Albert Einstein wrote an article in 1949 called "Why Socialism?" His answer: the market economy brings crisis, instability, and impoverishment. "The economic anarchy of capitalist society as it exists today is, in my opinion, the real source of the evil." The only way to eliminate this evil, he concluded, was by establishing socialism, with the means of production "owned by society itself." He advocated a planned economy, which "adjusts production to the needs of the community, would distribute the work to be done among all those able to work and would guarantee a livelihood to very man, woman, and child."
John McMillan em Reinventing the Bazaar (que sigo lendo e gostando mais a cada página), mostrando como o famoso físico cedeu às tentações do planejamento centralizado. O texto original de Einstein pode ser lido aqui. Para evitar confundir Einstein com um stalinista de primeira ordem, vale também reproduzir o parágrafo seguinte:
Nevertheless, it is necessary to remember that a planned economy is not yet socialism. A planned economy as such may be accompanied by the complete enslavement of the individual. The achievement of socialism requires the solution of some extremely difficult socio-political problems: how is it possible, in view of the far-reaching centralization of political and economic power, to prevent bureaucracy from becoming all-powerful and overweening? How can the rights of the individual be protected and therewith a democratic counterweight to the power of bureaucracy be assured?
Respostas para essas simples questões podem ser dadas na caixa de comentários abaixo.
Questões tão simples que ninguém sabe responder...
ResponderExcluirSempre me lembro de um amigo (marxista, filiado ao PC do B) que dizia: "a sociedade só muda quando as pessoas mudam, mas as pessoas só mudam quando a sociedade muda".
É o maldito halo effect: pq alguem é excepcional em uma área, achamos que ele fala coisa com coisa em outra.
ResponderExcluir(O Tyler Cowen, como se sabe, é a exceção. Só dá bola dentro em qq área)
talvez pq em 1949 ainda fosse tolerável pensar assim.
ResponderExcluiro socialismo soviético teve alguma competência na conquista de alguns "corações e mentes" ocidentais mais - digamos - fracos :) até ali os anos 60, turbinado pelos impressionantes resultados da corrida espacial, entre outros.
essa leitura histórica inequívoca de q "a planned economy, which adjusts production to the needs of the community, would distribute the work to be done among all those able to work" implica(=requer) autocracia é mais da 2a metade do século XX.
Que sou eu pra ter resposta pra isso. Mas ninguém comentou a essência do pensamento dele (à época):
ResponderExcluirO Capitalismo (e suas crises) não causam o empobrecimento generalizado, principalmente para as classes mais desprotegidas?
O Capitalismo (e sua necessidade de consumo) não nos levarão a um esgotamento de recursos que em um momento podem elevar as nossas probabilidades de extinção?
Para evitar trolls e argumentos ad hominem. Não sou marxista (escapei fácil da gaiola), apesar da sensibilidade social que carrego com orgulho.
Só acho que essas questões deveriam estar na cabeça de cada cientista (social) e em cada economista (exceto o drunkynesian, que trabalha no lado negro da força). Mas estamos ocupados d+ então sobrou pros físicos teóricos (e sendo assim, eles tem mais direito de errar do que economistas).
Eu me lembro daquela parte do "The Love of Money" em que o El-Erian da Pimco fala que ligou pra mulher dele e mandou ela procurar um caixa eletrônico e sacar todo o dinheiro que conseguir pois ele não sabe se os bancos abririam no dia seguinte.
Sério? Temos que nos resignar e aceitar que o capitalismo é assim e vamos viver no fio da navalha a cada crise? Essa será a msg na garrafa pras futuras gerações (pq nós já estamos perdidos)?
Sequer citamos a qtd de pessoas que perderam seus empregos desde 2008.
Tem algo muito errado nisso.
Acho que foi tolerável acreditar em algo do "sonho soviético" até 1956, quando o Krushchev denunciou o Stalin e a URSS invadiu a Hungria. Isso, claro, olhando do conforto de hoje. Sempre mais difícil analisar as coisas enquanto acontecem.
ResponderExcluir@muitopcontrario , esses argumentos ignoram o que o capitalismo produziu até chegar nesse ponto de crises e (ainda discutível) empobrecimento.
ResponderExcluirAssim como parece claro que não há jeito melhor de organizar o grosso da produção e alocação de recursos do que deixar para o livre mercado, também está ficando evidente que, ao longo do tempo e sem regulação, cria-se uma plutocracia cujos interesses nem sempre coincidem com o bem-estar geral.
Entre os tons de cinza entre um e outro, não tenho dúvidas que pendo para o livre mercado, ainda que eu seja grande fã dos welfare states e outras medidas que tentem nivelar a partida para todo mundo.
Aliás, leiam o "Reinventing the Bazaar", já falei dele aqui umas 5 vezes. Fabuloso livro sobre desenho de mercados e suas imperfeições e limitações.
ResponderExcluirAh, o Tyler Cowen acha que a carne é a pior parte da feijoada, isso é inaceitável:
ResponderExcluirhttp://marginalrevolution.com/marginalrevolution/2012/01/feijoada-request.html
"resignar e aceitar que o capitalismo é assim e vamos viver no fio da navalha a cada crise?"
ResponderExcluirQuando vejo um espanhol em crise sempre me lembro das crises espanholas do início do século passado. Quem teve avô espanhol (ou bisavô para os mais mais jovens), sabe que o jovem espanhol de hoje é um privilegiado, mesmo estando desempregado. Não sei se esse "privilégio" poderá mantido, se o futuro será muito pior. Ficar sem emprego na Europa hoje em nada se parece com ficar sem emprego em 1905. Mas o homem mudou (ou acho que mudou), o europeu mudou, aceitamos como o mínimo algo que seria considerado uma boa vida em outros momentos ou lugares. A sociedade evoluiu, mas sempre é bom lembrar como se vivia muito pouco tempo atrás.
Dantas
Há 20 anos quase toda a família da minha mãe (portuguesa) ia trabalhar na França ou Suíça. Só trabalho braçal (garçom, pedreiro etc), e a família que ficava tinha vida de rei com os francos. Não sei quanto da evolução nesse tempo vai aguentar, mas de fato, nesses casos, a mudança é brutal.
ResponderExcluir"O Capitalismo (e suas crises) não causam o empobrecimento generalizado, principalmente para as classes mais desprotegidas?"
ResponderExcluirha...hoje o mundo é mais pobre do que há 200, 100 ou 50 anos...
em um exemplo inquívoco: como evoluiu a renda dos chineses nas últimas décadas?
ah, esse capitalismo maldito e empobrecedor...
@drunkeynesian, @dantas
ResponderExcluirEsclarecendo.
Em momento algum ignoro os avanços do capitalismo (e em particular da tecnologia). Em momento algum considero o socialismo uma opção "melhor" ao capitalismo.
O que me incomoda é a aceitação generalizada da instabilidade. Como se fosse "natural".
Essa tolerância às crises (e seus efeitos) de quem defende o capitalismo existe exatamente pq a "outra experiência" foi terrível.
E o empobrecimento, realmente será questionável do ponto de vista estatístico. Mas não será uma ilusão causada pelo aumento da desigualdade?
Os pobres perderam casa, aposentadoria, passam fome (e até morrem, mesmo nos EUA, mesmo na Eurozona) enquanto a "renda média" não "caiu tanto assim".
É como perdoar o vencedor de uma guerra sangrenta, pq as estatísticas mostram que o "meu lado" tem menos mortos "que o outro".
Sério, analisar isso com as crises do passado e nos satisfazermos com o fato que não termos "regredido" um século é o suficiente?
Continuo achando que não está certo.
Abçs,
PS.: Já estou lendo (mas tinha outras prioridades, humpf!) mas o livro é bom mesmo.
Pena q pro Kindle é US$ 9,99 e em papel 10,50. Tá certo isso? Digital tinha quer ser 1,99. Espero q ele ajude a explicar isso.
A fase sem dúvida é "errada", ainda que, acho, é um ciclo dentro de uma tendência positiva longa.
ResponderExcluirEu já vi livro digital mais caro que a versão impressa.... vamos nos acostumando, esse é o mercado em funcionamento.
Li esse artigo na adolescência, numa coletânea de textos diversos do Einstein chamada "Como vejo o mundo", se não me engano.
ResponderExcluirLembremos que em 1949:
- Existia um socialismo real em pleno e pujante desenvolvimento sobre metade do globo terrestre, no qual um país que 30 anos antes era predominantemente agrário tinha acabado de criar sua bomba atômica;
- Os horrores do stalinismo ainda não estavam escancarados;
- A crise de 1929 (tipicamente capitalista) tinha ocorrido apenas 20 anos antes e, embora não haja causalidade direta, contribuiu para o reequacionamento de forças políticas que levou à Segunda Guerra Mundial; passada a guerra, não havia por que esperar que outras crises não acontecessem em breve, como aconteciam periodicamente no pré-1929;
- a literatura científica antissocialista (e anti-Estatista) em geral (Freiburg, Mises, Hayek, Chicago) ainda era incipiente e restrita a alguns círculos acadêmicos;
- na ausência dessa literatura, a ideia de economia planificada era a coisa que devia soar mais científica para um não especialista formado em exatas.
Que Einstein tenha defendido o socialismo não significa que ele fosse burro em "humanas", mas, sim, que por mais inteligente que nos reputemos, devemos sempre desconfiar de nossas certezas nesse âmbito.
off: vc viu o artigo do chico lopes no valor de hj/ontem ?
ResponderExcluirwww.valor.com.br/opiniao/2927068/queda-da-selic-reduziu-o-pib
Pois é, o capitalismo parte da aceitação da desigualdade. Mas como disse o professor que discutia com Alexandre na Globonews, segurar emprego é bom somente para quem tem emprego! Quem poderia querer enfraquecer o mercado de trabalho? Somente animais brutos aceitariam esse tipo de medida. Mas economistas poderiam saber que isso faria a média de conforto se elevar no tempo, mesmo que as custas de algum stress individual temporário. Mesmo sendo a instabilidade hoje bem menor que sempre, aceitá-la é um exercício de pragmatismo resignado ou crueldade?
ResponderExcluirHá quem diga, pessimistas demais eu creio, que o boom econômico no pos-guerra é que é um ponto fora da curva e os desenvolvidos terão que lutar para manter o que têm hoje.
Dantas
Isso mostra muito mais a dificuldade de se analisar a sociedade por métodos científicos. Einstein foi um dos primeiros a sair da base de análise científica relacionada ao que vemos, e foi pra algo mais abstrato. Fez isso provavelmente pelas limitações que a ciência vivia na época. Em economia é difícil se pensar nesses termos, até hoje não chegamos perto de consenso em algumas áreas, é difícil dizer que economia seja realmente uma ciência, talvez ainda sejamos "semi-dismal science".
ResponderExcluirGuilherme
Frank, eu vi, muita gente me perguntou desse artigo... Ainda que ele esteja certo (provavelmente está), acho que é muita filigrana em cima de uma discussão maior. Se o PIB crescesse meio ponto a mais este ano, ainda assim seria um fracasso.
ResponderExcluirAcho que o Einstein quis dizer que o capitalismo é o pior sistema, excetuando todos os outros que já foram tentados.
ResponderExcluirNão fica tão difícil entender o "socialismo" do Einstein naquela época.
ResponderExcluirAinda hoje tem quem acredite, piamente, que o governo que assumiu em 2003, durante até hoje, é socialista.
Mas, essa de crer em melhoria de vida com economia planificada, poderia ser algo discutível, já naquela época.
Para uma mente brilhante, ler as metas dos planos quinquenais de Stalin, cujas unidades de medida eram em toneladas, poder-se-ia, ao menos, intuir que aquilo significaria o avanço voraz sobre todo e qualquer bem natural.
Pode até ser piada, mas, dizem, que há mesas utilizadas por Stalin na época, que, além de serem difíceis de mexerem na época, hoje só o seriam com o uso de guindastes devido ao peso. Eram/são de madeira nobre maciça.
Daria para imaginar o que ocorreria com o meio-ambiente para produzir de móveis a trilhos em toneladas.
Assim, talvez não fosse tão difícil verificar que contingentes populacionais de determinadas regiões tiveram de ser mudadas devido à total deterioração dos locais onde moravam. Isso devido à exploração mineral, vegetal, de mananciais de água etc.
E depois, até hoje há quem creia que nada é mais solidário e pacífico do que o socialismo real.
Ou que não há melhor método de análise que o materialismo histórico.
Drunkeynesian, esse selo cuja foto está no post é real?
ResponderExcluirExiste ou existiu, mesmo, correntemente em Guiné-Bissau?
Socialismo era um pensamento em todos os circulos intelectuais, e ajudou a formar Estados que saiam da Colonização.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=WtV3qXBxqOQ
Abs,
Marcelo
Ajudou pra caralho, visto o crescimento espetacular,por exemplo, da Índia
ResponderExcluirA humanidade vao acabar graças ao consumismo. Isso é certo. E não demora muito. E aí?????
ResponderExcluirNão sei se o selo existiu, veio do google, mesmo...
ResponderExcluir
ResponderExcluirLembro-me vagamente de opiniões de Einstein sobre Deus, Economia, etc.
Quando li "Albert Einstein - Como vejo o mundo" e "O Pensamento vivo de Albert Einstein" aos 12 ou 13 anos, acredito que não os tenha sequer terminado.
Aos 14 comprei o livro "Teoria da Relatividade Especial e Geral" que, de fato, me obrigou a algumas releituras por me deparar com novas abstrações. Ainda hoje o revisito como um economista faria a Keynes, Hayek, Ricardo...
Toda opinião é valida. Não é válida a aceitação sem reflexão dos fatos. Os grandes gênios já muito erraram e seus esparsos acertos os colocaram na linha da história.
http://marli.dihitt.com.br/n/internacional/2009/12/28/quando-os-genios-foram-burros
"A humanidade vao acabar graças ao consumismo. Isso é certo. E não demora muito. E aí?????"
ResponderExcluirSério? Vou correr pra comprar meu carrão com motor V8 então!!! kkkk
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