A semana termina mais ou menos como começou. O petróleo não foi para lado nenhum, a Bovespa subiu um tantinho, os EUA ainda não resolveram seus problemas com o sistema financeiro, o Lula criou um ministério da pesca e tio Chavez resolveu estatizar a sucursal local do Santander. Enfim, nada que vá mudar a minha ou a sua vida. Sendo assim, melhor prestar atenção nas coisas boas do mundo, e seu Paulinho da Viola com certeza está entre elas.
Paulinho da Viola está naquele ponto invejável da carreira onde sua produção é de tanta qualidade que pouco importa se os "resultados" demoram a vir. Seú último disco de canções inéditas (o impecável "Bebadosamba") já tem 12 anos, não se sabe quando virá o próximo e nem por isso ele deixa de ser relevante. No ano passado, a MTV prestou o seu tributo ao convidá-lo para um show da série "Acústico", que gerou um CD e um DVD onde o mais elegante dos sambistas mostra canções consagradas e algumas novas surpresas. Dentre elas, uma das mais bacanas e inesperadas é "Talismã", que, segundo Paulinho, foi encomendada meio de brincadeira ao irregular Arnaldo Antunes e entregue muito rapidamente. Deixe o preconceito com o ex-titã-poeta-concreto-cantor-cult-tribalista de lado e se entregue a um samba que não faria feio em qualquer coletânea de clássicos do gênero.
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
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