- Imóveis residenciais nos EUA estão entre os mais baratos do mundo, na avaliação da revista - índice de preços 19% abaixo de um cálculo de "valor justo" (definido pelas médias de longo prazo das relações preço-renda e preço-aluguel). Uma evidência anedótica: a corretora que me atende em Chicago disse que o metro quadrado por lá anda valendo algo como US$ 2.700. Chicago, não Little Rock, Des Moines ou Pittsburgh. Compare com o que se pede por imóveis em São Paulo e Rio de Janeiro;
- Cinco entre os maiores bancos americanos já provisionaram perdas nas carteiras de crédito de quase US$ 500 bilhões (US$ 143 bilhões só no Citigroup). Nenhum banco europeu reconheceu mais que US$ 30 bilhões;
- Esses bancos já levantaram, depois da crise, US$ 318 bilhões em novo capital;
- Exportações dos EUA para a China cresceram 53% desde 2007;
- Importações líquidas de petróleo neste ano provavelmente serão as menores desde 1995;
- Há no país 311 mil pessoas empregadas para criar aplicativos para smartphones e Facebook;
- Americanos pagam menos de US$ 3 por milhão de BTU em gás natural; europeus e asiáticos frequentemente pagam mais de US$ 10.
O viés da matéria é evidente (basta ver a caricatura da capa, que também ilustra este post), mas concordo largamente com as implicações: não há fim à vista para o domínio econômico global dos EUA, e o país vai liderar a saída da crise entre os desenvolvidos. Está muito na frente da Europa no reconhecimento da nova conjuntura, e a China sequer começou a mostrar seus problemas. O século XXI ainda é americano.
13 comentários:
Uhhhh!, prevejo seu blog invadido por "esquedopatas" contestando isso. Brincadeiras à parte, é só ler o que andam fazendo em relação à exploração de "shale gas", que dá para ter uma idéia. O pré-sal parece brincadeira de criança.
O que estão fazendo em relação ao shale gas?
Já estão extraindo... o negócio nem existia há 10 anos, produção de eletricidade a partir de gás nos EUA já pulou de 20% para 25% do total...
Concordo integralmente. De ferias na Bahia e o que tem de americano endinheirado por aqui...
mas sério agora, fico preocupado com a possibilidade do GOP levar a presidencia e/ou a maioria do senado. O discurso e propostas dos caras são de lascar...
Ah, e nao vejo ninguem criticando a inflexao pró_industria dos gringos...
Vários amigos meus americanos ou brasileiros que moram lá (todos do mercado financeiro, claro) acham que seria muito bom para o mercado se o Romney ganhasse... a ver...
A satisfaçao dos 1% e do mercado financeiro é um sintoma do que me referi.
opa, eu tenho a impressão que Democrata ou Republicano o discurso se adapta a condição do momento: situação ou oposição.
e quanto ao mercado, o meu system 1 chuta que, no passado recente, sempreu torceu para os republicanos mas não se abalou com vitórias democratas e vice-versa.
;^/
Todo mundo reconhece o dinamismo da economia americana,o problema lá é inteiramente político.
Perguntei para algumas pessoas sobre política e sobre as chances do Obama ganhar o segundo mandato. A melhor resposta,de longe,foi essa
"People here are so divided and the opinions are so polarized that doesn't really matter who wins the presidential election. The Senate will probably be divided and neither side will have the strenght to enforce the reforms that they want to. Gridlock is a sure thing"
Sensato e desanimador
Historicamente, presidentes republicanos sao muito piores para o stock market do que presidentes democratas. Se eu achasse que o Romney fosse ganhar, conhecendo as propostas economicas do GOP (combinacao de non-sense com ideologia), so nao short o DOW investidor que acha que ganhar dinheiro doi.
Acho que o pessoal se ilude com o background do Romney, achando que isso vai levá-lo a ser "pró-mercado".
Bem, nem em crise os caras deixam de pensar em dinheiro. E deve ser por ai mesmo.
Se fosse por aqui, com certeza, estariam urdindo alguma bolsa social para substituir o PIB "...como indicador de pujança da nação...".
Mas, tentando ver mais à frente, nada indica que os EUA perderão seu espaço no próximo século. A China já mostrou seus limites. Brics, provaram serem acrônimos. Europa segura o euro.
Alguns mais afoitos, deram como prova de decadência forte dos EUA, o programa espacial, com equipamentos norte-americanos, sendo enviados ao espaço por naves russas.
Oras, isso, longe de ser pior para os EUA, é uma grande fonte de renda para os russos.
E os norte-americanos estariam dando lições de cowboys aos russos, que reduzem gradativamente, o consumo de carne bovina brasileira. E consta, a confirmar, que a carne suína, eles já teriam parado de comprar do Brasil.
Nas eleições, de lá, qualquer resultado que não seja Obama, seria Romney.
Mas, é de duvidar que isso ocorra.
Conforme aponta o Blinder, Obama é muito bom de campanha.
Temos, ainda, os argumentos do Fail tha nation sobre a China.
" O século XXI ainda é americano."
eita, ainda estamos em 2012....12% do século XXI :)
essa é a minha impressão (/desejo), pois acho q vamos melhor (econômica e "culturalmente") a reboque da América do q vinculados a economias fortes do Oriente exótico e misterioso.
eu manteria sua assertiva para a " A 1a metada do século XXI ainda é americano." :)
abs
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