas estão muito espaçadas. Favor publicá-las com mais frequencia. Grato
O Nate Silver, se não me engano no capítulo 6 do Signal and the Noise, faz uma boa discussão sobre isso.
Ou diminui o valor da assinatura. Assim não dá!
Estamos em recessão. Diminuir o valor da assinatura é uma boa mesmo.
Drunk, se quiser uma previsão mais acurada pode perguntar aos garis de Londres. Trecho do Future Babble do Dan Gardner:
"In 1984, the Economist asked sixteen people to make ten-year forecasts of economic growth rates, inflation rates, exchange rates, oil prices, and other staples of economic prognostication. Four of the test subjects were former finance ministers, four were chairmen of multinational companies, four were economics students at Oxford University, and four were, to use the English vernacular, London dustmen. A decade later, the Economist reviewed the forecasts and discovered they were, on average, awful. But some were more awful than others: The dustmen tied the corporate chairmen for first place, while the finance ministers came last."
http://www.nytimes.com/2011/03/27/books/review/excerpt-future-babble-by-dan-gardner.html
PJ , ia também comentar sobre o livro Future Babble... previsões feitas por macacos, ou no lançamento de moedas, tendem a ser mais precisas que as de "especialistas". De fato, quanto mais intransigente e "sabe-tudo" o cara for, mais ele erra.
Minha planilha do excel usando a formula RANDOM chegou mais perto que essas previsões ai. Faz um post sobre previsões para fechamento da bolsa vs o que aconteceu. Piada.
Acho q no final estas previsões satisfazem nossa necessidade de ter "controle" sobre tudo. De achar q sabemos com um ano de antecedencia pra onde vai um troço tão complexo quanto a economia. Somos ingênuos mesmo...e ainda tem gente ganhando grana com isso
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