quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Leituras da semana caótica

Aproveitando enquanto é cedo:

- Favorito da casa 1: Jeremy Grantham, da GMO, explicando porque este não é um mercado para jovens.

- Favorito da casa 2: o Eclectica, de Hugh Hendry, acumula ganhos de quase 40% no ano.

- O "doutor caos" Roubini não é tão favorito, mas junta-se ao coro dos que defendem um calote da Grécia. Dona Cristina Kirchner, ontem, na ONU, levantou a mesma bandeira, só faltou dizer: calotem e sejam felizes.

- Os chutes da Reuters para o Nobel de Economia. O anúncio oficial é no próximo dia 10; todos os virtuais favoritos lecionam nos EUA.

- O trading de alta frequência começa a desafiar a relatividade. Não sei o que achar.

- O Financial Times levantou algumas correlações úteis para quem precisa de material para uma tese sobre comportamento dos mercados.

- Um paper muito interessante sobre os vieses políticos embutidos em testes econométricos aparentemente isentos.

- Um bom resumo do IPEA sobre como o Brasil chega para mais uma possível crise.

- Uma (longa) aula de Nassim Taleb na Universidade da Pensilvânia.

- Montes de papers sobre o futuro da pesquisa em economia.

- Um tumblr que coleciona "coisas" que valem menos do que a Apple, como todo o ouro estocado no Fed, o PIB da Dinamarca, todas as casas de Atlanta...

- Mais um estudo sobre o impacto macroeconômico dos Jogos Olímpicos. O Leonardo Monasterio comenta.

- As consequências econômicas de dona Merkel, por Robert Skidelsky.

- Um Mister M das ciências políticas conta 10 segredos de sua profissão para os mortais (dica do Maurício).

- Anais do idiotismo: Ron Paul disse que a fome na África acaba quando o continente deixar de ser "tão socialista". Para o retorno à sanidade, a resenha do NY Times para Three Famines.

8 comentários:

Jorge Browne disse...

Tchê, teu blog está cada vez melhor.
Sem presunção alguma acrescentaria outra leitura:

http://mobile.bloomberg.com/news/2011-09-16/volcker-rule-may-be-extended-to-overseas-banks-with-operations-in-the-u-s-.html

PS: prometo me esforçar para nao comentar cada bendito post q fizeres hehe...

Drunkeynesian disse...

Obrigado, Jorge. Comente sempre, isso aqui vive dos leitores.

Anônimo disse...

Não entendi. A resenha do NY times não afimar exatamente a mesma coisa que Ron Paul :

Drunkeynesian disse...

O Ron Paul falou em socialismo como oposição ao capitalismo.

A tese ilustrada diz que fomes coletivas não acontecem em democracias. Se você assumir que todo socialismo não é uma democracia, daria pra inferir que o Ron Paul não está tão errado, mas basta um caso de fome em uma economia capitalista totalitária para desmontar o argumento.

Anônimo disse...

"Economia capitalista totalitária" ? Uma palavra contraria a outra. Todas estas palavras sao tão carregadas e distorcidas que fica dificil de se comunicar.
Enfim, oq entendo é que o "socialismo" do Ron Paul é aproximadamente a "não-democracia" da tese.
Um filme bem bacana é "The Soviet Story", especialmente a parte sobre a pouco conhecida fome na Ukrania, "celeiro do mundo".

Drunkeynesian disse...

Por que contraria? Hoje em dia, tirando Cuba, Coréia do Norte e algum outro exemplo menos óbvio, o resto do mundo é capitalista, mas não necessariamente democrático (por totalitário entendo o oposto de democrático).

Talvez tenha sido isso (socialismo como oposto de democracia) o que o Ron Paul quis dizer, mas o ponto é que só capitalismo não garante o fim das fomes coletivas.

Não acho que as palavras são distorcidas. Capitalismo é uma forma de organização econômica, se compara a capitalismo. Democracia é uma forma de organização política, se compara a totalitarismo.

Drunkeynesian disse...

(e alguém de sociologia ou política me corrija se falei alguma grande asneira)

Drunkeynesian disse...

(e, no último parágrafo: capitalismo se compara a socialismo - não a ele próprio)