
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Por que organizar os Jogos Olímpicos?

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sexta-feira, 2 de outubro de 2009
RIO 2016

Parabéns à sede dos XXXI Jogos Olímpicos. Que o Brasil saiba tomar proveito, apesar de todos os pesares. E Lula deve ser a pessoa mais sortuda do mundo. Incrível.
Update: Hotéis Othon subindo 108%.
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Fenômenos olímpicos
Nas casas de apostas...
A poucas horas da decisão do COI, o Rio de Janeiro subiu de cotação, e está praticamente empatado com Chicago. Madri e Tóquio parecem fora do baralho:


Dados do Intrade.
Prêmios aos Bancos Centrais

Jim Rogers
Mais um sinal dos tempos. Ontem foram entregues os prêmios Ig Nobel de 2009. Dois bancos centrais foram premiados: em Economia, o Banco Central da Islândia (em conjunto com outros três bancos privados), por "demonstrar que bancos pequenos podem rapidamente ser transformados em bancos enormes, e vice versa -- e por demonstrar que coisas similares podem ser feitas para uma economia nacional inteira"; e, em Matemática, Gideon Gono, do banco central do Zimbábue (Zimbabwe's Reserve Bank), por "dar às pessoas uma oportunidade simples e diária de lidar com um amplo espectro de números -- de muito pequenos a muito grandes -- mantendo notas com denominações de um centavo ($ 0,01) a cem trilhões de dólares ($ 100,000,000,000,000)." Ben Bernanke e diversos dos seus colegas devem estar sendo observados para premiações futuras. Brilhante.
Mais na página do Ig Nobel.
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quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Financial Times entrevista Benoît Mandelbrot

Via Paul Kedrosky.
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Festa na Bovespa

TODOS. 100%. Empresas boas, ruins, lucrativas, perdedoras, comandadas por gente honesta, pilantras...
Cartoon roubado do The Big Picture.
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Meu apoio (velado) ao Rio 2016

Essa premissa é um pouco frustrante, porque implica que o governo não precisa "melhorar" para que o país tenha sucesso. Pior ainda, possivelmente o sucesso será, em parte, atribuído a quem está no poder, por motivos totalmente errados (já vemos isso hoje -- vide a popularidade de Lula ou a aura de gênio que o presidente do banco central adquiriu). Será preciso muito tempo para que nossa classe política seja arejada. Assim funciona a democracia, o pior sistema de governo, exceto todos os outros.
É com essa visão um tanto conformista que torço pela realização dos Jogos Olímpicos no Brasil. Acho que, mesmo considerando os custos, não podemos deixar escapar essa oportunidade de acelerar o desenvolvimento do país -- este e seu povo são muito maiores que os políticos que os representam. Olimpíada traz desenvolvimento? Hoje o Valor cita um estudo feito pela FIA que calculou que cada dólar investido nos jogos geraria 4,26 dólares de produto para o país. Na mesma matéria, outros acadêmicos dizem que essa conta é exagerada, mas reconhecem que há um legado. Pensando apenas no Rio de Janeiro, creio que é a grande chance da cidade reverter uma decadência que vem desde que a capital do país foi transferida para Brasília.
A The Economist cita dois estudos: um corrobora a visão dos brasileiros, dizendo que os jogos podem acelerar o crescimento econômico de uma região no longo prazo -- o caso de maior sucesso é o de Barcelona, que sediou os jogos em 1992. Outro sugere que sediar uma Olimpíada é uma marca de reconhecimento, e que é mais o efeito da mudança do que uma causa. Assim, os jogos reconheceram a vitoria dos aliados na II Guerra em Londres-1948; a emergência da Austrália em Melbourne-1956; o milagre japonês em Tóquio-1964; a reconciliação da Alemanha com o mundo em Munique-1972; a guerra fria em Moscou-1980 e Los Angeles-1984; o fenômeno dos Tigres Asiáticos em Seul-1988; a União Européia em Barcelona-1992 e o "socialismo de mercado" chinês em Pequim-2008. Podem, agora, reconhecer que o tal futuro do "país do futuro" finalmente chegou. É para isso que torço. Força, Rio!
* Para esses ótimos argumentos, recomendo o Esporte Brasilis. Para fugir da seriedade do tema, vá na Olimpíada Tropical do blog do Marcelo Rubens Paiva.
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quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Festival de deseducação financeira

No menu do dia temos:
- Um professor da Escola de Economia de São Paulo, da FGV, supostamente um dos centros de excelência em economia e finanças do país, falando sobre "oportunidades e riscos de comprar ações durante um IPO". Para o professor, baseado em uma pesquisa americana, a estratégia "vencedora" é manifestar interesse de compra durante o período de reserva e vender logo na primeira semana de negociação -- estratégia conhecida como flipping. Não vi a pesquisa que o professor cita, nem quero ver. Mas o racional do flipping é a estratégia de investimentos conhecida como greater fool theory -- não importa o preço que você pague por um ativo, você sempre vai conseguir achar alguém mais idiota para comprá-lo de você a um preço mais alto. Uma variação é a slower fool theory, onde ganha quem conseguir vender mais rápido, antes de uma virada do mercado. Ambas. como boa parte das teorias em finanças, são válidas somente para mercados em alta (bull), onde, por definição, o preço amanhã (ou em t+1, para ser genérico) provavelmente será mais alto que hoje (t0). São receitas para perdas quando não se consegue encontrar o mais idiota ou o idiota mais lento (e, no mercado em queda, os idiotas desaparecem, provando não serem tão idiotas assim). Pensando de outra maneira, uma estratégia que parte do princípio que você é mais esperto que o resto do mercado é, no mínimo, exótica. Mas, voltando ao nosso professor, isso é o recomendável - vencedor, palavras dele. Essa linha de pensamento está formando profissionais que em breve, muito em breve, poderão cuidar do seu dinheiro. Tire suas próprias conclusões.
- Um sócio-diretor de uma provedora de serviços de investimento (que, texto retirado do site da empresa, com erro de ortografia incluso, "presa pela excelência no atendimento dos clientes") falando sobre o mercado de câmbio. Quando perguntado sobre as alternativas para se investir em moeda estrangeira, ele cita a opção de comprar, via Tesouro Direto, títulos públicos atrelados a variação cambial -- títulos que o Tesouro não emite desde 2002. Desnecessário comentar o restante do conteúdo da entrevista.
Esse é o portal de internet mais visitado do país. Esses são alguns dos profissionais do nosso mercado. Informe-se, e cuide bem do seu dinheiro.
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Independência do Brasil
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Gráfico do dia - seguro desemprego
Está na The Economist desta semana: os noruegueses recebem mais de 70% da renda no emprego anterior como seguro desemprego -- fração que se mantem até cinco anos após a demissão! Isso que é estado paternalista... Ah, nem por isso as finanças do governo por lá são desordenadas: o país mantem um superávit fiscal de quase 10% do PIB. A rara combinação de receitas do petróleo bem administradas + população pequena + desemprego baixo produz esses milagres.

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