Enquanto o nível de álcool no sangue vai baixando e a inspiração não aparece, resolvi descaradamente copiar um post do Leo Monasterio:
Filmes
- The Bothersome Man - Norueguês, de 2006, começa com um jeitão Paris, Texas (só que filmado na Islândia) e mostra uma distopia onde todos parecem felizes, mas não há espaço para sentimentos. Isso é mostrado ao longo do filme com tanta sutileza (ou sou tapado, mesmo) que demorei bastante para perceber o que havia de errado na cidade fictícia, e depois fiquei bastante tempo pensando.
- O Lado Bom da Vida - Seria fraquinho se tivesse ido ver com poucas expectativas, mas é quase um insulto depois de saber que está concorrendo a 8 Oscars, entre eles todas as principais categorias. Valeu para ver a versão mulherão da Jennifer Lawrence.
- O Mestre - O visual às vezes lembra as obras de Terrence Malick, a trilha, de novo do Radiohead Jonny Greenwood, é original e perturbadora, e o filme é difícil e recompensador. A ótima Dana Stevens precisou de duas revisões para escrever uma crítica.
- 2 Coelhos - Bom filme brasileiro do ano passado, com enredo malucão e contado de forma não-linear, relevando aos poucos novas informações e twists, com pouco descanso para o espectador. Não seria surpresa se alguém resolvesse comprar e refilmar em Hollywood.
- Beaufort - Concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2008, perdendo para o ótimo Os Falsários. Narra os últimos dias da ocupação de Israel em um castelo cruzado no Líbano, em 2000. Muito tenso e realista, supostamente baseado na experiência do diretor como oficial do exército.
Livros
Os livros perderam feio no feriado para a cerveja, os filmes e a quinta temporada de The Wire... Avancei muito pouco no Dom Quixote (previsão de término: dezembro) e no Antifragile (muito menos "devorável" que os outros livros do Taleb).
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
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21 comentários:
Já que você trabalha no ramo, viu esse debate sobre "high-speed trading"?
www.radiolab.org/2013/feb/05/million-dollar-microsecond/
2 coelhos é bom mesmo. E a Alessandra Negrini é tesuda demais
O Lado Bom da Vida é um dos melhores filmes que eu já vi na vida. Uma historia muito real, impressionantemente bem atuada, tratando temas difíceis com bastante leveza, sem superficializa-los.
É um belo retrato de pessoas reais. Nem personagens comerciais de Hollywood, nem personagens ultra densos de filmes pesados que também não conseguimos nos relacionar. Vi Lincoln hoje e, apesar de muito bom, para mim perderia para O Lado Bom em cada categoria.
Thales, não acompanho muito esse aspecto, me interessa pouco...
Anon, concordo quanto a Alessandra Negrini.
Soneca, jura? Várias vezes fiquei com vontade de sair no meio do filme... Não achei nada muito realista, sobretudo aquela "redenção" do final. Sei lá... vai ver estava num dia ruim.
aí drunk,
como eu posso saber qual tipo ADR (nível I,II,III...) uma empresa brasileira emite?
Imagino que no site de relações com o investidor das empresas você ache os prospectos das ofertas... mas não sei onde teria isso agregado.
eu quero agregado. vou procurar mais.
valeu
A redenção final realmente é onde o filme 'compromise' (qual uma boa tradução para isso?) o tom mais realista, mas mais pela forma de espetáculo que pela redenção em si existir. Não acho que filme verossímil é sinônimo de final triste. De qualquer forma a redenção é algo bem pessoal.
Acho bem mais difícil fazer um filme assim realmente bom do que um Lincoln ou Django que seguem o passo-a-passo técnico criado por seus respectivos diretores.
Compromise = ceder?
Acho que a força desse tipo de filme está no roteiro, e não achei esse bom...
Ainda não vi 'Lincoln', mas acho que 'Django' se perde justamente nisso que vc falou.
Eu já acho que a força deste tipo de filme esta nas atuações, que são todas boas. Acho o De Niro e a Jennifer Lawrence são barbadas no Oscar. E o Bradley Cooper só não leva pq o Daniel Day Lewis é impressionante.
e tem um viés bizarro pra quem faz personagem histórico...
entre as mulheres vou torcer pra Jessica Chastain (mas ainda não vi o filme)
Drunkeynesian, resumindo os problemas contemporâneos da economia brasileira:
1 - A economia cresce a taxas inferiores ao compatível com sua categoria de emergente. Isso ocorre por culpa do câmbio valorizado, que incentiva importações (provocando desindustrialização) e desincentiva exportações (provocando déficits em CC).
2 - A inflação está acelerando, mas não pode ser por pressões de demanda, vide o baixo crescimento e o câmbio valorizado. Além de choques de oferta negativos advindos da mudança climática sobre a agricultura, o fator inercial não pode ser negado. Aqui, novamente, o congelamento de preços não pode ser descartado como mecanismo político racional.
3 - A tese do pleno-emprego é absurda. Seja nas periferias das grandes cidades, seja no campo, há um grande contingente de braços disponíveis a entrar no mercado de trabalho. A própria definição de pleno-emprego entendida pelo mainstream é absurda, uma vez que a PEA aumenta com a demanda efetiva.
4 – A política monetária é adequada. Como estudado nos modelos de expectativas racionais, a política ótima é aquela em que as autoridades sinalizam ao mercado uma baixa tolerância com a inflação, e na prática fazem o contrário. Desta maneira, os empresários tomarão o aumento de preços como um aumento de preços relativos de seus produtos, e aumentarão a produção.
Nesse sentido, as melhores recomendações em termos de política são as seguintes:
1 – Ao invés de se ter metas de superávit primário, é primordial que o Estado utilize a política fiscal para induzir a demanda efetiva e contrabalancear o choque negativo de oferta vindo da agricultura.
2 – Ao invés de câmbio flutuante, é mais proativo adotar taxas múltiplas de câmbio, favorecendo com taxas valorizadas o setor de bens de consumo e com taxas desvalorizadas o setor de bens de capital e os exportadores.
3 – Ao invés de se insistir em metas de inflação (talvez, mantê-las nominalmente para ancorar as expectativas de mercado), é mais efetivo diante da própria natureza dessa aceleração inflacionária (como visto, não pode ser causada pelo lado da demanda) a política de congelamento de preços, que ataca a verdadeira raiz do problema: o componente inercial.
Abraço
O Oscar de ator/atriz principal deveria ser dividido em duas categorias: personagem real e fictício (assim como ocorre com roteiro). Isso porque qualquer ator que faça um personagem real de modo razoavelmente convincente sempre ganha, porque o critério de julgamento acaba sendo este. Quem faz personagem fictício não tem base de comparação.
E as melhores cervejas?!
Achei o Mestre um porre... o que eu perdi, DK?
Ué, gosto é gosto... vc viu "Árvore da Vida"? Também é um porre, mas é bonito, tem substância...
Eu sou populista pra cerveja, acho que cada uma tem um tempo... o destaque da semana foi a Blanche de Namur, que estava em promoção no Sam's.
Árvore da Vida eu gostei... do Mestre, não.. Quando passar na TV eu vejo outra vez e te falo
Olá colegas,
Li vários textos do "Bob" Dylan. De fato, bons!
A maior surpresa veio com os textos sobre o Japão. Muito bem construídos. Parece realmente provar por a+b que o Japão vai quebrar.
Tendo a concordar também que a China é uma bomba relógio, muito embora no longo prazo creia que irá mudar o mundo.
A área de valuation é que mais me intriga. Acho que é a mais complexa. Acho que isso porque, embora os indicadores contábeis sejam concretos, não se pode tirar deles nenhuma conclusão se você não os conjuga às perspectivas da empresa e da economia em geral, muito imprevisíveis e pessoais.
Assim, quando vejo as orientações de Benjamin Graham, sinto muito mais firmeza do que vendo uma análise técnica, mas continuo vendo alto grau de probabilidade nisso tudo.
Minha conclusão é que a área de investimentos não consegue deixar de se guiar pelo faro. Isso, aliás, o que a torna mais interessante e desafiante.
Abraços a todos,
Drunk,
sobre o case de Herbalife, vc chegou a ver essa: http://dealbook.nytimes.com/2013/01/25/rumble-on-basic-cable-as-ackman-takes-on-icahn-live/
hahahha muito boa!
abs
tem essa tbm: http://dealbook.nytimes.com/2013/02/15/herbalife-shares-rise-after-icahn-reveals-stake/
Adorei 2 coelhos, mas assisti quando lançou no ano passado...o mestre ainda não fui, nem vi que entrou em cartaz. O Lado Bom da Vida não gostei...mas, gosto é gosto.
Black mirror é uma série muito boa e agora começou a segunda temporada.
Tem outras séries boas que vi no carnaval: the following e the americans que vou acompanhar.
Abraços
Marcelo
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