sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Algumas novas medidas de desigualdade de renda no Brasil

Esta semana saíram algumas novas medidas interessantes de desigualdade no Brasil:

—O Valor publicou uma matéria com o trabalho dos economistas do IPEA Sérgio Gobetti e Rodrigo Orair, que olharam a base de declarações de imposto de renda disponibilizada recentemente pela Receita Federal (não achei um paper deles sobre o assunto, mas deve sair em breve). Há duas coisas interessantes nessas medidas: i. elas capturam melhor renda do capital, que é subestimada nas pesquisas por amostragem de domicílios (como a PNAD) e, ii. são (algo) comparáveis com a World Top Incomes Database, que ficou famosa pelo trabalho de Thomas Piketty.

Com base nos dados publicados no Valor, fiz a tabelinha abaixo. Informações muito mais ricas (e compiladas por gente muito mais competente) devem aparecer em breve:


—O LIS, que compila e padroniza dados de renda de vários países, acrescentou às suas bases a PNAD de 2013. De lá saíram os dados de desigualdade do gráfico abaixo—por esses dados, a desigualdade seguiu caindo no Brasil entre 2011 e 2013, conclusão diferente de outros estudos, que apontavam para uma estagnação a partir de 2012 (não me perguntem quais são as diferenças de metodologia, fiquem à vontade para esclarecer ou especular nos comentários).



15 comentários:

  1. Desigualdade de renda é desculpa de esquerdista para roubar nosso dinheiro. Não há razão alguma para se medir isso.

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  2. Eu sou uma pessoa sem Valor, então, pergunto: essa tabela dos salários mínimos é de renda bruta ou líquida?

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  3. Concordo com o primeiro comentário. O debate que deve ser travado é como as pessoas podem criar riqueza. O mundo sempre foi e será desigual em diversos aspectos.

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  4. Quanto maior e mais discrepante é a desigualdade, maior é a taxa de mortes violentas de um país, via de regra. Medir e projetar a diminuição da desigualdade de renda é uma questão de bem estar social, que deveria estar acima de qualquer discussão pseudo política partidária. Aliás, medidas interessantes mesmo.

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  5. Bora pra Etiópia então, onde não há desigualdade de renda.

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  6. Podemos ir também pra Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia, Alemanha, Holanda, Bélgica, Reino Unido, Irlanda, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Coréia do Sul, etc, onde a desigualdade de renda é muito menor que no Brasil.

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  7. Vamos completar esta lista com Afeganistão, Etiópia, Paquistão, Iraque, Timor-Leste, Nepal, Burundi, Índia, Azerbaijão, Indonésia, Albânia, Guiné-Bissau e Vietnã para concluir que desigualdade de renda não mede porcaria nenhuma.

    Em tempo, até a Zâmbia tem uma desigualdade de renda melhor que o Brasil. Que tal: você vai para lá e nós vamos para os EUA?

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  8. Engraçado, em vez de afirmar que a distribuição de renda não mede porra nenhuma, eu acredito que ela mede a distribuição de renda, como era de se esperar, antes de qualquer viés político. Por outro lado, o quanto essa medição importa para as pessoas mostra o quanto outras pessoas importam para elas.

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