Enquanto o tripé ortodoxo é "taxa de juros elevada, taxa de câmbio sobreapreciada, e Estado mínimo", o tripé novo-desenvolvimentista é "taxa de juros baixa, taxa de câmbio de equilíbrio, que torna competitivas as empresas industriais que usam tecnologia moderna e papel estratégico para o Estado".
Luiz Carlos Bresser-Pereira, na Folha de hoje. Os ortodoxos dirão que os bárbaros começaram a arrebentar o portão. Eu acho que não conseguiremos escapar da descrição acima. No papel, é o modelo que enriqueceu a Coréia do Sul; na prática, não sei se é uma variedade que se adapta bem aos trópicos, e, intelectualmente, talvez pudéssemos estar em melhores mãos. Mais sobre o tema aqui, ao longo de muito tempo...
P.S. É claro que onde está "taxa de câmbio de equilíbrio..." pode-se ler "câmbio desvalorizado". Está para aparecer o país que consegue manter o câmbio "no equilíbrio" deliberadamente.
3 comentários:
Talvez se investíssemos em educação da forma como os Coreanos investiram, houvesse alguma chance de dar certo por aqui. Mas... educação é detalhe. Tudo se resolve baixando juros e com câmbio competitivo!
Agora, cantem comigo:
Who let the dogs out?
Who!?
Who!?
Who!?
A heterodoxia vai muito além do Bresser, figura pela qual tenho pouco apreço intelectual por assim dizer. Então há esperança.
Só faltou dizer como fica o outro preço: a inflação. Esse acaba sendo o grande nó aqui ao sul do equador. A vantagem sob o ponto de vista heterodoxo é que a fórmula ortodoxa aos poucos vai-se esvaziando.
Quanto a educação, os países ricos são mais bem educados. Agora, eles são ricos por serem educados ou mais educados por serem ricos? Correlation is not causation...
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