Li tão poucos livros neste ano que nem vou fazer a tradicional divisão por categorias. Aí vai o que gostei, na ordem em que li:
—Americanah, Chimamanda Ngozi Adichie. Vale todo o hype, foi "o" livro que indiquei pra listinha do Amálgama.
—The Great Escape: Health, Wealth, and the Origins of Inequality, Angus Deaton. Um ótimo panorama de como a humanidade tem conseguido escapar da pobreza, por um grande entendido do assunto. Relevante tanto para leigos quanto para (presumo) doutores.
—Ensaio Sobre a Cegueira, José Saramago. Não, eu ainda não tinha lido. Brilhante.
—The Sense of an Ending, Julian Barnes. Primeiro romance do Barnes que leio, vou virar freguês. Assustador, mostra que provavelmente não vou ficar mais sábio com a idade.
—My Brilliant Friend, Elena Ferrante. Outra autora que justifica o hype, das coisas boas que li na Itália. Também um antídoto para a era em que escritores são mais famosos pelo o que colocam no Instagram do que pelo o que escrevem.
—Stoner, John Williams. Depois que li, soube que virou um best seller tardio e acidental na Europa. Como o Barnes acima, bem pessimista quanto a segunda metade da vida (olha a minha mid-life crisis chegando adiantada).
—Thinking, Fast and Slow, Daniel Kahneman. Uma biografia científica brilhante de um dos poucos Nobeis de economia que faz-se entender além da academia, e das lições de humildade mais convincentes que já tive.
—The Structure of Scientific Revolutions, Thomas S. Kuhn e The Eighteenth Brumaire of Louis Bonaparte, Karl Marx. Da categoria "deveria ter lido na faculdade, mas era vagabundo demais." Eternamente grato aos colossais Michael Piore e Suzanne Berger por terem me colocado pra ler isso no fabuloso curso de Economia Política do MIT (tem uma versão online).
—Man's Search for Meaning, Viktor E. Frankl. Não é o Primo Levi, mas adiciona a um relato comovente sobre a vida nos campos de concentração nazistas uma exposição sobre logoterapia, abordagem interessantíssima da psicologia.
Ainda estou pra terminar o The Great Transformation, do Polanyi, que certamente entraria nessa lista, e ontem comecei o primeiro volume do My Struggle, do Knausgaard, que deve ser a leitura do verão. Ao Papai Noel, só peço mais tempo livre ano que vem.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
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4 comentários:
Deve ser a pergunta mais óbvia, mas não resisto em fazê-la: O Piketty não entra na sua lista?
Se eu tivesse lido, talvez entrasse :P
Hahaha. Tá certo. Prentende lê-lo?
Gostei do Flash Boys. Creio que o Lewis já não tenha mais assunto também.
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