quinta-feira, 26 de julho de 2012

Gráficos do Dia - Brasil x México

De um relatório de Javier Kulesz, do UBS, que tenta explicar porque o México está assumindo a condição de preferido dos investidores em emergentes que foi ocupada por um tempo pelo Brasil. Um bom motivo: o México é muito mais barato (salário médio por hora 80% menor e câmbio favorável).



17 comentários:

Anônimo disse...

Não tem mistério. Não há como aumentar salários em um ambiente de apreciação cambial em um tempo tão curto sem praticamente nenhuma alteração na produtividade da economia. Os tradeables não aguentam.

Abraços

Frank disse...

vôo de galinha ?

Drunkeynesian disse...

do Brasil ou do México?

Frank disse...

"do Brasil ou do México?"

boa....

digamos, do Brasil.

já estamos caros antes de ficarmos competentes (produtivos).

vôo de galinha ?

Drunkeynesian disse...

Hahahaha, isso sim... viramos a Noruega com PIB per capita da Costa Rica.

10 anos de bonança, uma correçãozinha não é de todo inesperada.

Anônimo disse...

O índice big mac nos dá uma medida do quanto somos caros e quanto nos falta poder competitivo. No Brasil custa US$ 4,94 enquanto na China custa US$ 2,45. E ainda por cima, nos governos Lula e Dilma, a China é reconhecida como economia mercado. Só admitiria a China como economia de mercado se pudesse importar todo o big mac que é consumido no mercado nacional.

Anônimo disse...

Cuidado ao usar o indice Big Mac pois a marca McDonnalds nao tem o mesmo posicionamento em todos os paises...

Anônimo disse...

É um índice e como tal sempre é discutível. Mas, desculpe a ignorância, o que o anônimo quis dizer com o posicionamento?

Drunkeynesian disse...

Acho que o tal posicionamento é que o público do McDonald's nos países desenvolvidos é bem diferente dos mais pobres. No Brasil eu ousaria chutar que a clientela é concentrada em classe média alta pra cima (e a estratégia de preços segue isso), nos EUA o público é muito diferente e o McDonald's vende das refeições mais baratas que se pode comprar.

Anônimo disse...

Simples, em alguns países há mais concorrência no mercado de sandubas do que em outros, o que se traduz em poder de mercado, e em consequência em preços relativamente mais altos (ou mais baixos) para o consumidor, distorcendo o índice.
Pergunta: qual mercadoria poderia ser utilizada como índice sem que houvesse esta distorção, ou pelo menos minorando-a.

Anônimo disse...

Nos EUA é mais barato porque é consumido por indivíduos de renda mais baixo e na China porque existe muita concorrência. No Brasil falta concorrência e não temos um mercado consumidor tão grande quanto o norte-americano. Toda a discussão confirma a utilidade do índice big mac.

Anônimo disse...

Mas longe de mim defender desvalorização do real via emissão de moeda. Temos que ganhar competitividade com inflação baixa e sendo mais produtivos.

Anônimo disse...

- Parece, realmente, que o Brasil estaria deixando de ser foco de interesse, superdimensionado, por cerca de 9 anos. Muitos dos indicadores da economia brasileira estão passando por uma revisão e as interpretações, parece, não são tão favoráveis. Ou seja, de 2003 a 2010, as coisas não foram tão boas como o discurso tentava fazer crer. Exemplos são editoriais de jornais antes bem mais amenos.

E é praticamente certo que a desarticulação dos "fundamentos" metas de inflação, câmbio flutuante e superávit primário não agrada e pode estar gerando insegurança.

Além do temor pela aparente perda da independência operacional do BC, em 2011 e 2012.

- Apesar da falta de um indicador, talvez, que possa ponderar o "posicionamento" da marca ou do sanduíche em cada mercado, índice Big Mac tem sua utilidade.
Isso porque tem produção padronizada no mundo onde atua. Praticamente, não varia na composição.
Em alguns lugares, atende públicos de renda mais alta e em outros, consumidores de renda mais baixa.
No Brasil, por exemplo, o sanduíche é caro. E de certa forma, acaba influindo na definição de preços de outros sanduíches, de outras produtores.
Alguns, sem a mesma projeção internacional, aqui no Brasil, custam, em R$, mais caro que o Big Mac.

Anônimo disse...

Isso, o DK e o anônimo pescaram: com posicionamento quis dizer a maneira como os consumidores enxergam a marca e os produtos (puxando pro lado do marketing e nao da economia..), o que se reflete no tipo da clientela e na estratégia de preços da rede.

Na França (segundo mercado da rede e onde moro) os preços dos menus (Mc ofertas) sao imbativeis: impossivel comprar uma refeiçao em qualquer outro lugar pelo mesmo preço. O mesmo nao é valido em SP, onde os preços do McDonnald's sao bem superiores ao PF da esquina, por exemplo.

Agora qual mercadoria usar pra substituir o indice Big Mac, boa pergunta!

RTB

Drunkeynesian disse...

O banco que eu trabalhava fazia um índice interessante. Tinha, além do Big Mac, calça Levis 501, lata de Coca-Cola, VW Golf, bilhete do cinema...

Anônimo disse...

Um exemplo até engraçado. Na favela de Heliópolis, Zona Sul de São Paulo, uma lanchonete chamada "Mac Favela", vendia o sanduíche a R$ 8,00.
Não sei se ainda existe, pois, parece, haviam questões judiciais quanto ao nome, logotipo etc.

Anônimo disse...

Respondendo ao anon. das 27 de julho de 2012 10:52

Talvez uma saida pra eliminar o viés dos diferentes posicionamentos nos mercados fosse comparar o custo dos Big Macs em vez do preço, com a desvantagem de matar a simplicidade do indice original e diminuir assim seu interesse.

RTB