Drunk, tenho uma dúvida: como é que se pode defender, ao mesmo tempo, austeridade e aumento de dívida pública com ajuda trilhardária aos bancos (que, segundo Krugman, é pequena)? Não me parecem ações complementares.
Há uma briga entre as correntes ou estão tentado ajeitar isso como dá? Ou não há o que ajeitar, pois já deram o dinheiro que "tinham" que dar, e agora estão cortando na carne (da população pagadora de impostos, é claro)?
Igor, acho que a maior crítica que tem sido feita é que as intervenções dos EUA foram, primeiro, para salvar os bancos e, segundo, de política monetária (o que também acaba beneficiando principalmente os bancos). O resultado prático foi que os bancos se salvaram, as grandes empresas estão bem (conseguindo financiamento relativamente barato e cortando custos) e o americano médio ainda não viu efeito, sobretudo porque os empregos não estão aparecendo (minha impressão é que as empresas ainda estão muito cautelosas para investir / contratar e, no fim das contas, se os lucros estão vindo, não há muito incentivo para tomar mais risco). Ainda vão estudar isso, mas o estímulo como tem sido feito nos EUA parece ser fortemente regressivo - gerando dívida pública que é paga por todos os contribuintes e beneficiando alguns poucos grupos.
O que ainda não foi tentado, e acho que essa é a principal crítica dos que tem algum viés keynesiano / liberal de esquerda (o próprio Krugman, Brad DeLong), é o uso da política fiscal para gerar empregos diretamente, à la New Deal - começar obras gigantes de infraestrutura, dar incentivo para indústria, etc. A briga é exatamente por ter gente achando que "já deram o que tinham que dar" e agora seria hora de austeridade, dividir a conta do que já foi feito mesmo entre os que não tiveram nenhum benefício.
Sensacional!!
ResponderExcluirVou ler logo mais o texto da experiência da Republica Democratica Popular da Africa do Norte com o Trem Bala....
Drunk, tenho uma dúvida: como é que se pode defender, ao mesmo tempo, austeridade e aumento de dívida pública com ajuda trilhardária aos bancos (que, segundo Krugman, é pequena)? Não me parecem ações complementares.
ResponderExcluirHá uma briga entre as correntes ou estão tentado ajeitar isso como dá? Ou não há o que ajeitar, pois já deram o dinheiro que "tinham" que dar, e agora estão cortando na carne (da população pagadora de impostos, é claro)?
Igor, acho que a maior crítica que tem sido feita é que as intervenções dos EUA foram, primeiro, para salvar os bancos e, segundo, de política monetária (o que também acaba beneficiando principalmente os bancos). O resultado prático foi que os bancos se salvaram, as grandes empresas estão bem (conseguindo financiamento relativamente barato e cortando custos) e o americano médio ainda não viu efeito, sobretudo porque os empregos não estão aparecendo (minha impressão é que as empresas ainda estão muito cautelosas para investir / contratar e, no fim das contas, se os lucros estão vindo, não há muito incentivo para tomar mais risco). Ainda vão estudar isso, mas o estímulo como tem sido feito nos EUA parece ser fortemente regressivo - gerando dívida pública que é paga por todos os contribuintes e beneficiando alguns poucos grupos.
ResponderExcluirO que ainda não foi tentado, e acho que essa é a principal crítica dos que tem algum viés keynesiano / liberal de esquerda (o próprio Krugman, Brad DeLong), é o uso da política fiscal para gerar empregos diretamente, à la New Deal - começar obras gigantes de infraestrutura, dar incentivo para indústria, etc. A briga é exatamente por ter gente achando que "já deram o que tinham que dar" e agora seria hora de austeridade, dividir a conta do que já foi feito mesmo entre os que não tiveram nenhum benefício.
Hmmm... Acho que já deu para me situar melhor na evolução dessa história. Valeu!
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