Mas as letras do Caetano são boas. Certo que perde pro Chico, melhor letrista. Mas os dois dominam muito nossa língua portuguesa.
Agora, o Caetano falando é um desastre. O ego toma conta. Portanto só vale à pena ele cantando. Principalmente as obras até 1990. Depois a boiolice começou a tomar conta.
Um aparte sobre Caetano: acho muito bom ver o Caetano falando de política no jornal. Não por concordar com ele, mas ele é um dos poucos artistas de peso que botam a cara e tentam resgatar a importância das conversas sobre política. É triste ver um Chico batendo palmas para certos políticos mas sem a menor coragem de falar sobre política. O cara foi um dos melhores, muito "artista", talvez nem tanto musicalmente. Fernando
DK O que acha de gastar seu rico tempo livre com algum comentário sobre este post do SB: http://selvabrasilis.blogspot.com.br/2012/08/a-falencia-da-knight-capital-mais-um.html
Ahh...e aquele sobre análise técnica? Pô...tem um final de semana aí pela frente. Abs Ronaldo
Ticão, aprende a escrever. VALE A PENA aprender. Depois vai criticar os outros. Os três são gênios. Parece que vc não está apto nem a entender como são gênios
Aos colegas economistas, um pouco mais de informação. Aproveitem porque é de graça: http://www.youtube.com/watch?v=mCM2MvnMt3c. Caetano é o que é. Na minha opinião, ele é muito mais autentico que Gil e Chico Buarque. Finalmente se confirmou o que já se sabia: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,petrobras-tem-prejuizo-de-r-13-bi-o-1-em-treze-anos,121951,0.htm. Vem aí mais dívida pública para salvar o monstro...
Bom para botar lenha na coisa toda, os três são extremamente chatos. Porém, com vantagens.
Caetano Veloso, criou uma forma quase única de fazer colagens, com fatos e rasgo de memórias e transformar isso em letra e música. E até num modo de vida, como mostra bem o tempo em que surgiu e fez muito sucesso.
Gilberto Gil, um pouco mais sofisticado na música e mais "domingo no parque" com as letras. Em Gil, é muito mais fácil entender e vivenciar "Xodó", do que ouvir "Parabolikamará". Mas, também, dá para "colar", em "Domingo no Parque". Cada uma faz seu quadro.
Chico Buarque, seria o chato mor. Parece que se está ouvindo poesia letrada, em letra musicada. Parece que se está vendo um bom filme intimista, "Budapeste", do que estar lendo um bom livro, com boa trama. Ou lendo uma letra transformada em livro. Juntando ao que escolheu na política, dá muito jabuti em gancho mais alto de um pé de pau.
Por exemplo, alguém lembra do "solo" da batedeira de prato em "Araçá Azul"?
Você é um dos que não concorda com o então copidesque José Ribamar Ferreira, mais conhecido como Ferreira Gullar.
Vou pensar carinhosamente em seu conselho. Mas minha primeira impressão é que é um pouco exagerado só permitir opinião escrita dos que dominam a forma escorreita de nossa língua.
Ticão
PS: Certamente cometi uma meia dúzia de erros acima. Estou com medo dessa conversa se transformar num moto perpétuo.
Chico Buarque é o maior de todos os tempos (> q Noel Rosa, > q Jobim e > do q seus contemporâneos de geração).
só falta morrer para receber a aclamação e o cetro.
agora, o Caetano tem + estofo intelectual do q todos os outros somados, é articulado e claro na palavra escrita.
mas tem esse gosto obsessivo pelo "contrario sensu", de querer posar de moderninho q curte cultura trash moderna – um comportamento q eu acho meio chato e até previsível.
Desculpe falar de negócios em um post tão mais interessante! Mas hoje é segunda feira ...
Levando-se em consideração o texto malthusiano da GMO, seus comentários "bearish" sobre a Vale se alteram? Outra: Vcoê é descrente com a Vale no curto prazo, longo ou ambos?
Mais uma: alguma iondicação de bibliografia sobre renda fixa?
Acgho ridículo o modo como vcs analisam de forma objetiva e comparam usando métricas a arte desses três. Prefiro o jeito do Drunk de analisar: Caetano me toca mais. É isso: toca ele mais. Música e poesia têm como objetivos isso, emocionar, fazer sentir, fazer admirar a beleza. Eu prefiro o Chico, mas acho peerfeito o que o Drunk disse
Anon, eu sigo bearish com a Vale porque acho que antes de valer o argumento malthusiano vai haver uma grande reavaliação da história de "sucesso" da China. Isso vale para o curto e médio prazos, para o longo é preciso ter um call como o do Grantham, e eu não tenho grande convicção. O que sei é que hoje minério de ferro é caro para padrões históricos, se ficar barato provavelmente mudo de opinião em função disso.
Renda fixa é muito genérico, tem algum interesse específico? Se quiser um manual geral, procure o livro do Frank J. Fabozzi, tem versão em Português, inclusive.
Vou começar por esse manual geral mesmo. Obrigado.
Além disso, queria te dizer que acompanho o seu blog há algum tempo, assim como vários outros daqui e de fora. Acho que a ideia do blog está muito boa. É um blog muito informativo. Pra mim é referência.
Só hoje notei lá no alto da página o "quem sou eu".
Fiquei curioso com a volta à academia para estudar história. O campo é vasto. O que você mais gosta na história?
Não sei se você viu esta notícia:
A criação da mineradora é a primeira operação concreta da AGN, holding aberta por Agnelli no começo deste ano. Além de mineração, o ex da Vale montou também uma empresa na área de logística, com interesse principalmente na construção e operação de portos, e outra para atuar na produção de biomassa destinada à geração de energia.
Conversando com amigo engenheiro ligado profissionalmente no assunto biomassa, ele disse que hoje o mundo mira na tecnologia da gaseificação da biomassa para produção de combustíveis líquidos.
No Brasil, o IPT tem projeto em andamento para planta piloto ao custo de R$ 83 milhões
Veja aqui: http://www.ipt.br/projetos/4.htm
Falando em tese, na siderurgia o coque poderia vir a ser substituído por carbono de origem vegetal, retirado de biomassa, e a um custo competitivo com o carvão mineral. Não lembro agora exatamente, mas o percentual de carbono em matéria vegetal acho que é acima de 50%.
Hoje, mais ou menos a metade da capacidade de um alto-forno deve ser reservada ao coque. Imagina injetar carbono (já se faz com C de origem fóssil, mas é muito pouco, relativamente ao coque) pelas ventaneiras em quantidade que pudesse substituir o coque. Em tese, a produção dobraria. Ou seja, um alto-forno poderia ser enchido com muito mais minério, ocupando o espaço reservado para o coque.
A vantagem ambiental da biomassa está unida ao problema da emissão emissão de CO2. Mas é pesquisa que ainda vai demorar para tornar viável a substituição do fóssil. Mas eu aposto que em menos tempo do que o necessário para nos conduzir ao armagedon...
Enfim, é possível na produção de aço substituir o carvão mineral (com a vantagem da eliminação da coqueria e, consequentemente, de emissão de CO2 de origem fóssil), mas não há como obter aço sem minério de ferro. Na vilania da emissão de CO2, a participação da siderurgia é muito pequena. Os grandes vilões são a gasolina/disel e a geração de energia para uso doméstico e industrial.
Se não escrevo besteira, parece que estamos mais perto (em termos relativos) de substituir o carvão mineral na geração de energia (na siderurgia, além da queima para geração de calor o CO é o gás redutor do minério. O Fe2O3 é a hematita. O que "puxa" o O3 do Fe2 é o CO, que no final "vira" CO2)do que inventar algum material que possa substituir o aço.
Se eu tivesse de escolher onde por as fichas que não tenho, se no carvão mineral ou no minério de ferro, eu apostaria no minério. E também a tecnologia da mineração de ferro já permite utilizar o que até bem pouco tempo era considerado rejeito. Ou seja, além das enormes reservas de minério bruto, tem muito rejeito que já está sendo aproveitado (os tais finos, via pelotização)
Eu vejo mais futuro para o minério de ferro do que para o carvão mineral, seja o siderúrgico, seja o de queima para geração de energia elétrica.
Uma estrutura de concreto de sustentação das hélices de geração de energia eólica gasta muita água (é concreto pra chuchu) e não elimina o aço.
Você sabe como são construídas as moradias na China? Eu não sei. Será que fazem como aqui, na base do concreto e tijolo, ou será que é mais pelo steelframe (aço leve)?
Nesse passeio, eu vejo muito futuro para o aço e, consequentemente, para o minério de ferro.
Mas o que eu queria mais saber é de qual história você gosta mais.
Paulo, eu entrei na graduação, meio sem foco, portanto. O que mais gosto é história cultural contemporânea, da 2a Guerra pra cá, mas não sei se um dia vou me aprofundar nisso. Por enquanto, como me disse um ex-chefe, faço um monte de coisas mais ou menos e nada muito bem.
Eu acho o Agnelli um dos maiores iludidos pelo acaso da história recente do Brasil, ele surfou em uma das maiores altas de commodities da história e virou gênio. Não botaria um centavo nessa empresa nova, tanto por ele quanto por achar que eles estão chegando num ponto de virada do ciclo.
De biomassa não entendo absolutamente nada, mas se o que você escreveu tiver certo, é mais uma porrada (além do shale gas) no carvão mineral.
Não sei da construção na China. Quanto à siderurgia, sei que a China, nos últimos anos, meio que dobrou (talvez não seja essa a proporção exata, mas é algo muito grande) a capacidade de produção do resto do mundo, o que implicaria em uma oferta muito maior para uma demanda caindo, em função do crescimento menor pro mundo. Isso não pode ser bom para o preço do aço em si e para as companhias.
Acho que foi num prefácio (meu livrinho sumiu. Não era o da Melhoramentos. Acho que era uma edição portuguesa. Não lembro o autor) que li que Schliemann, quando ainda bem jovem, disse ao pai que queria descobrir Troia. Ele ouviu a seguinte resposta típica de pai, em qualquer tempo: "Primeiro ganhar a vida. Depois escavar Troia".
Não sei se é verdade. Mas a frase é boa. Se você pegar gosto, e já com a vida ganha, procure a "Troia" que você gostaria de escavar.
Sabia que parece que Schliemann morreu antes de confirmar a descoberta? Se não estou enganado, quem de fato escavou foi o assistente dele.
Nos quatro anos últimos anos, eu retornei para a história da metalurgia do ferro. Meu recorte é século XVIII e XIX.
No acervo da Bovespa tem uma aquarela de 1823 do inglês Edmund Pink. Ela retrata o que estou escavando.
Melhor na chatice, na boiolice ou na pedantice?
ResponderExcluirÊ, ê, ê, ê, ê,
ResponderExcluirDona das divinas tetas
Derrama o leite bom na minha cara
E o leite mau na cara dos caretas
O Gil é mais músico que o Caetano. Mais completo.
ResponderExcluirMas as letras do Caetano são boas. Certo que perde pro Chico, melhor letrista. Mas os dois dominam muito nossa língua portuguesa.
Agora, o Caetano falando é um desastre. O ego toma conta. Portanto só vale à pena ele cantando. Principalmente as obras até 1990. Depois a boiolice começou a tomar conta.
Ticão
Eu o admiro como músico e ícone de uma época. Escrevendo me interessa quase nada, falando, menos ainda.
ResponderExcluirGosto muito do Gil e do Chico, também, mas as músicas do Caetano me tocam mais. Não sei nem se conseguiria explicar porque.
Um aparte sobre Caetano: acho muito bom ver o Caetano falando de política no jornal. Não por concordar com ele, mas ele é um dos poucos artistas de peso que botam a cara e tentam resgatar a importância das conversas sobre política. É triste ver um Chico batendo palmas para certos políticos mas sem a menor coragem de falar sobre política.
ResponderExcluirO cara foi um dos melhores, muito "artista", talvez nem tanto musicalmente.
Fernando
Daia ladaia sabadana ave-maria
ResponderExcluirO Caetano referenciando "Reza" do Edu Lobo.
DK
ResponderExcluirO que acha de gastar seu rico tempo livre com algum comentário sobre este post do SB:
http://selvabrasilis.blogspot.com.br/2012/08/a-falencia-da-knight-capital-mais-um.html
Ahh...e aquele sobre análise técnica?
Pô...tem um final de semana aí pela frente.
Abs
Ronaldo
Ticão, aprende a escrever. VALE A PENA aprender. Depois vai criticar os outros. Os três são gênios. Parece que vc não está apto nem a entender como são gênios
ResponderExcluirJá me falaram pra comentar sobre a Knight. Vou tentar me inteirar.
ResponderExcluirFinal de semana é foco nas Olimpíadas, Ronaldo!!!
Aos colegas economistas, um pouco mais de informação. Aproveitem porque é de graça: http://www.youtube.com/watch?v=mCM2MvnMt3c. Caetano é o que é. Na minha opinião, ele é muito mais autentico que Gil e Chico Buarque. Finalmente se confirmou o que já se sabia: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,petrobras-tem-prejuizo-de-r-13-bi-o-1-em-treze-anos,121951,0.htm. Vem aí mais dívida pública para salvar o monstro...
ResponderExcluirNeguinho que nao conhece a genialidade de Caetano eh porque eh maluco ou idiota.
ResponderExcluirBom para botar lenha na coisa toda, os três são extremamente chatos.
ResponderExcluirPorém, com vantagens.
Caetano Veloso, criou uma forma quase única de fazer colagens, com fatos e rasgo de memórias e transformar isso em letra e música. E até num modo de vida, como mostra bem o tempo em que surgiu e fez muito sucesso.
Gilberto Gil, um pouco mais sofisticado na música e mais "domingo no parque" com as letras. Em Gil, é muito mais fácil entender e vivenciar "Xodó", do que ouvir "Parabolikamará". Mas, também, dá para "colar", em "Domingo no Parque". Cada uma faz seu quadro.
Chico Buarque, seria o chato mor. Parece que se está ouvindo poesia letrada, em letra musicada. Parece que se está vendo um bom filme intimista, "Budapeste", do que estar lendo um bom livro, com boa trama. Ou lendo uma letra transformada em livro. Juntando ao que escolheu na política, dá muito jabuti em gancho mais alto de um pé de pau.
Por exemplo, alguém lembra do "solo" da batedeira de prato em "Araçá Azul"?
...hehehehe...
Segundo Anônimo, veja só o meu azar.
ResponderExcluirVocê é um dos que não concorda com o então copidesque José Ribamar Ferreira, mais conhecido como Ferreira Gullar.
Vou pensar carinhosamente em seu conselho. Mas minha primeira impressão é que é um pouco exagerado só permitir opinião escrita dos que dominam a forma escorreita de nossa língua.
Ticão
PS: Certamente cometi uma meia dúzia de erros acima. Estou com medo dessa conversa se transformar num moto perpétuo.
eitcha...
ResponderExcluirChico Buarque é o maior de todos os tempos (> q Noel Rosa, > q Jobim e > do q seus contemporâneos de geração).
só falta morrer para receber a aclamação e o cetro.
agora, o Caetano tem + estofo intelectual do q todos os outros somados, é articulado e claro na palavra escrita.
mas tem esse gosto obsessivo pelo "contrario sensu", de querer posar de moderninho q curte cultura trash moderna – um comportamento q eu acho meio chato e até previsível.
DK,
ResponderExcluirDesculpe falar de negócios em um post tão mais interessante! Mas hoje é segunda feira ...
Levando-se em consideração o texto malthusiano da GMO, seus comentários "bearish" sobre a Vale se alteram? Outra: Vcoê é descrente com a Vale no curto prazo, longo ou ambos?
Mais uma: alguma iondicação de bibliografia sobre renda fixa?
Abraços
Acgho ridículo o modo como vcs analisam de forma objetiva e comparam usando métricas a arte desses três. Prefiro o jeito do Drunk de analisar: Caetano me toca mais. É isso: toca ele mais. Música e poesia têm como objetivos isso, emocionar, fazer sentir, fazer admirar a beleza. Eu prefiro o Chico, mas acho peerfeito o que o Drunk disse
ResponderExcluirAnon, eu sigo bearish com a Vale porque acho que antes de valer o argumento malthusiano vai haver uma grande reavaliação da história de "sucesso" da China. Isso vale para o curto e médio prazos, para o longo é preciso ter um call como o do Grantham, e eu não tenho grande convicção. O que sei é que hoje minério de ferro é caro para padrões históricos, se ficar barato provavelmente mudo de opinião em função disso.
ResponderExcluirRenda fixa é muito genérico, tem algum interesse específico? Se quiser um manual geral, procure o livro do Frank J. Fabozzi, tem versão em Português, inclusive.
Vou começar por esse manual geral mesmo. Obrigado.
ResponderExcluirAlém disso, queria te dizer que acompanho o seu blog há algum tempo, assim como vários outros daqui e de fora. Acho que a ideia do blog está muito boa. É um blog muito informativo. Pra mim é referência.
Aquele abraço
Muito obrigado, sempre bom ouvir isso.
ResponderExcluirSó hoje notei lá no alto da página o "quem sou eu".
ResponderExcluirFiquei curioso com a volta à academia para estudar história. O campo é vasto. O que você mais gosta na história?
Não sei se você viu esta notícia:
A criação da mineradora é a primeira operação concreta da AGN, holding aberta por Agnelli no começo deste ano. Além de mineração, o ex da Vale montou também uma empresa na área de logística, com interesse principalmente na construção e operação de portos, e outra para atuar na produção de biomassa destinada à geração de energia.
Reportagem na íntegra aqui
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/7/12/roger-agnelli-e-btg-pactual-criam-mineradora-de-us-500-milhoes
Achei interessante a visada na biomassa.
Passeios ao léu
Conversando com amigo engenheiro ligado profissionalmente no assunto biomassa, ele disse que hoje o mundo mira na tecnologia da gaseificação da biomassa para produção de combustíveis líquidos.
No Brasil, o IPT tem projeto em andamento para planta piloto ao custo de R$ 83 milhões
Veja aqui: http://www.ipt.br/projetos/4.htm
Falando em tese, na siderurgia o coque poderia vir a ser substituído por carbono de origem vegetal, retirado de biomassa, e a um custo competitivo com o carvão mineral. Não lembro agora exatamente, mas o percentual de carbono em matéria vegetal acho que é acima de 50%.
Hoje, mais ou menos a metade da capacidade de um alto-forno deve ser reservada ao coque. Imagina injetar carbono (já se faz com C de origem fóssil, mas é muito pouco, relativamente ao coque) pelas ventaneiras em quantidade que pudesse substituir o coque. Em tese, a produção dobraria. Ou seja, um alto-forno poderia ser enchido com muito mais minério, ocupando o espaço reservado para o coque.
A vantagem ambiental da biomassa está unida ao problema da emissão emissão de CO2. Mas é pesquisa que ainda vai demorar para tornar viável a substituição do fóssil. Mas eu aposto que em menos tempo do que o necessário para nos conduzir ao armagedon...
Enfim, é possível na produção de aço substituir o carvão mineral (com a vantagem da eliminação da coqueria e, consequentemente, de emissão de CO2 de origem fóssil), mas não há como obter aço sem minério de ferro. Na vilania da emissão de CO2, a participação da siderurgia é muito pequena. Os grandes vilões são a gasolina/disel e a geração de energia para uso doméstico e industrial.
Se não escrevo besteira, parece que estamos mais perto (em termos relativos) de substituir o carvão mineral na geração de energia (na siderurgia, além da queima para geração de calor o CO é o gás redutor do minério. O Fe2O3 é a hematita. O que "puxa" o O3 do Fe2 é o CO, que no final "vira" CO2)do que inventar algum material que possa substituir o aço.
Se eu tivesse de escolher onde por as fichas que não tenho, se no carvão mineral ou no minério de ferro, eu apostaria no minério. E também a tecnologia da mineração de ferro já permite utilizar o que até bem pouco tempo era considerado rejeito. Ou seja, além das enormes reservas de minério bruto, tem muito rejeito que já está sendo aproveitado (os tais finos, via pelotização)
Eu vejo mais futuro para o minério de ferro do que para o carvão mineral, seja o siderúrgico, seja o de queima para geração de energia elétrica.
Uma estrutura de concreto de sustentação das hélices de geração de energia eólica gasta muita água (é concreto pra chuchu) e não elimina o aço.
Você sabe como são construídas as moradias na China? Eu não sei. Será que fazem como aqui, na base do concreto e tijolo, ou será que é mais pelo steelframe (aço leve)?
Nesse passeio, eu vejo muito futuro para o aço e, consequentemente, para o minério de ferro.
Mas o que eu queria mais saber é de qual história você gosta mais.
Paulo, eu entrei na graduação, meio sem foco, portanto. O que mais gosto é história cultural contemporânea, da 2a Guerra pra cá, mas não sei se um dia vou me aprofundar nisso. Por enquanto, como me disse um ex-chefe, faço um monte de coisas mais ou menos e nada muito bem.
ResponderExcluirEu acho o Agnelli um dos maiores iludidos pelo acaso da história recente do Brasil, ele surfou em uma das maiores altas de commodities da história e virou gênio. Não botaria um centavo nessa empresa nova, tanto por ele quanto por achar que eles estão chegando num ponto de virada do ciclo.
De biomassa não entendo absolutamente nada, mas se o que você escreveu tiver certo, é mais uma porrada (além do shale gas) no carvão mineral.
Não sei da construção na China. Quanto à siderurgia, sei que a China, nos últimos anos, meio que dobrou (talvez não seja essa a proporção exata, mas é algo muito grande) a capacidade de produção do resto do mundo, o que implicaria em uma oferta muito maior para uma demanda caindo, em função do crescimento menor pro mundo. Isso não pode ser bom para o preço do aço em si e para as companhias.
Meio de cara com neguinho aqui reparando demais na "boiolagem" do Caetano. Para mim, na boa, quem repara demais... Deixa para lá.
ResponderExcluirE o Dawran poderia aprender a não separar sujeito do verbo com vírgula.
Acho que foi num prefácio (meu livrinho sumiu. Não era o da Melhoramentos. Acho que era uma edição portuguesa. Não lembro o autor) que li que Schliemann, quando ainda bem jovem, disse ao pai que queria descobrir Troia. Ele ouviu a seguinte resposta típica de pai, em qualquer tempo: "Primeiro ganhar a vida. Depois escavar Troia".
ResponderExcluirNão sei se é verdade. Mas a frase é boa. Se você pegar gosto, e já com a vida ganha, procure a "Troia" que você gostaria de escavar.
Sabia que parece que Schliemann morreu antes de confirmar a descoberta? Se não estou enganado, quem de fato escavou foi o assistente dele.
Nos quatro anos últimos anos, eu retornei para a história da metalurgia do ferro. Meu recorte é século XVIII e XIX.
No acervo da Bovespa tem uma aquarela de 1823 do inglês Edmund Pink. Ela retrata o que estou escavando.
Anônimo-7 de agosto de 2012 09:21
ResponderExcluirNem, pensar.
Ficou, bom, assim?
paulo araujo, um bom apanhado. Porém, ainda a ver, parece difícil energias alternativas em alta escala no Brasil.
ResponderExcluirHá o discurso ufanista e salvacionista do pré-sal.